Luz & Cena
LOGIN e-mail
senha
esqueceu sua senha? Clique aqui para se
cadastrar na M&T As novidades da L&C em seu computador
gravar senha

Edição #142
maio de 2011
Índice da Edição 142
Editorial
Novos Produtos
em Foco
Holofote
Dir de Fotografia Para Vídeo
Final Cut Pro
Pergunte AO OZ
Galeria

Cadastre seu e-mail e
receba nossa Newsletter
As novidades da L&C em seu computador
galeria: Timing perfeito
O feliz encontro da técnica com a sensibilidade
por João Salamonde 02/06/2011


Sempre gosto de fotografar usando a luz ambiente para dar mais veracidade ao que enquadro. Na época do filme, isso era um pouco mais difícil, pois não se conseguia subir o ISO sem perder muito a qualidade. Um filme que eu usava muito era o FujiPress 800. Adorava ele, pois trazia muito mais de luz ambiente que qualquer outro filme, e com uma ótima qualidade. Até hoje, meu estilo neste quesito não mudou muito. Normalmente, em casamentos e fotos em geral, gosto de usar pouco ou nenhum flash. Aproveito sempre a luz disponível no ambiente para iluminar a minha cena usando ISOs bem altos. Nisso, o digital facilitou enormemente a minha vida. Para tal, é preciso possuir um equipamento que me permita fazer isso sem perder a qualidade.

A foto acima foi feita com a D300, da Nikon. Mas, hoje, trabalho com uma D700 e uma D90, também da Nikon. Meu ISO padrão nelas é 3200. Com a D700, na pista de dança, às vezes arrisco subir um pouco mais o meu ISO para 4000 ou 5000 - na D300, usava, no máximo, ISO 1600.

A cerimônia retratada aconteceu em julho de 2009, por volta das 20h, e eu não poderia contar com luz nenhuma do Sol. Eu tinha apenas a iluminação de uns postezinhos de luz com globos redondos de vidro leitoso e alguma luz do pessoal da filmagem. Quando o casal saiu, a luz era bem pouca, mas como estou acostumado a trabalhar no limite de luz e velocidade, tive que pensar muito rápido, pois percebi que os convidados, em vez do tradicional arroz, jogariam bolinhas de sabão. Imaginei o estrago que um flash poderia fazer com os reflexos gerados pelas bolinhas. Nem pensei duas vezes: baixei a velocidade para 1/60 e desliguei o flash. O meu diafragma já estava em 2.8, pois adoro o desfoque dado por ele. A partir daí, foi clicar e tentar pegar o momento exato em que tudo estivesse perfeito: o rosto da noiva, a alegria do noivo, o sorriso estampado no rosto dos convidados, as bolinhas de sabão... Enfim, tudo que compusesse a minha foto. Acho que fui muito feliz, pois consegui pegar a fração de segundo exata em que tudo isso estava reunido e "cabia" dentro do meu quadro. Quando os noivos saíram, e dei uma olhada rápida nas fotos, fiquei muito feliz, pois percebi que tinha conseguido fazer as fotos que imaginara.

A que aparece aqui foi uma das que enviei para o 1ª Prêmio Wedding Brasil de fotografia, que aconteceu em abril do ano passado e para o qual os fotógrafos tinham o direito de enviar três fotos apenas. Para variar, meu envio aconteceu no último dia do prazo, tendo, com isso, quase perdido a chance de participar Por sorte, porém, consegui enviar com sucesso e fui o contemplado pelo júri com o 1º lugar.

Fico satisfeito por ter conseguido seguir direitinho a lição do mestre Cartier Bresson que diz: "Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração."

João Salamonde é fotógrafo profissional. Desde 2004 faz parte da equipe da agência de fotojornalismo Pedra Viva. Além de dar aulas de fotografia e tratamento de imagens, é especializado em captar momentos de emoção e espontaneidade em casamentos.
Versão para impressão de
“ Edição #142:  galeria” Envie este artigo
para um amigo

 ARTIGOS RELACIONADOS - GALERIA
Olho de boi (Edição #119 - 15/06/2009)
Bela noite para voar (Edição #116 - 09/03/2009)
A valorização da subjetividade (Edição #89 - 02/01/2007)
Claridade domada (Edição #123 - 14/10/2009)
Uma fotografia e um bonsai (Edição #105 - 16/04/2008)
Luz & Cena © Copyright 2000 / 2024 - Todos os direitos reservados | Política de Privacidade
Est. Jacarepaguá, 7655 salas 704/705 - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22753-900 - Telefone: 21 2436-1825