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Revista Luz & Cena
Workshops
Evento da Røde apresenta produtos ao mercado nacional
Redação
Publicado em 07/08/2012 - 23h37
Reprodução
Anselmo em seu workshop: evento teve transmissão online (Reprodução)
Anselmo em seu workshop: evento teve transmissão online
Há mais de 20 anos no segmento de vídeo, a Pinnacle Broadcast, a partir da assinatura de um acordo de distribuição exclusiva com a fabricante de microfones Røde, recentemente adentrou o mercado de áudio. Para apresentar os produtos da renomada marca australiana que agora são oferecidos pela Pinnacle, a distribuidora realizou hoje, em sua sede, em São Paulo, o primeiro Røde University Live Brasil. No evento, três workshops, que também foram transmitidos online, apresentaram desde características específicas dos modelos Røde até detalhes de surpreendentes técnicas de microfonação.

O primeiro a falar ao público foi Thiago Bianchi, vocalista do Shaman e dono do estúdio Fusão, em São Paulo. Durante a palestra, Thiago confessou que, com a Røde, é a primeira vez que é endorsee de uma marca por querer, de fato, contar com os produtos oferecidos por ela. No Shaman, ele usa um microfone Procaster custom de cápsula larga, que, segundo o cantor, em breve ganhará sua assinatura e chegará ao mercado.

"Ele é um microfone robusto, com profundidade, o que é muito legal para os vocais. Para os meus ouvidos, é como se esse mic tivesse uma espécie de compressor interno", afirmou Bianchi, que atua como produtor desde os 15 anos e tem, no currículo, duas indicações ao Grammy Latino. "Com o Procaster, é a primeira vez que sinto que tenho um microfone na mão, pois ele é pesado, tem presença. E se o assunto é preço, trata-se de um produto que as pessoas podem ter. Seu custo-benefício é bem interessante", afirmou o artista, que na Expomusic mostrará, ao lado de sua banda, como os microfones Røde soam ao vivo.

Depois foi a vez de Anselmo Gonçalves, coordenador do projeto J-freaks, abordar a parte teórica dos microfones, falando de diferentes tipos de modelos e passando por temas como frequências e filtros. Anselmo falou de cada um dos mics Røde selecionados para a captação dos instrumentos da banda J-freaks, presente no evento: NT5 (chimbal), NT4 (pratos e violão) e os M1 e NT2 (guitarra), além do já citado Procaster (bumbo).

"Todos os microfones foram levemente ajustados na mesa, já que, naturalmente, têm um belo som. O Procaster também foi pouco equalizado, pois oferece, de fábrica, um grave bastante agradável", observou. Antes de encerrar sua fala, Anselmo anunciou a apresentação de um novo número da banda, que já havia tocado no início do encontro. O objetivo foi permitir que o público pudesse notar a sonoridade dos microfones utilizados na captação.

Fechando o evento, o produtor musical Manny Monteiro, formado no Institute of Audio Research, em Nova York, apresentou um workshop sobre técnicas avançadas de microfonação. Explicando o lado complexo da captação sem esquecer as abordagens tradicionais, Manny citou exemplos de aplicações (Foo Fighters, banda sempre citada em palestras de áudio, não ficou de fora quando o assunto foi fase) e lembrou nomes que, ao longo de sua carreira, passaram a ele muito do que sabe, como Roy Cicala, que gravou e produziu gente como John Lennon, David Bowie, Miles Davis, Queen, Frank Zappa, Prince, entre outros.

Entre as técnicas destacadas por Manny durante sua palestra, algumas podem ser destacadas, como a M-S (Mid Side) Technique. "É uma técnica antiga que não vejo ser muito usada no Brasil", disse. "Nela, utiliza-se dois microfones. Procure dois Røde com os diagramas polares apropriados, um figura 8 embaixo e um cardióide em cima, apontando para a fonte geradora de som, e use para o que for, pois ficará muito bom. Já gravei, usando a M-S, desde instrumentos até corais de 20 cantores", afirmou ele, entre detalhes sobre posicionamento e os efeitos obtidos.

Manny ainda falou sobre o subkick, que, segundo ele, é uma técnica inventada "por uns malucos nos EUA", para, em seguida, virar mania. "Alguém um dia pegou um falante, inverteu a fase para fazer dele um microfone e colocou a um palmo da frente do bumbo para ver o que acontecia. O resultado foi que ele só captou o grave, o 'lodo' mesmo. Fica demais. Para som de bumbo pop, é insubstituível", destacou o palestrante, que ainda falou sobre microfonação de salas, isolamento e organização sonora, encerrando seu workshop e o Røde University Live Brasil sob aplausos.
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