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Galeria: Galeria
por Carmem Salazar
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24/02/2007
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A artista plástica gaúcha Lúcia Koch, que hoje vive e trabalha em São Paulo, tem, no cerne de sua pesquisa, a investigação sobre a luz. Lúcia nos instiga a ver além dos pontos de vista convencionais e "arquiteta" a luz nos ambientes afirmando que "a luz e o ar são os elementos que ativam um espaço e fazem surgir ali, um lugar" (2007, LK).
A instalação Gabinete foi mostrada, em Porto Alegre, na II Bienal do Mercosul / 1999, dentro do segmento Arte e Espaço Urbano. Este segmento tinha como intenção a requalificação de antigos espaços na cidade, ocupando dos armazéns do Cais do Porto, à margem do rio Guaíba. Lúcia utilizou filtros coloridos transparentes nos vidros das janelas do recinto ocupado por ela, resultando em projeções coloridas da luz solar que, ao "atravessarem" a geometria daquelas aberturas, "pintavam" no espaço desenhos que se transformavam no decorrer do dia e de acordo com a posição da luz natural que ingressava naquele ambiente. Nos remetia, formalmente e em sua dimensão humana, às composições abstratas de Mondrian (pintor holandês, 1872-1944), convidando nosso olhar a descobrir diferentes e surpreendentes perspectivas da paisagem como, por exemplo, ver o rio de várias cores ao mesmo tempo ou, quem sabe, concentrar-se em uma delas. É, também, um convite a nosso próprio corpo a um "mergulho" em seu Gabinete de cor/luz.
Não é à toa que Lúcia é um nome de origem latina, cujo significado é luz.
Carmem Salazar é iluminadora e cursa Artes Visuais na Feevale - RS
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