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Edição #152
março de 2012
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Editorial: Subvertendo a lógica
por Marcio Teixeira 11/03/2012
O caminho mais fácil, mais comum, não é, necessariamente, o mais bonito ou aquele artisticamente mais interessante. Na verdade, é quase certo que toda arte criada no modo default acabe não se transformando no que ela poderia ser. Embora as fórmulas para o sucesso estejam aí, disponíveis para todo e qualquer diretor de teatro, videomaker, iluminador ou cinegrafista, o resultado alcançado a partir do emprego de novas técnicas, de experimentação sem medo, acaba sendo muito mais recompensador no momento em que o criador se depara com a criatura.

Em um mundo de tecnologia digital, com máquinas capazes de registrar imagens com um número cada vez maior de megapixels, ainda pode-se filmar com filme vencido, obtendo um resultado torto, granulado, mas extremamente real, vivo. Com todas as imperfeições inerentes à nossa existência humana. O que os diretores Renan Costalima e Ivo Lopes Araújo fizeram no novo vídeo da cantora paulista Céu, Retrovisor, foi isso: subverteram a lógica do mundo da perfeição, do exagero plástico e do efeito especial por meio de uma verdadeira poesia visual de baixa fidelidade. Para acompanhar de perto como foi o "nascimento" do vídeo, é fácil: basta ir à página 34.

Contar uma história infantil pode ser a coisa mais fácil do mundo. Às vezes, apenas o som das palavras, e não o significado delas, é o suficiente para entreter crianças por muito tempo. Apresentar personagens supercoloridos com vozes e trejeitos do tipo "já vi esse boneco em alguma outra peça..." também se mostra uma opção "segura", fácil, simples. Mas por que fazer assim? Por que fazer igual? Será que não estão subestimando a garotada? Na nossa matéria de capa desse mês, que pode ser conferida a partir da página 24, o grupo Maracujá Laboratório de Artes, responsável pelo espetáculo Rabisco - Um Cachorro Perfeito, mostra como falar aos pequenos pode ser uma fantástica viagem. Com atores que movimentam bonecos em uma maquete, filmam a ação e mandam as imagens para o telão do palco e um personagem principal que pode tanto ser uma imagem no telão quanto um boneco motorizado que contracena com gente de carne e osso, a peça é um espetáculo multilinguagem, multitécnicas, multitudo, que vale a pena ser conferido ao vivo e, claro, compreendido por meio do texto que você encontra nesta AM&T 152.

E o Barra Music, que logo após ser inaugurado já se tornou referência nas baladas da zona oeste da Cidade Maravilhosa? Se seus diretores fossem pelo caminho mais simples, buscando diferenciais "qualquer nota" em termos de luz, palco, som e tecnologia em geral, certamente não obteriam o sucesso que já alcançaram, e com tamanha velocidade. A matéria sobre a nova casa noturna está logo ali, na página 28.

Pois é... Quem vai ao teatro, à boate ou consome arte em casa, vendo um filme em DVD ou clicando em "play" num vídeo do YouTube, não é apenas fã da clareza de imagens e do lugar comum no contar de histórias. Ele também se rende ao diferente, ao ousado. Mas, sim, quando o ousado e o diferente são, acima de tudo, bons. Aí está a chave da questão.

Boa leitura!
Marcio Teixeira
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