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Edição #147
outubro de 2011
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Galeria: A Dança de Feliciano
por Rodrigo Castro 19/10/2011
foto: Rodrigo Castro
A dança
Quando recebi o convite para fazer as fotos de divulgação da peça A Dança de Feliciano, que tem texto e direção de Moacyr Góes, fui imediatamente avisado de que as condições de luz eram adversas para a fotografia. Primeiro, porque a peça seria encenada no subsolo de uma casa noturna em Copacabana que não dispunha de um sistema tradicional de iluminação. Segundo, porque o conceito da peça, de uma maneira geral, era "low key", mesmo em termos de imagem.

Já fotografei para teatro diversas vezes antes em situações de luminosidade bastante reduzida, usando alguns métodos diferentes, cada qual com suas vantagens e desvantagens. Confesso que gosto desses desafios. Para A Dança de Feliciano, levei algumas luzes de estúdio, caso a montagem de um set fosse inevitável. No entanto, isso tornaria o processo entre uma foto e outra muito mais lento, e, consequentemente, diminuiria a intensidade dos atores em seus papéis, o que, na minha opinião, é importantíssimo para uma foto do gênero (não adianta ter uma luz linda, uma quadro incrível, se, na foto, o ator não convence ninguém).

Conversei com o Moacyr e a Paula Catunda, da assessoria de imprensa da peça, e sugeri que adotássemos uma perspectiva mais noir nas fotos. Que assumíssemos os eventuais motion blur, ruídos e tudo mais como linguagem, tendo como objetivo registrar com a maior profundidade possível a atmosfera da peça em si. Busquei trazer nas fotografias o máximo de informação sobre o universo, o conceito e os questionamentos propostos no espetáculo.

Subi o ISO para 2.500 (abuso que as gerações mais recentes de sensores e softwares permitem), fiz algumas medições pelo cenário com o fotômetro de mão, calculando a diferença de luminosidade entre os pontos, e o ensaio aconteceu praticamente sem interrupções, justamente para não "esfriar" a performance do elenco.

A foto é da primeira aparição do protagonista em cena, quando este desce hesitante uma escadaria e vê um lugar o qual não se lembra de ter estado antes. Achei o preto e branco adequados para o quadro desde antes de acionar o obturador. A textura criada pelo alto ISO e pela baixa luminosidade entram como linguagem, complementando o clima de mistério da foto.

Rodrigo Castro é músico - acompanha artistas com sua guitarra e toca na banda O Eletro - e fotógrafo. Seus clicks vão da gastronomia até moda, passando por sociais, institucionais e espetáculos.
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