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Edição #239
agosto de 2011
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Audio-Technica AT4080
Coincidindo com esta época em que estivemos falando a fundo dos microfones de fita, tive a felicidade de receber para análise um microfone que justamente usa esta tecnologia, só que com diversos aprimoramentos - o Audio-Technica AT4080.

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terça-feira, 10 de março de 2009
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O conceito de plug-in de software - parte 2 por Rodrigo Meirelles e Alan Tygel
Continuamos aqui com nosso artigo sobre o conceito e as utilizações dos plug-ins

Formas de utilização: on-line x offline

O funcionamento dos plug-ins de áudio pode ser resumido de forma bem simples: o host (software hospeiro) tem as amostras do áudio digital armazendas, passa-as para o plug-in, que as processa e devolve ao host. Este procedimento pode ocorrer de duas maneiras: on-line, isto é, o processamento ocorre enquanto o host toca o áudio, e offline, quando o processamento é feito antes que o host toque o áudio. Para os usuários de Pro Tools, plug-ins RTAS são exemplos de processamento on-line, e AudioSuite, offline.

Para que um plug-in funcione de forma online, é preciso que o processamento de cada bloco de amostras seja mais veloz do que o tempo de latência da DAW. Com isso, o processamento pode ser concluído antes que amostras sejam colocadas na saída. Além disso, o plug-in on-line só tem à sua disposição as amostras de áudio que já passaram, portanto não pode utilizar amostras futuras. Por exemplo, um plug-in que faça a reversão do sinal não pode ser on-line, pois a primeira amostra da saída é a última a entrar. O processamento precisa do sinal inteiro para ser executado.

Os plug-ins que funcionam on-line têm diversas vantagens. Talvez a maior delas seja a facilidade no ajuste de parâmetros. Imaginemos um equalizador: em um plug-in online, a cada mudança no ganho de uma banda ouvimos o resultado simultaneamente. Caso o funcionamento fosse offline, a cada mudança do parâmetro, o áudio seria processado, e depois teríamos que tocar para perceber o resultado da mudança. Outra vantagem do processamento on-line é que o áudio original é preservado, já que o resultado da aplicação do plug-in é enviado apenas para a saída de áudio, e o áudio não processado permanece inalterado. No caso do offline, contudo, arquivos de áudio são gerados para armazenar o resultado final do processamento.

É claro que essas vantagens têm um preço muito bem definido: memória e poder de processamento. Cada plug-in on-line aberto irá consumir uma fatia de processamento da CPU (ou DSP) e de memória RAM a cada vez que apertarmos o botão play. Com isso, a tendência é que o computador se recuse a tocar caso haja muitos plug-ins on-line abertos. A desvantagem dos plug-ins offline, que é a criação de arquivos e consequente ocupação de espaço em disco rígido, torna-se uma solução quando atingimos a capacidade máxima de processamento e memória de nosso sistema, pois para esse caso não há gastos de memória e CPU após a criação dos arquivos. Começamos a compreender, então, que o trabalho, principalmente de mixagem, em uma workstation digital, será mediado pelo compromisso entre capacidade do sistema e espaço em disco.

Caso você encontre problemas com gerenciamento de memória e processamento por causa de plug-ins, uma opção é manipular uma trilha de cada vez. Quando estiver satisfeito com a sonoridade de determinada trilha, aplique os plug-ins de forma offline nela. Com isso você irá processar os áudios definitivamente e na próxima vez em que reproduzir, os plug-ins não precisarão mais trabalhar. Alguns softwares possuem recursos de processamento offline temporários, como o elegante freeze do software Logic Pro.

Ainda em relação ao compromisso entre utilização de plug-ins on-line e offline, perceberemos que alguns fatores mais avançados entram em questão em uma mixagem. A disponibilidade de plug-ins em uma versão ou outra, a necessidade de alteração constante dos parâmetros (imagine o caso de um equalizador em um bumbo, em que dificilmente teremos o ajuste de parâmetros inalterado durante toda a mixagem), a necessidade de ajuste contínuo de um parâmetro durante a execução (automação) e a cadeia/fluxo de processamento. Esse último aspecto é bastante importante, pois há diferença de sonoridade de acordo com o local na cadeia de processamento no qual inserimos um efeito. Os plug-ins onl-ine fornecem mais variáveis para o mixador, uma vez que ao processar em tempo de execução, podemos trabalhar com endereçamentos mais complexos, mandadas auxiliares, processamento em cascata, entre outros recursos. Todavia, vale lembrar que há casos em que a implementação offline é a única possível, como o já citado reverse, que precisa de amostras futuras não concedidas em tempo de execução.

Conclusões importantes

Entendendo o comportamento de uma DAW e seus respectivos componentes, como vimos em artigo anterior, podemos localizar de forma fácil o papel dos plug-ins nesse contexto. Um software de áudio realiza funções de manipulação das amostras e de processamento, se comunicando com os componentes do computador e seus periféricos. Entretanto, algumas funções que não são realizadas por esse software, chamado de hospedeiro (host), podem ser realizadas por outros programas. Sendo assim, esses softwares que são executados dentro de um software principal, para realizar tarefas complementares às desse último, são chamados de plug-ins.

Como vimos, um plug-in não é privilégio dos softwares de áudio. São vários os exemplos de softwares que utilizam plug-ins, muitas vezes programados por desenvolvedores diferentes, para complementar as funcionalidades. No caso do áudio, a principal utilização de plug-ins é o processamento; isto é, um hospedeiro pode ter funções de reverberação, equalização, compressão, modulação, pitch shift, entre outras, que não necessariamente estão integradas a ele inicialmente. O plug-in, portanto, se comporta como uma caixa-preta, ou seja, o hospeiro entrega as amostras ao plug-in e, ao recebê-las de volta, não sabe o que aconteceu por dentro desses softwares (ver Figura 5). Vale aqui então sublinhar a importância da qualidade dos plug-ins. De nada adianta um software hospedeiro de qualidade se, ao receber o áudio de um desses plug-ins, o som está degradado ou com imperfeições. Tal fato não é incomum de acontecer, principalmente em versões não originais - as chamadas piratas.

Mesmo com os softwares hospedeiros não sabendo o que os plug-ins fazem por dentro, isso não significa que nós usuários não tenhamos que saber. É justamente nessa empreitada que entraremos a partir do próximo artigo. Vamos começar com os reverberadores, suas características e suas implementações.

Até breve!

Rodrigo Meirelles é engenheiro eletrônico e de computação, formado pela UFRJ, produtor fonográfico e mestrando em Educação da PUC-Rio. Ocupa atualmente a posição de diretor da Ground Control Treinamentos (Digidesign Sponsored School) e é professor do curso de Produção Fonográfica, da Universidade Estácio de Sá. Participou de produções musicais de artistas como Paralamas do Sucesso, Djavan e Forfun; atuou como palestrante em congressos como AES-Brasil, GECOM/UFRJ e Semana da Eletrônica (DEL/UFRJ); ministrou treinamentos corporativos em empresas de televisão e produção musical e participa do Grupo de Pesquisa Educação e Mídia.

Alan Tygel é engenheiro eletrônico formado pela UFRJ. Atualmente cursa o mestrado em Engenharia Elétrica na COPPE/UFRJ, no Grupo de Processamento de Áudio. Tem interesse especial no desenvolvimento de plug-ins VST e publicou artigos sobre seus plug-ins de restauração, equalização e som tridimensional nos congressos da AES Brasil. Além disso, ministrou recentemente um minicurso sobre programação para áudio na UFBA.
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 SOBRE O AUTOR
Rodrigo Meirelles é engenheiro eletrônico e de computação, produtor fonográfico e mestrando em Educação. É hoje diretor da Ground Control Treinamentos e professor de produção na Estácio de Sá.

Para entrar em contato, escreva para plugins@musitec.com.br.

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