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Edição #164
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Holofote: Claudia Caliel
por Louise Palma 14/04/2013
foto: Divulgação
O teatro entrou na vida de Claudia Caliel muito cedo, quando ela só tinha cinco anos e ingressou em uma companhia de teatro de rua. Com vontade de ser atriz, ela e seus companheiros precisavam meter a mão na massa para que as peças se tornassem realidade. A habilidade da menina ia além da atuação e se dividia entre pedaços de madeiras e roupas que precisavam ser customizadas.

Aos 13 anos, ela pediu ao diretor para criar o figurino dos 17 personagens do espetáculo O Aniversário do Rei. Claudia fez parte da companhia até os 14 anos, mas não conseguiu ficar longe da arte por muito tempo. Aos 19, foi convidada para atuar em uma peça e voltou ao teatro, desta vez em palco italiano. Neste retorno, Claudia entrou em contato com muitos grupos com pouca verba para suas produções e, como sabia um pouco de cenário e de figurino, começou a ajudar. "O cenário e o figurino nasceram profissionalmente da necessidade desses grupos de amigos que não tinham dinheiro", conta. A partir disto, a necessidade de se profissionalizar em ambas as áreas cresceu e - ela começou a estudar sozinha.

A falta de cursos no Rio de Janeiro acabou levando Claudia a ensinar aquilo que aprendeu na prática. As aulas de cenário e figurino, que ministra até hoje no Teatro Miguel Falabella, no Rio, surgiram de um convite da Companhia de Teatro de Atores de Laura, e, a partir de então, Claudia decidiu criar seus próprios assistentes. Em 2004, abriu seu curso de figurino e passou a convidar os alunos para trabalhar como assistente em suas produções, assinando como "equipe de figurino". "Assinava todo mundo igual porque me interessava fazer com que esses alunos tirassem o registro", explica. Apesar das críticas que recebeu de alguns colegas de profissão, Claudia recebeu do sindicato a notícia de que seu curso era o mais completo na área. Em 2007, a pedido dos próprios alunos, ela abriu o curso de cenário.

Apesar de toda a dificuldade, Claudia conta que prefere assumir as duas funções nos trabalhos que realiza. "É complicado, mas eu prefiro, porque cenário e figurino são coisas que têm que andar juntas", afirma ela, que tem, entre os grandes trabalhos que já realizou, o espetáculo Entre Quatro Paredes, com texto de Sartre e direção de João Marcelo. "Foi o maior cenário que eu fiz até hoje. Era uma instalação: as paredes de ferro eram giratórias, fazendo com que o público ora estivesse dentro, ora estivesse fora do cenário", conta. Foi lá que ela conheceu Gregório Tavares, produtor de Depois da Última Escada, em cartaz até o dia 7 de abril no Teatro Cândido Mendes, no Rio. Outra peça em que é possível ver o trabalho de Claudia é Salada de Fábulas, de Marelis Rodrigues e Renato Valença, em cartaz no Teatro Anglo Americano, também no Rio.

Pingue-Pongue

Formação: A vida

Processo de criação: Antes de qualquer coisa, eu converso com a direção e pergunto quais as cores são imaginadas para o espetáculo. Ao me dizerem, estão me informando que tipo de direção é essa.

Intuição ou pesquisa: Sou extremamente intuitiva, mas a pesquisa é fundamental

Influências: Eu me guio por cores. Para mim, cada pessoa tem uma cor e o espetáculo também é assim.

Um figurinista: Brunna Napoleão, que conheci em Despertar da Primavera, com direção do Michel Bercovich

Um cenógrafo: Ronald Teixeira

Projeto especial que tenha realizado: Animadora cultural, cargo que não existe mais no Governo do Estado. Trabalhei por quatro anos no CIEP de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, ensinando teatro, cenário e figurino.

O melhor e o pior da profissão: O melhor é quando mostro o croqui ou a maquete e vejo o alívio da direção porque atingi o esperado, e quando vejo o trabalho concretizado no palco. O pior é o problema do teatro brasileiro, que é a falta de grana.

Planos para o futuro: A peça Que Diabo de Anjo é Esse?, que deve estrear no meio do ano. Sou eu e mais dois atores, dividindo o palco, o texto e a direção. Não tem cenário, mas o figurino também é meu.

Sonho profissional: Desejo montar, também como atriz, o texto Merlem ou a Terra Deserta.

Dica para quem começa: Guarde seu material de estudo, desde o rascunho ao croqui final

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