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Edição #150
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Direção de Fotografia: Pontos de Iluminação e Direção da Luz
por Léo Miranda 27/01/2012
Depois das festas (que 2012 seja espetacular para todos os leitores da Revista Luz & Cena!), estamos de volta. E neste começo de ano, para melhor entender a fotografia, faremos a análise de algumas fotos iluminadas com luz contínua.

O ciclo de análises começa com o título que vemos acima, na abertura da seção: Pontos de Iluminação e Direção da Luz.

FOTO 1

1. Para sabermos quantos pontos estão tocando o rosto, basta olharmos o reflexo no olho da modelo. Neste caso são dois: Key Light (luz principal ou chave) e o Fill Light (luz de enchimento).

2. Além da quantidade de pontos que tocam o rosto, o número 1 indicado na foto nos dá a direção da luz, sendo que sozinho fica difícil dizer exatamente onde está o refletor em relação à modelo. Por isso, buscamos o número 2, que é a sombra. Reparem no tamanho e na forma das sombras para que possa indicar, com precisão, onde o refletor foi posicionado.

3. Busque a área do número 3 e veja se há brilho. Neste caso não há, portanto está sem Back Light (contraluz). O contraluz tem a função de recortar, ou seja, separar a modelo do fundo e também de dar volume.

4. O número 4 está sem brilho e/ou nuances, iluminado apenas pela luz de enchimento, posicionada de frente à modelo para que não haja sombras dela no fundo.

FOTO 2

1. Agora o número 1 está posicionado à extrema esquerda da modelo, com uma fonte de luz causando uma grande área de sombra. Enquanto o lado esquerdo é iluminado por completo, do outro lado apenas o olho direito recebe luz.

2. Reparem que o número 2 neste caso ocupou praticamente o lado direito do rosto, que foi levemente enchido com o Fill Light. Olhando mais atentamente, veremos que a luz de enchimento vem do lado direito e por baixo, atenuando a sombra um pouco mais na região da bochecha.

3. Agora, no número 3, vemos um toque de contraluz dando brilho ao cabelo e uma separação em relação ao fundo escurecido nesta área.

4. Como a luz principal está vindo do lado esquerdo da modelo, sobrou um pouco de luz deste mesmo lado, causando um escurecimento gradual, acompanhando a direção da luz do rosto.

FOTO 3

1. Vemos uma única fonte de luz refletida nos olhos e bem alinhada com a altura da modelo.

2. Confirmamos a altura da posição deste refletor pela sombra causada (levemente acima do olhar dela e à esquerda do seu rosto). A luz de enchimento está bem fraquinha, o que deixou marcar a sombra de nariz.

3. Ficou apertado, mas conseguimos ver um brilho no número 3, que, neste caso, não recorta do fundo e muito menos dá volume - apenas estava lá.

4. O número 4 ficou com a mesma referência da direção e intensidade do refletor que ilumina o rosto.

Obs.: Vamos fazer uma pequena pausa nesta foto, pois não podemos deixar de reparar que ela está esquisita, que não ficou boa!

Mesmo vendo que há um contraluz, não conseguimos ter a sensação de recorte e muito menos de volume; a sombra de nariz acabou duplicando o mesmo, dando um destaque indesejado; a falta de um brilho no fundo - e/ou nuance no número 4 - causou uma chapada do rosto da modelo no fundo, e, para completar, não se enquadra o rosto de baixo para cima, pois a perspectiva (ilusão de óptica) causa um alargamento da base do rosto e um estreitamento da parte superior.

FOTO 4

1. Como o olhar da modelo está para baixo, apenas conseguimos ver a luz de enchimento que está vindo de baixo, e de forma bem homogênea.

2. Não conseguimos ver no número 1 se havia mais de um refletor tocando o rosto, sendo que pela grande área de sombra, mesmo que compensada pela luz de enchimento, percebemos que existe um refletor do lado esquerdo fazendo um meio rosto iluminado da modelo com uma intensidade um pouco acima do Fill Light.

3. Contraluz bem marcado, duas vezes mais forte do que a luz principal e bem mais forte do que o fundo, vindo bem de trás e do alto da modelo.

4. "Apenas" todas as sobras de luz tocam o fundo.

FOTO 5

1. Sem reflexo algum nos olhos, sinal de que não temos refletor à frente da modelo.

2. Uma leve área de sombra no pescoço nos indica que as sobras de luz vêm do alto.

3. Um refletor apontado diretamente para o cabelo, pegando a parte lateral direita por inteiro.

4. Nesta foto, o número 4 ganhou um destaque com um desenho que dá a sensação de fazer parte do refletor do contraluz. Mas ao olharmos atentamente, vemos que este causou uma nuance e um desenho único, diferente da área que o contraluz toca na modelo.


Devemos pensar que não existe "receita de bolo". Na fotografia, cada um tem uma maneira de olhar e de "achar" bonito. Juntemos todas as referências, exemplos, análises e estudos para que possamos criar a "nossa" fotografia, diferente e agradável para o nosso próprio olhar.

Até mês que vem!

Abraços,

Léo Miranda

Modelo: Vanessa Zambon

Há 19 anos atuando na área de iluminação, é especializado em gravações externas e eventos, já dirigiu a fotografia de comerciais e
programas de TV e também ministra treinamento técnico e operacional a grandes empresas.

Quer tirar dúvidas e propor temas para a coluna? Envie uma mensagem para
leomiranda@luzecena.com.br.
Seu e-mail poderá ser publicado na revista.
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