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Edição #121
agosto de 2009
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galeria: Spectaculum
por Marcelo Mazzariol 13/08/2009
foto: Marcelo Mazzariol
Dirigir a fotografia do curta Spectaculum foi uma experiência maravilhosa. O filme já havia recebido premiação pela direção de arte e pelo figurino e, mais recentemente, recebeu dois troféus Menina de Ouro, pela fotografia e por melhor curta regional, no badalado Festival Paulínia de Cinema.

Quando o diretor Juliano Luccas me convidou, relutei em aceitar o projeto. Para falar a verdade, palhaços me causavam arrepios, mas, graças a esse trabalho, compreendi melhor esse mundo, fiz as pazes com os palhaços e superei meus traumas.

Todo o filme foi gravado em suporte HDV, com uma JVC HD110, que nessa categoria é a minha câmera preferida para trabalhar, juntamente com um par de lentes Nikkor (60mm e 35/135mm), que fazem o equipamento ganhar uma nova dimensão na operação e na linguagem.

O diretor e eu estávamos em harmonia no entendimento de que a fotografia do filme tinha que ser um componente da narração e não meramente estética. Conforme a história vai se desenrolando, a fotografia acompanha seu ritmo, muda e se desenvolve com ela.

O filme começa com uma fotografia que dá uma sensação desconfortável, uma sensação de mofo, um tom de pele amarelo, pálido e descolorido, que reflete o clima do personagem. Depois, passa por uma fase bucólica, surgem cores vivas e saturadas. O tom de pele é saudável, as cores vivas agora dão uma sensação de aconchego e começamos a simpatizar com o personagem enquanto ele começa sua pequena jornada.

Não podemos esquecer que se trata de um curta, então muita coisa fica no subtexto, daí, em minha opinião, a maior importância da fotografia e da arte no processo de entendimento da história.

Para sustentar o clima bucólico circense, as cores, o contraste e a iluminação ficam em grande evidência. Mas, logo adiante, o filme revela o lado negro do personagem, um lado ridículo e escatológico, diminui a saturação, entra um matiz verde e enquadramentos menos convencionais para compor a narração, deixando transparecer certo surrealismo.

Depois disso, a fotografia assume novamente o clima bucólico circense, mas agora também com um halo permanente em volta do personagem, um toque de mistério quando nos preparamos para o suicídio simbólico do personagem. Toda a iluminação é teatral, dura e dramática.

O filme encerra entrando em um look de doctv, com uma entrevista e uma cena de despedida do personagem. A intenção era de ficar o mais videomaker possível antes de retomar seu tom predominante no quadro final.

Marcelo Mazzariol é diretor de fotografia e produtor executivo.
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