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editorial: O que está fora da tela
por Elisa Menezes
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10/10/2008
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A tecnologia é, sem dúvida, uma grande aliada do espetáculo. Quem já viu um show do U2 ou um bom musical - não necessariamente na Broadway - há de concordar. Mas se existe algo essencial e que não tem preço é a criatividade, que vai definir como os recursos serão usados, como as idéias serão executadas e, consequentemente, diferenciar um show do outro, uma peça da outra.
Criatividade é uma boa palavra para resumir os quase 30 anos de carreira do artista visual que estampa a nossa capa. Charges, estampas de roupas, capas de discos e livros, cenários de shows, direção de clipes, identidade visual de festival de rock e desfiles, direção de arte da abertura dos Jogos Pan-americanos; enfim, são muitos e diversos os trabalhos de Luiz Stein. E, embora tenha evoluído no uso de suas ferramentas - do fotolito ao sistema Multivisão de projeções, das persianas aos LEDs - , ele garante que sua experiência dos tempos pré-computador é um grande diferencial.
"O que mais me impressiona hoje é como a experiência na época do convencional é útil na construção de uma idéia. Hoje, vejo que os garotos, por já estarem direto em contato com o computador, têm dificuldade de darem o start em alguns projetos. Fica faltando o começo, que não está na tela. O começo está no livro, na janela, no ônibus que passou."
Vale a pena ler até a última linha essa entrevista - que continua no site de L&C - e refletir sobre alguns pontos abordados por esse artista "multiuso". A atual busca pela equivalência e não pelo diferente, a importância de cada profissional dentro de um projeto (cenógrafo, iluminador, figurinista etc.), a necessidade de se pesquisar, observar, dialogar com o passado para criar algo novo. Levando em consideração sua trajetória, há muito que aprender.
Boa leitura!
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