RSS Facebook Twitter Blog
Revista Luz & Cena
A história da AM&T ao seu alcance. Curiosidades do passado e conhecimentos técnicos para profissionais do presente e do futuro.
Eddie Kramer - No lugar certo, na hora certa (janeiro/ 2001)
Postado por Redação em 24/10/2011 - 22h04
O que Jimi Hendrix, Led Zeppelin e Kiss têm em comum? Acertou sem dúvida quem respondeu que os três são ícones do rock mundial, que influenciam músicos até hoje. Mas, além disso, estes artistas tiveram uma ajuda muito especial... O técnico de som e produtor musical sul-africano Eddie Kramer faz parte da história da música contemporânea. Desde o início dos anos 60, quando começou em um pequeno estúdio caseiro em Londres, muita coisa mudou. Passaram por suas mãos, entre muitos outros, Dionne Warwick, Peter Frampton, Rolling Stones e até mesmo os Beatles, que não conseguiram lugar na EMI e foram procurar o Olympic, estúdio independente onde Kramer trabalhava na época...
De passagem pelo Brasil, para gravar o disco de André Rafael, do Estúdio AR, Kramer reservou um "tempinho" para conversar com M&T sobre suas experiências e dar suas opiniões sobre a história e o futuro da música. Confira!


M&T: É impossível não ligar o seu nome ao de Jimi Hendrix. Como você o conheceu?

Eddie: Na verdade eu conheci primeiro o amplificador dele. Foi assim: as portas do estúdio se abriram e havia um cara enorme, Gerry Stickels (era o roadie), carregando um Marshall imenso nas costas. E depois o Jimi apareceu. Ele estava usando uma capa de chuva, e era muito tímido, falou muito pouco - era muito reservado. Então nós começamos a gravar e, quando ouviu o som, o rosto dele ganhou vida e aí nós começamos a curtir juntos. Tínhamos um respeito mútuo. Eu o respeitava como músico e ele me respeitava pelo o que eu podia fazer por ele em termos de som. E era sempre um desafio e uma alegria. Sempre que ele fazia alguma coisa no estúdio - tocava uma guitarra ou usava um pedal - era um acontecimento. E eu ficava pensando: "como vou fazer com que isso fique ainda melhor?". E esse sempre foi meu objetivo - não só com o Jimi, mas com todos os outros com quem trabalhei. E eu e Jimi adorávamos trabalhar juntos, nós ríamos muito. Ele era tão engraçado no estúdio... Se você ouvir a coletânea dele escutará as risadas, e ele fazendo piada de tudo. Muita gente acha que ele era um cara muito sério. Na verdade, ele era sério a respeito de sua música, mas também era um sujeito muito divertido.

M&T: Como você se sente sendo parte da história do rock?
Eddie: Eu digo que na verdade sempre fui um sortudo. Você pode ver pela minha história que eu estava sempre no lugar certo, na hora certa. Além disso, eu trabalhava num grande estúdio que me permitia tentar coisas diferentes. Eu fiz muitas experiências com jazz em Londres. Gravei caras como Elliot Carter...

M&T: Dizem que Jimi Hendrix não gostava do som de sua própria voz. Isso é verdade?
Eddie: É verdade. No começo, Jimi não pensava nele mesmo como um vocalista, ele nunca pensou que tinha uma grande voz. Na verdade ele odiava a própria voz. Então nós tínhamos que armar todo um esquema quando ele tinha que gravar vocal. Nós apagávamos as luzes e tal, mas ele não tinha segurança. Isso foi no começo. Por volta de 67, 68, ele começou a ser mais confiante a respeito disso. De qualquer forma, ele era mais um "estilizador de músicas" do que um grande cantor.

M&T: Você também trabalhou com o Led Zeppelin. Muitos brasileiros gostariam de saber como você conseguiu aquele grande som de bateria.
Eddie: É muito simples: tem a ver com o baterista. É preciso lembrar que John Bonham foi o melhor baterista de rock que já existiu. Ele era um cara enorme e muito forte, mas não era a força que fazia diferença, era o jeito como ele batia na bateria. Bonham tinha um estilo único de tocar. Mas é verdade que usamos ambientes diferentes para gravar. Gravamos em uma casa grande, velha, feita de pedra. Nós reservávamos uma sala grande só para a bateria e soava enorme! Colocávamos três microfones e era isso.

M&T: Como você se envolveu com o Led Zeppelin, e como você se tornou o técnico da banda?
Eddie: Eu já conhecia Jimmy Page e John Paul Jones. O John me convidou para a casa dele, dizendo que ia tocar alguma coisa. E ele tocou a primeira faixa do primeiro álbum do Led Zeppelin, e eu fiquei impressionado. Nunca tinha ouvido nada igual, era muito forte. Perguntei qual era o nome da banda e ele disse "Led Zeppelin" e eu disse que era um nome idiota. Ele olhou para mim de um jeito que eu acabei me sentindo um idiota. Mas nós ficamos amigos, ele é uma excelente pessoa. Depois do primeiro disco, eles fizeram um tour pelos Estados Unidos. Eu fui a um dos shows, tirei um monte de fotos, saímos juntos e eles disseram que estavam voltando para Nova York e gostariam que eu fizesse mais algumas sessões para eles. Então eu terminei o disco para eles em Nova York e mixei tudo em dois dias. E foi aí que tudo começou.

M&T: Eles fizeram alguma recomendação especial?
Eddie: Não. Bom, alguns artistas como Jimi Hendrix, Jimmy Page, os Beatles... estes artistas sempre tiveram muito controle sobre o produto final e uma visão clara do que eles queriam.

M&T: E os Beatles, Stones, The Who...
Eddie: Mais uma vez eu estava no lugar certo, na hora certa. O Olympic era o melhor estúdio independente de Londres, e os Beatles não conseguiam entrar na EMI - porque eles estavam lotados - então ligaram para lá e marcaram... e lá estava eu. Eles precisavam gravar a base de All You Need Is Love. Então eles foram lá e eu fiz meu trabalho. John Lennon sentou do meu lado cantando no microfone de talkback, para que os outros rapazes pudessem ouvi-lo. Foi a única vez em que posso dizer que fiquei com medo, quer dizer, era muito intimidante. Eu havia trabalhado com Hendrix, Stones e tal, mas... Bem, como eu já disse, eu tive muita sorte, chances como essa não aparecem toda hora e tratei isso com respeito. Quando me lembro, penso: "Eu poderia estar em qualquer lugar. Por que estava justamente lá?".

M&T: E Woodstock, como foi feito?
Eddie: Eu ficava embaixo do palco, e quando as bandas começavam a tocar toda a poeira caía em cima de mim. Tenho uma foto minha naquele lugar até hoje. Nós tínhamos um gravador de oito canais Scully, uma pequena console de 12 canais, um par de (compressores) LA-2A, e era isso. Mais alguns limitadores, consoles muito primitivas, dois mixers Shure. E esse foi o equipamento que foi para Woodstock. Foi um caos. Eu fiquei de pé por três dias e três noites Foi realmente um milagre conseguirmos gravar alguma coisa.

M&T: Qual o segredo para trabalhar com tantos artistas diferentes?
Eddie: Manter sua mente aberta, seus ouvidos abertos e sua boca fechada - na maior parte do tempo. É claro que sua carreira chega a um ponto em que você tem confiança suficiente em suas decisões, e na experiência que você tem e pode dizer para a banda: "olha, acho que isso não funciona" ou "acho que isso vai ficar legal".


Eddie, Rubinho e André: total descontração durante e mixagem


M&T: Jimi Hendrix e Led Zeppelin soam completamente diferentes. De onde vem esta diferença: do artista, de você?...
Eddie: A diferença de sonoridades vem do artista. Eu sou apenas um espelho que reflete o que eles tocam. Quando um artista entra no estúdio e começa a tocar, você reconhece aquele som e já sabe o que fazer, e às vezes não reconhece e tem que prestar atenção, ver do que se trata e pensar em algo que se possa fazer com aquilo. Cada artista já chega com suas próprias idéias, sua própria história. E cada um é diferente porque são pessoas diferentes. E é assim que você deve abordar um trabalho, sabendo que os artistas são pessoas distintas com bagagens distintas.

M&T: Todos sabem que a tecnologia atualmente vem nos servindo melhor que nunca. Qual a sua opinião a respeito?
Eddie: Esse assunto está muito em voga entre os engenheiros e produtores de música. Outro dia eu discuti sobre isso com vários outros produtores, e nós chegamos à conclusão de que gostamos da mesma coisa: encontrar um grupo que possa realmente tocar junto e vê-los tocar para depois pensar no que fazer com isso. A tecnologia evoluiu muito, sem dúvida. A ironia disso é que, quando você observa os engenheiros e produtores musicais, em qualquer parte do mundo, vê que quando usa Pro Tools ou Radar ou qualquer outro recurso digital, se alguma coisa não está boa, a pessoa diz: "tudo bem, eu posso pegar meu U47, U49, um limitador valvulado, um equalizador valvulado". Por quê? O que faz o som digital bom? Para mim, o que isso quer dizer é que talvez não estejamos prontos. Esse é um argumento que uso sempre. Adoro usar os dois mundos: uso o melhor do analógico e o melhor do digital. Mas é preciso ser realista, pragmático e ver o que soa bem. Eu prefiro trabalhar com bandas que toquem juntas, gravar a performance e depois ter um dia para colocar voz e um dia para mixar. Mas vamos supor que ainda tivesse que voltar um outro dia para terminar. Ainda assim seria muito rápido, porque os músicos estão acostumados a tocar juntos. Mas hoje em dia existe essa obsessão pela perfeição... Não estou convencido de que esse seja o caminho. Perfeição é boa até certo ponto, mas não até um ponto em que destrua tudo o que a música significa em primeiro lugar.

M&T: A própria perfeição é discutível, afinal, o que é perfeito?
Eddie: Exatamente! Não existe isso... Muitas vezes o artista pode ser o pior juiz do seu trabalho, porque nunca fica satisfeito. Qualquer um olha e acha que está fantástico, mas ele fica querendo mudar aquilo, porque acha que deveria ser melhor. O Jimi era assim. Ele sempre me perguntava como tinha sido. E, mesmo quando eu dizia que tinha sido ótimo, ele ainda queria gravar outras vezes. O que acontece é que você fica com meia dúzia de opções nas mãos sem saber o que fazer com elas.

M&T: John Storik disse numa entrevista que você foi a pessoa responsável por ele ter se tornado um designer de estúdios.
Eddie: Acho que é verdade. 1969 foi o ano em que me tornei um produtor independente e foi também o ano em que Jimi deixou de ter meus serviços à sua disposição o ano todo - com algumas exceções. E ele decidiu comprar um bar - chamado The Generations - e queria transformá-lo no seu bar, e queria fazer um estúdio lá. E eles me chamaram para ver o que eu achava da idéia e eu disse que eles estavam doidos. "Que bar que nada! Vamos construir um estúdio, o melhor estúdio do mundo!". Foi isso. E o John já tinha projetado o bar nos mínimos detalhes quando descobriu que não seria mais um bar. Ele ficou louco da vida, mas acho que hoje ele está feliz por isso, porque já construiu quase mil estúdios desde então. Culpa minha (risos).

M&T: Tirando a banda do André Rafael, você conhece outros músicos brasileiros?
Eddie: É claro que estou a par da música brasileira - ela está em todo lugar - você a escuta nos Estados Unidos o tempo todo. É uma música única e tem qualidades que não são encontradas em nenhuma outra música. O ritmo... é absolutamente único! Deus sabe de onde veio isso... Talvez da África ou da América. Realmente não faço idéia de onde os elementos fundamentais vieram. Mas em nenhum outro lugar do mundo as pessoas põem os beats onde vocês põem, e onde os acham. A música cubana também é assim, muito particular, única. Há uma alma na música brasileira que eu adoro, provavelmente porque adoro o jazz. Gosto dos óbvios como Tom Jobim, mas também escutei coisas como o rock do Sepultura e achei muito bom. Estar no Brasil agora me deixa muito feliz. Este lugar afeta minha alma, e digo isso porque não penso com a cabeça, penso com o coração.

M&T: E como músico, o que você faz?
Eddie: Eu toco piano... muito mal, sou um péssimo pianista (risos).

M&T: Quando começa a mixar, onde você bota os faders?
Eddie: Às vezes começo com a bateria e a base. Mas normalmente aumento os faders antes para ter uma visão geral. Se for uma música que eu gravei, sei por onde ir, mas se é uma demo, ou uma coisa completamente nova para mim, vou pela bateria primeiro porque é a base, o mecanismo de direção, por assim dizer.

M&T: Quanto tempo leva fazendo isso?
Eddie: Depende do que for. Eu posso fazer duas músicas por dia, mas prefiro tirar um dia inteiro para uma música só. E aí normalmente eu arrumo a próxima música para o dia seguinte.

M&T: Você tem algum herói?
Eddie: Se você quer dizer no mundo da música... Tenho meus dois mentores, Bob e Keith, que foram as pessoas no Olympic que me ensinaram muito, e eu diria que devo muito a eles, sou muito grato. Eles eram tremendos engenheiros e me ensinaram tudo o que precisava saber - e muito mais - além de me encorajarem.


M&T: E o Les Paul?
Eddie: Também, mas de maneira diferente. Eu tenho um grande respeito e enorme admiração por ele. Eu tive muita sorte de ter ido até a casa dele e entrevistá-lo, e ver aquele homem, que já tem 80 anos, toda segunda-feira à noite tocando num bar em Nova York. E ele é assim, se parar de tocar, morre. E ele é fenomenal, tem muita história para contar. Gosto muito dele.

M&T: O que você diria para os jovens que querem ser o Eddie Kramer do Futuro?
Eddie: Não façam isso! Eu sempre digo isso a todo mundo. Eu ensino em escolas como Berklee e Full Sail, e eu digo para a garotada que um bom número deles vai seguir em frente e outros não, mas o importante é ter paixão pelo o que você faz. É um trabalho de 24 horas por dia. É preciso estar preparado para perder relacionamentos, agüentar longas horas de trabalho... Você tem que amar este trabalho, porque é uma atividade que exige muito, em que você serve o outro. Você tem que servir o artista... É isso o que fazemos. Se você está preparado para isso... É preciso ter a noção de que aquilo que o artista escreve ou diz é o mais importante. O que o artista pensou e sentiu para a música quando ele a escreveu. É isso que deve aparecer na mixagem final. Dane-se o resto.

M&T: Qual é o seu próximo projeto? Planos para o futuro?
Eddie: Tenho muitos planos. Estou trabalhando em uma recuperação do Hendrix em 5.1, que vamos lançar em DVD. Na verdade, idéia era fazer apenas uma coleção em caixa. Mas, assim que eu terminei, pudemos trabalhar com todas as fitas multicanal originais e todos os filmes do último show ao vivo de Hendrix na Inglaterra, que foi praticamente um Woodstock inglês. Restauramos este material - mais ou menos duas horas de show - e remixamos em surround 5.1. Foi ótimo... Deve sair no ano que vem. Além disso, tem uma banda, The Gabe Dixon Band, que descobri na Flórida. Também achei uma banda em Nashville, chamada Fair Verona. São três garotas que fazem punk rock. E quando você pensa em Nashville, pensa logo em country, mas elas são punk rockers, com potencial nacional. Comecei também uma nova empreitada, com o objetivo de tratar de minhas fotos, já que eu fotografo todas as bandas... Tenho mais de mil fotos. Eu pretendia fazer um livro com elas - e eventualmente pode ser que eu leve este projeto adiante - mas faremos uma exposição primeiro. E as fotografias serão postas a venda também.

M&T: Qual será o futuro da música na sua opinião?
Eddie: Toda essa tecnologia, a Internet... Essa é uma maneira de fazer a coisa. A forma como as pessoas estão gravando hoje é muito interessante, já que estamos totalmente no mundo digital. Mesmo eu tendo feito muitas críticas ao som digital, ele está melhorando. E acho que nós chegaremos ao ponto em que eu não vou ficar reclamando, "Onde está o meu som analógico?" Mas está melhor, agora temos 96k, 24 bits... De qualquer maneira, ainda acho que há espaço para os dois, não importa o quanto o som digital esteja em ascensão, talvez ele decline, ou talvez vá continuar... Tudo bem. Mas a maneira como eu vejo as pessoas gravando hoje é assim: o cara escreve uma música em casa, e aí toca para um amigo que toca bem mas vive em outra cidade. Eles fazem isso pela Internet, em tempo real e usando câmeras, um vê o outro e eles interagem dessa forma. Pode não ser a maneira ideal de fazer uma gravação, mas certamente é uma maneira válida. Eu não estou dizendo que é ruim, só que é uma outra maneira - e é certamente a maneira como muitos discos estão sendo feitos. Veja o "Duets" do Sinatra. Ele em Los Angeles e artistas de todo o mundo gravando com ele através dessa tecnologia. Então, este é o futuro. Não que seja necessariamente ruim - e eu provavelmente farei esse tipo de trabalho - mas ainda prefiro uma porção de caras dentro de uma sala interagindo juntos, porque ainda sinto algo de muito especial sobre músicos estarem realmente unidos. Sabe, reagindo aos corpos um dos outros

M&T: Você não acha que a música hoje reflete essa nova maneira de fazer o trabalho, sem contato pessoal?
Eddie: Com certeza. E eu pessoalmente penso que devemos reverter essa tendência. Quando assino com uma banda, faço questão de que eles toquem juntos. As duas últimas bandas com que trabalhei adoraram fazer isso. E quando eles tocam juntos, pode não ser perfeito, pode não ser preciso e pode não ser a melhor coisa, mas e daí? Existe uma energia. E depois nós ajeitamos tudo. Para algumas bandas isso não é necessário, mas para outras é. Um cara como o Beck é capaz de usar toda a tecnologia para fazer seus discos ficarem ótimos, mas ele é muito inteligente... Infelizmente, não há muitos caras como ele por aí.

M&T: Muitas bandas novas estão querendo tocar em tempo real, em conjunto.
Eddie: Existe algo de maravilhoso nos erros. Acho que são parte do rock'n'roll. Se você ouvir os discos do Hendrix ou do Zeppelin, por toda a parte vai encontrar erros, que acabam se tornando parte da música. Acho que hoje muita coisa se perde nas remasterizações. Às vezes na masterização aparece um erro e eu digo "deixe aí", porque ninguém se importa, é legal.

M&T: Se você precisa fazer uma mixagem num estúdio barato, que tipo de equipamento você busca?
Eddie: Bom, vamos descrever o que você chama de estúdio básico. Ele deve ter uma console Mackie 32:8, um DA 88... Estou falando de um básico muito básico mesmo, vamos expandir um pouco isso... Talvez use dois DA 88's, uma Mackie 32:8, que é um tipo de console bem básico, mas é bom, um limitador decente para os vocais, alguns equalizadores decentes, e aí talvez você já tenha economizado bastante para comprar um equalizador realmente caro (como um Neve, ou algo parecido). Você vai gastar talvez uns dois mil dólares, mas tem fazer parte do conjunto que está sendo montado. Um microfone decente (algumas pessoas gostam de 414, outras dos 87, eu sou um grande fã dos novos da Shure, o KSM32 e o KSM44, que é fenomenal) e por aí você vai. Precisa também de um bom reverb. Este é o material básico.

M&T: Existe algum estúdio de gravação que você gostaria de destacar?
Eddie: Este aqui. E não é porque estou aqui que estou dizendo isso. Toda vez que eu tentava falar com esses caras eles estavam ocupados, e agora vejo por quê. Fizeram um trabalho fantástico. Fiquei muito impressionado com o pessoal que trabalha aqui, a maneira como o estúdio é administrado. Depois de quatro anos, o estúdio ainda está limpo e bem cuidado, e tiveram idéias realmente boas para o lugar. Além disso, os operadores são muito bons. Sei que soa estranho para um cara como eu, vindo dos EUA - o pessoal lá também é bom - mas para mim, é muito importante encontrar pessoas que entendam o que estou falando. Nos Estados Unidos tem três ou quatro estúdios de que eu realmente gosto.


Alguns dos artistas que já trabalharam com Eddie Kramer:
Anthrax
Bad Company
Beatles
Blind Melon
Buddy Guy
Carly Simon
Curtis Mayfield
David Bowie
Dionne Warwick
Eric Clapton
Harvey Mandel
Jimi Hendrix
Joe Cocker
John Sebastian
Johnny Winter
Kiss
Led Zeppelin
Lena Horne
Leon Russell
Peter Cook & Dudley Moore
Peter Frampton
Rolling Stones
Santana
Spin Doctors
Traffic
Twisted Sister
Whitesnake
Woodstock I e II

por Sólon do Valle e Peron Rarez

fotos: Marcos Amorim
Comentários (0)
Nenhum comentário foi publicado até o momento.
Deixe seu comentário
nome
comentário1000 caracteres disponíveis
+ Notícias
Autor: Fábio Henriques
(196 páginas)
R$ 54,00
Pronta entrega
 
Autor: Roberto Gill Camargo
(140 páginas)
R$ 40,00
Pronta entrega