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Capa: Sertanejo High-Tech
Nova casa noturna de São Paulo, Brook's Bar tem projeto ousado de iluminação e cenografia
por Rodrigo Sabatinelli 09/12/2012


Tida por muita gente como a verdadeira capital do sertanejo, a cidade de São Paulo acaba de ganhar mais uma casa noturna especializada no gênero. Trata-se do Brook's Bar, espaço inaugurado no dia 27 de novembro passado, na Chácara Santo Antônio. Com capacidade para duas mil pessoas, o local - uma construção dos anos 1990 - foi reformado pelo arquiteto Zico Frediani e teve seu interior planejado pela decoradora Alessandra Ribeiro.

"Para criar um lugar aconchegante, misturei itens modernos com material de demolição. Os tapetes vermelhos, os sofás em couro legítimo nas cores marrom e preto, os lustres modernos e panos coloridos lembrando cortinas, em tom vinho e mostarda, deram um toque de sofisticação. Abusei de cores vibrantes, fortes, mas quebrei com a laca, tons conservadores, móveis requintados e lustres, que, às vezes, lembram figuras geométricas ou objetos surrealistas", diz Alessandra, também responsável pelo paisagismo, composto por plantas tropicais como bananeiras, palmeiras e bambus-mossôs.

O projeto de luz do espaço, que prima pelo uso de variadas cores, tem a assinatura do lighting designer Welder Rojas, sócio da HO Designer e iluminador de vários artistas, dentre eles Fábio Jr., Só Pra Contrariar, Jeito Moleque, Belo, Marcos & Belutti, Matogrosso & Mathias e Sorriso Maroto, tendo assinado a iluminação de aproximadamente 100 DVDs destes e de outros nomes.

Welder conta que foi convidado por Amauri Pereira, um dos sócios da casa e ex-empresário da dupla Marcus & Belutti, para criar algo diferenciado, que tornasse o ambiente distinto dos demais do segmento sertanejo. "Amauri agenciou os artistas para os quais forneço, há tempos e até hoje, equipamentos diversos, como, por exemplo, placas de LED de 20 mm de distanciamento entre pixels. Ele me convidou por acreditar que eu faria do ambiente algo realmente único", diz o iluminador.

Amauri conta que a casa tem uma proposta diferente. Segundo ele, "a Brook's é uma 'balada' sertaneja, que toca música sertaneja nacional, mas não é temática. Não é preciso usar 'fantasia' ou ter um ambiente rústico para que as pessoas curtam este tipo de som", diz.

Seu companheiro de jornada, o também empresário Eduardo Cardoso, vai além. "Ninguém precisa estar de chapéu, cinturão, calça apertada, bota e tudo mais. Pode ser tudo isso, mas hoje sertanejo pega carona no Camaro amarelo", destaca, citando o carro que deu título ao sucesso da dupla Munhoz & Mariano.

Outros dois sócios do espaço, Roberto Fonseca e Wesley Santos, são objetivos ao citar o que acreditam serem os pontos altos do Brook's Bar. Segundo eles, a fórmula é simples: "bom gosto, sofisticação, boa música e gente bonita em um ambiente requintado".

PARCERIA ENTRE EMPRESAS VIABILIZA PROJETO

O fornecimento de equipamentos para a Brook's se deu a partir de uma parceria entre a HO Designer, de Welder, e a LED Company, de Ailton Bogado. Na ocasião, as empresas se juntaram e assumiram o negócio, que teve, ainda, a participação da Lerche, dirigida por Wladimir "Vavá" Tiburcio.



"Há tempos eu 'namorava' os equipamentos deles [da Lerche]. Equipamentos como moving lights de LED dos tipos spot e beam, entre muitos outros, que tivemos a oportunidade de testar e aprovar antes de inserir no projeto da Brook's", diz Welder. "Eles têm, além de baixo consumo e alta durabilidade, uma enorme emissão de luz, semelhante à dos movings que utilizam lâmpadas tradicionais. Os movings de 60 watts, por exemplo, têm luminosidade equivalente à dos aparelhos de 250 watts. Sem contar que têm efeitos incríveis, como gobos que enfeitam a casa e encantam os frequentadores", completa ele.

Para realizar o projeto, Welder adquiriu da "parceira" os seguintes itens: dez refletores Neo LED PAR AWB, dois refletores PAR Slim RBG, de 3 watts, e nove ribaltas Maximum Tri LED, todos da NeoFlash; oito moving lights 324, do tipo wash; 16 moving lights LED 100, de 90 watts, do tipo spot; dez moving lights LED 80, do tipo beam, e 12 moving lights LED 60, do tipo spot, todos da Holle.

Os spots, as ribaltas e os estrobos são destinados à pista de dança, sendo que os spots atendem, ainda, ao camarote Premium, enquanto os demais equipamentos - spot, beam, wash e PAR - são usados no palco, um dos maiores da região, que tem 12,5 m de pé direito e 14 m de boca de cena por 5 m de profundidade. "Em São Paulo, 'perdemos', em tamanho, somente para casas de grande porte, como Credicard Hall e Via Funchal", garante o iluminador.

PAINEL DE LED COMPLEMENTA RIDER PRINCIPAL

Ainda sobre o palco da casa, ao fundo dele Welder utiliza um enorme painel de LED, composto por 40 placas outdoor de 16 mm de distanciamento entre pixels, da marca NeoFlash. "São placas de alta resolução, nas quais são exibidas imagens pré-produzidas e grafismos de bancos de dados, muito utilizados por iluminadores de artistas sertanejos", diz Rojas.







Como moldura deste painel, ele usou uma série de tiras de LED, dispostas como se fossem verdadeiras treliças. "Elas formam um desenho, uma borda para a grande tela. Utilizá-las como uma moldura foi a maneira que encontrei de não deixar o painel totalmente 'chapado' no fundo", diz, lembrando que, para controlar todo o sistema, são utilizadas duas mesas, sendo uma delas a Holle 2048. "A outra é uma Avolites Pearl, que fica de standby para eventuais necessidades", completa.

AMBIENTES "DIMMERIZADOS" E COLORIDOS NA MEDIDA CERTA

Um dos diferenciais da Brook's no que diz respeito à iluminação está na grande variedade de cenas criadas e programadas por Welder. De acordo com o iluminador, no início da noite, quando o público começa a chegar, a casa é bem iluminada, deixando mais claros os ambientes. Esta configuração vai se modificando - os ambientes vão ficando mais escuros, com clima mais intimista - até o início do primeiro dos dois shows que, geralmente, agitam o local em uma noite.



"Dimmerizamos o lugar. Começamos com tudo bem aceso e, aos poucos, caímos a luz. Entre um show e outro, há, ainda, uma apresentação de dança feminina, realizada no bar central da casa, que iluminamos com LEDs de forma especial. Apesar da variação de intensidade de luz, temos um conceito, que é manter iluminados todos os ambientes da casa. Com os estrobos, por exemplo, transformo todo o espaço, incluindo os dez camarotes, em uma enorme pista de dança", conta o iluminador.



Muito ou pouco iluminados, os ambientes recebem, em geral, luzes de tonalidades quentes. Segundo Welder, como a casa tem alguns elementos de madeira, a opção pelo âmbar acaba sendo invariável. "Ele [o âmbar] torna os espaços mais 'acalorados', mais aconchegantes. Então, em boa parte da noite o temos como tom predominante. Variamos sempre para algo próximo, não muito destoante. Mas, em geral, ficamos com ele", conclui.

UNIDOS POR UM MESMO OBJETIVO
Proprietário da Lerche, Vavá Tiburcio comenta parceria e fala sobre os produtos Holle


Vavá, conte-nos sobre a parceria estabelecida entre a Lerche, sua empresa, a HO Designer e a LED Company, responsáveis pelo projeto de luz do Brook's Bar.

Vavá: Ailton, proprietário da LED Company, havia testado e aprovado nossos produtos. Faltava a ele a oportunidade de usá-los, e essa oportunidade se deu quando, juntamente a Welder, ele assumiu o projeto de luz do Brook's Bar, um local refinado, com um palco grande e que precisava de um rider bacana para atender aos artistas que por lá passassem.

É verdade que o Brook's Bar é o primeiro a usar um palco totalmente feito com equipamentos à base de LED?
 
Perfeitamente! Até então os designers misturavam, em seus projetos, painéis de LED com moving lights tradicionais. A inexistência de lugares com essa configuração 100% à base de LED se devia a uma resistência, por parte dos iluminadores, aos produtos do gênero. E montar um palco com nossos produtos, quebrando esse "preconceito", foi algo que, sem sombra de dúvidas, proporcionou à Lerche muita visibilidade.

A forma como projetaram o rider também foi determinante para o envolvimento da sua empresa no projeto?

Olha, desde as primeiras conversas, Welder e Ailton diziam que queriam algo diferente, totalmente distinto do que víamos por aí. E acho, sinceramente, que conseguiram, afinal de contas, o Brook's Bar, como disse, carrega o status de ser a única casa noturna com um palco e uma pista totalmente iluminados por equipamentos à base de LED. Até as tradicionais lâmpadas PAR, necessárias para a iluminação de shows, no projeto deles, deram lugar às PAR LED AWB.

Você falou em painéis de LED.

Pois é. Além dos movings, oferecemos, para o fundo do palco, o painel de 16 mm outdoor, que já havia sido usado pela dupla de palhaços Patati Patatá. Já para as suas laterais destinamos o flexível, de 31,25 mm, que foi usado em grupos como tapadeiras. Mas gostaria de destacar mesmo a qualidade dos movings da Holle. É importante falarmos sobre eles para que possamos diferenciá-los de uma série de produtos "similares". Os movings Holle são fabricados na China, mas, ao contrário de muitos dos produtos que saem de lá e chegam aqui, eles são produzidos com LEDs de alta qualidade, tanto que vêm sendo comparados a movings tradicionais pela grande luminosidade que apresentam.

Nosso spot de 60 watts, por exemplo, que tem 12 unidades usadas por Welder e Ailton no Brook's, já teve mais de 800 vendidas somente neste ano. É pouco tempo para tanta aceitação. Outro de nossos produtos, o beam de 80 watts, está sendo usado em casas noturnas de Goiânia, Salvador, São Paulo, Porto Velho, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto. Isso mostra que os produtos têm qualidade.

E como fica a questão da manutenção?

A Lerche se preocupa não somente em vender equipamentos, mas em prestar uma consultoria e oferecer, ao cliente, segurança quanto à manutenção. Temos um estoque amplo, com peças para todos os nossos aparelhos, minimizando, com isso, o tempo de reparo de um produto fora de operação. O suporte é, para nós, tão importante quanto a venda. É o que, naturalmente, junto com o resultado oferecido pelos produtos, nos coloca em evidência.
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