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Edição #239
agosto de 2011
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Audio-Technica AT4080
Coincidindo com esta época em que estivemos falando a fundo dos microfones de fita, tive a felicidade de receber para análise um microfone que justamente usa esta tecnologia, só que com diversos aprimoramentos - o Audio-Technica AT4080.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
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Digital Audio Workstations - onde estamos pisando? - Parte 1 por Rodrigo Meirelles
A sigla DAW (Digital Audio Workstation) ou os termos "workstations digitais", "música no computador", "estações de trabalho", entre outros, têm ocupado um espaço cada vez maior nas discussões sobre áudio profissional. O simples fato de termos este espaço na revista para discussão sobe o assunto plug-ins já mostra o grande poder de sedução e a não menor importância que o tema traz ao mundo do áudio.

Mas, afinal, o que trouxeram de diferente à maneira de trabalhar com áudio esses sistemas de gravação, edição e mixagem que têm o processamento digital e a utilização de hard disks (HDs) como princípio? Parar um pouquinho para analisar esses fatores e os elementos cruciais para uma maior qualidade e performance nas DAW é importante antes de partirmos para os softwares, plug-ins, etc. Com um conjunto enorme de ferramentas e possibilidades, como podemos conferir nos dois links abaixo, essa reflexão faz-se ainda mais necessária.

Lista de plug-ins compatíveis com Pro Tools
Lista de plug-ins diversos

Computador: da desconfiança à dependência
A presença do computador nos estúdios como ferramenta fundamental para a produção, muito natural para os olhares do século 21, nem sempre foi bem aceita por todos os profissionais de áudio. A tecnologia digital e a utilização do computador possibilitaram, por um lado, positivas alterações nos modos e relações de trabalho, mas, por outro, trouxeram novidades que obrigaram os profissionais a interagir com outros tipos de conhecimentos além daqueles relacionados ao áudio e eletrônica analógica. Não discutiremos aqui a questão "analógico x digital", que já foi bem apresentada em um clássico artigo da M&T, mas sim as mudanças que aconteceram durante a introdução da tecnologia digital nos processos de produção musical.

A tecnologia digital, por si só, anteriormente à utilização de computadores nos estúdios, proporcionou uma revolução na produção musical devido a fatores entre os quais se destaca o barateamento do custo dos equipamentos de alta qualidade. Os estúdios de médio porte, geralmente pertencentes a produtores e artistas ligados às gravadoras, não precisavam mais ter os gravadores analógicos de fita com preços exuberantes para armazenar o áudio com qualidade.

O equipamento ícone dessa revolução é o Adat, gravador digital multipista em fita, padrão S-VHS, lançado em 1991, que marcou época na imersão dos estúdios no mundo digital. Vale dizer que, com uma tecnologia que ainda engatinhava em comparação ao áudio analógico, o Adat era (e ainda é) visto por alguns profissionais como sinônimo de baixa qualidade de gravação digital. Entretanto, vale também ressaltar que foi a existência dele que viabilizou muitas das produções feitas fora do catálogo das grandes gravadoras.

Para mais informações técnicas sobre o Adat, consulte os arquivos do fabricante Alesis. Para os curiosos, fotos e um breve histórico das mídias de armazenamento de áudio: clicar aqui.

Mesmo assim, a utilização de fita digital ainda não promovia um acesso aos meios de produção utilizados nos grandes estúdios à maioria dos músicos e produtores independentes. O grande diferencial de qualidade ainda se dava em equipamentos como as grandes consoles de mixagem e periféricos de processamento como compressores, equalizadores, reverberadores, entre outros. Dessa forma, a transformação significativa no que diz respeito à democratização do acesso aos meios de produção musical veio com a utilização em massa dos computadores nos estúdios. No entanto, essa fase de introdução do computador se deu de maneira conturbada, com bastante desconfiança, pois aspectos como a limitação de canais, dificuldade com espaço em disco rígido, memória, entre outros, reduziam muito a performance e aumentavam as dores de cabeça dos técnicos.

Para os mais interessados, vale a pena ler artigos do final da década de 80 e início dos anos 90 com os dilemas que a utilização de computadores profissionalmente em áudio começou a causar. Um bom exemplo é este artigo do produtor Roger Nichols para a internacional EQ Magazine, no qual, ainda em 1990, demonstra algumas dificuldades encontradas pelas primeiras DAWs.

Entretanto, com a possibilidade de se fazer o processamento de áudio multipista, armazenado em hard disk, em tempo real, como aconteceu com os primeiros sistemas Pro Tools TDM (lançados em 1994), as consoles físicas começavam a ser substituídas por consoles virtuais de mixagem em software, e os periféricos, por plug-ins. Sistemas como esse eram privilégio de quem poderia fazer um grande investimento, pois somente se conseguia mixar e gravar muitos canais com um investimento considerável no hardware agregado. Foi apenas no final da década de 90 e início de 2000 que as workstations digitais começaram a se popularizar através de softwares com recursos poderosos integrados a computadores pessoais. Um marco dessa época foi o lançamento da Digi001: um sistema Pro Tools, que antes disso era padrão somente em estúdios de alto investimento, de custo reduzido e compatível com Windows e computadores "caseiros" (veja as especificações).

A partir de então, acompanhamos um cada vez maior aumento do poder de processamento dos computadores pessoais e uma conseqüente redução do número de equipamentos, hardware digital e investimento necessários para viabilizar uma produção de qualidade similar à dos grandes estúdios. Hoje é possível, por exemplo, os mesmos softwares e plug-ins utilizados nas grandes produções; serem utilizados em um estúdio caseiro. Com o aumento da qualidade, recursos e popularização dos softwares livres, o acesso às ferramentas de produção musical só tende a se tornar mais fácil e a ser cada vez mais democrático.

O que os estúdios de grande porte trazem atualmente de vantagem em uma produção musical são as opções de equipamentos, como os periféricos já citados, a estrutura de trabalho e as salas de gravação, ou seja, a parte analógica e acústica do processo. Porém, isso não impede que um trabalho de alta qualidade seja produzido inteiramente em um estúdio caseiro e, dessa forma, o material humano passa a fazer cada vez mais diferença, esteja ele em um estúdio de grande porte ou em um home studio.

<BR>Em termos de mudança no comportamento do profissional de áudio, temos os conhecimentos de informática como a arquitetura de computadores com seus processadores, memórias, discos rígidos, sistemas operacionais e softwares, além dos conceitos importantes de áudio digital como sample rate, bit depth, codificação, compressão de dados, entre outros, se tornando requisitos fundamentais para a convivência tranqüila de um técnico ou produtor com os elementos do estúdio, assim como eram as tarefas de alinhamento de máquinas, azimute, limpeza de cabeças e magnetização nos tempos da gravação analógica. Por fim, depois de anos de desconfiança e transições, se analisamos a maioria dos estúdios da atualidade, torna-se praticamente impossível imaginar a ausência do computador.

Tipos de workstations
Quando utilizamos o termo "digital audio workstations" estamos nos referindo, na grande maioria das vezes, àqueles sistemas baseados em computador. Existem também as DAW integradas, isto é, equipamentos de áudio (hardware) que integram fisicamente em um único módulo as etapas do fluxo de áudio em um estúdio, incluindo mixer, processamento, hard disk, entradas e saídas. Elas eram bem mais populares quando os computadores não tinham tanto poder de processamento e armazenamento, mas ainda é possível encontrar alguns bons exemplares desse tipo de workstation (confira modelos atuais da Yamaha, Tascam e Akai). Além da questão do processamento e armazenamento já citadas, a popularização da utilização de softwares e a evolução do conceito de interfaces gráficas fizeram com que o termo DAW fosse atrelado à utilização de computadores e, por muitas vezes, definido unicamente como um sistema de áudio baseado em computador.

O que temos hoje, depois de alguns anos de evolução tecnológica e de modificações nas práticas dos produtores, artistas e consumidores, é a presença dos dois tipos de workstations (baseadas em computador ou integradas), além de soluções híbridas das quais falaremos em uma próxima oportunidade. Aqui nesta coluna, como nosso foco é a discussão relacionada aos plug-ins, vamos considerar uma DAW como sendo um sistema baseado em computador.

O que precisamos saber?
Com todas essas mudanças nos equipamentos de um estúdio, é importante acompanhar a evolução da tecnologia e estar atento às novidades, principalmente quando se tem senso crítico e base teórica para identificar quais delas realmente são relevantes para cada atividade, sem uma super empolgação simplesmente pelo fato de determinado assunto ou produto ser novo. Entender os elementos do estúdio, a função de cada um, as etapas para além das DAW como captação, monitoração e produção musical é fundamental para um bom trabalho. Teremos aqui nossas discussões concentradas nos plug-ins, mas devemos ter sempre em mente que estamos discutindo sobre um dos elementos de um conjunto bem mais complexo.

Além disso, é importante dominar os conceitos do áudio digital. Saber qual taxa de amostragem e resolução em bits trabalhar em um projeto, quais conversores A/D e D/A estão sendo usados em uma determinada situação, que tipo de processamento acontece em determinado plug-in, lidar com gerenciamento de memória durante a gravação e mixagem, entre outros conhecimentos, tudo isso auxilia bastante na operação de uma DAW e seus respectivos plug-ins.

No intervalo entre o primeiro artigo e este, nosso fórum se movimentou bastante nos aspectos conceituais. Esse tipo de discussão mostra como é importante ter uma bagagem teórica aliada à experiência prática para tomar decisões na hora de comprar ou utilizar um tipo de ferramenta de áudio digital e como os profissionais estão se dando conta dessa importância. Quem quiser conferir as discussões e se filiar ao grupo, é só preencher o formulário abaixo com o e-mail. Trocar experiências é uma das melhores maneiras de evoluir.

No próximo artigo trataremos dos elementos das workstations digitais, analisando suas funcionalidades e como cada um deles influencia na qualidade ou performance da DAW. Vamos discutir também a função dos plug-ins e como eles interagem com os outros elementos de uma digital audio workstation.


Saiba mais sobre os colaboradores desta coluna:

Rodrigo Meirelles é engenheiro eletrônico e de computação, formado pela UFRJ, produtor fonográfico e mestrando em Educação da PUC-Rio. Ocupa atualmente a posição de diretor da Ground Control Treinamentos (Digidesign Sponsored School) e é professor do curso de Produção Fonográfica, da Universidade Estácio de Sá. Participou de produções musicais de artistas como Paralamas do Sucesso, Djavan e Forfun; atuou como palestrante em congressos como AES-Brasil, GECOM/UFRJ e Semana da Eletrônica (DEL/UFRJ); ministrou treinamentos corporativos em empresas de televisão e produção musical e participa do Grupo de Pesquisa Educação e Mídia.

Alan Tygel é engenheiro eletrônico formado pela UFRJ. Atualmente cursa o mestrado em Engenharia Elétrica na COPPE/UFRJ, no Grupo de Processamento de Áudio. Tem interesse especial no desenvolvimento de plug-ins VST e publicou artigos sobre seus plug-ins de restauração, equalização e som tridimensional nos congressos da AES Brasil. Além disso, ministrou recentemente um minicurso sobre programação para áudio na UFBA.

Julio Hammerschlag é profissional de áudio há mais de 10 anos. Cursou programação de computadores na PUC-Rio e é autodidata em áudio. Mixou diversos filmes para cinema, televisão e DVD. Sonoplasta de duas edições do Big Brother Brasil, atualmente trabalha na masterização de novelas e séries da TV Globo, além de ser instrutor da Ground Control Treinamentos (Digidesign Sponsored School).
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 SOBRE O AUTOR
Rodrigo Meirelles é engenheiro eletrônico e de computação, produtor fonográfico e mestrando em Educação. É hoje diretor da Ground Control Treinamentos e professor de produção na Estácio de Sá.

Para entrar em contato, escreva para plugins@musitec.com.br.

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