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Revista Luz & Cena
Tecnologia
NO AR!!!
Rádios Via Internet - Parte 1
Luiz Alberto Moura
Publicado em 01/09/2002 - 00h00
Diogo Magalhães
 (Diogo Magalhães)
Já se vão mais de 106 anos desde que o rádio foi inventado pelo italiano Guglielmo Marconi, um jovem bolonhês que, estimulado pelos escritos de Heinrich Hertz, equipamentos similares, dedicação absoluta e o dinheiro da família, produziu o primeiro aparelho da história. Desde, então, o rádio é o principal companheiro de pessoas em todas as partes do mundo. Seja em casa, no trabalho, no trânsito, ele está sempre lá levando informação e entretenimento para milhões de pessoas. Com o advento da televisão, muito se disse sobre o fim das transmissões via rádio. Mas ele esteve sempre firme, adaptando-se aos tempos e não competindo, mas se tornando um auxiliar, um adicional aos serviços de informação que iam surgindo. E com a Internet não seria diferente. As rádios online se tornaram uma febre em todo mundo. Com ela pode-se ouvir quais são as novidades de uma rádio na Armênia, por exemplo. Não é porque você está no Japão que vai deixar de acompanhar os jogos do seu time, esteja onde ele estiver. Com a velocidade da tecnologia hoje em dia, é possível que no momento em que você estiver lendo esta matéria, algum software ou algum equipamento citado já esteja obsoleto. Nas próximas páginas você terá uma noção de como criar, divulgar, mostrar, veicular e gerenciar uma web radio. Quanto aos fãs do velho radinho a pilha no canto da sala, não se preocupem: por mais que surjam especulações sobre o fim das transmissões convencionais, como dizem que a história é cíclica, elas vão durar muito tempo ainda.


WEB RADIO: VOCÊ AINDA VAI TER UMA
Antes de qualquer coisa, a transmissão de uma rádio via Internet é feita, em geral no Brasil, por linha telefônica (ainda a mais utilizada). A informação é convertida para código binário (formado por zeros e uns) quando chega aos micros, assim como todos os outros arquivos de Internet. Não se sabe ao certo quantas existem em todo o mundo, já que a cada dia e em todas as partes nascem milhares de web radios.
E, apesar de ser um invento recente, qualquer pessoa já pode ter a sua rádio online. De uma forma bem amadora é necessário apenas que o internauta tenha em seu computador um encoder - codificador - que pode ser qualquer versão do Windows Media Player - baixado gratuitamente no site da Microsoft - ou o Real Player, que também possui uma versão para download grátis em sua home page. O WMP vem juntamente com o Windows já instalado no computador que você adquire em qualquer loja. "Isso prejudica um pouco o Real, porque quando uma rádio decide qual programa vai gerar o seu streaming, em vários casos, escolhe o WMP, justamente por essa facilidade", garante Willians Spinelli Venga, um advogado de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e criador do site radios.com.br , uma verdadeira enciclopédia das web radios. Em contrapartida, a vantagem do Real é que ele pode ser utilizado em várias plataformas, inclusive já existindo uma versão para o sistema operacional Linux, que vem sendo altamente utilizado mundo afora. "Esse é o grande diferencial. Como o Linux está se tornando popular, quem é usuário desse sistema vai preferir o player da Real", diz.

Depois disso você vai precisar de um aparelho de som. Sim, aquele que você tem em sua casa. É encaixar a saída de linha na entrada de áudio da placa de som do computador e, com um microfone conectado à devida entrada no seu aparelho, você estará quase apto a entrar no mundo das web radios. Feito isso, é necessário que se conecte a rádio na Internet. Digite o endereço mms:// (o número do IP do seu computador): 8080. Note que o "mms://" é o padrão para esse tipo de configuração, assim como a terminação ":8080" que é a porta onde o sinal vai entrar pelo seu computador. Para descobrir seu IP acesse o site www.tracert.com e clique na opção Traceroute, onde abrirá uma página com o número de seu IP. Tudo com segurança e sigilo.

"Agora é só informar o link para seus usuários ou criar um arquivo no Bloco de Notas digitando somente seu link (mms://Seu_IP:8080) e salvando-o com a extensão ASX (ex: radio.asx). Transmita este arquivo para seu servidor e divulgue o seguinte endereço para seus usuários: www.seu_site.com.br/radio.asx", ensina Willians. E você já estará online para transmissões ao vivo. Claro que, se o modem for de 56k apenas três a cinco pessoas - ou ciberouvintes - terão a chance de acompanhá-la simultaneamente.


 
O mais completo site sobre rádio online

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S CUSTOS (ALTOS) DE UM ESQUEMA PROFISSIONAL

Mas e as velocidades de conexão? "Com linha discada, é o máximo de ouvintes que se pode ter. É uma rádio que você faz para a sua namorada, seus amigos. É bem informal. Se mais pessoas acessarem a rádio ela vai começar a cortar", conta Willians. Para ter um pouco mais de ouvintes, a linha de 128k via cabo é suficiente: "Dá para segurar um pouco mais a audiência". Além disso, será necessário no mínimo um Pentium 200 MHz com MMX, um Windows 98 2ª edição com 32 MB de memória RAM e um modem com veloci-dade a partir de 28,8 kb/s.
Agora se o interesse é mais ambicioso, recomenda-se que a pessoa interessada em um esquema profissional contrate uma empresa especializada em instalação e manutenção de web radios. De acordo com os sites Mandic ( www.mandic.com.br ) e Totem ( www.totem.com.br ), especializados no assunto, montar uma rádio virtual para fazer transmissão ao vivo para o mundo exige investimento inicial de cerca de US$ 25 mil. É preciso ter um microcomputador, pelo menos um Pentium MMX de 200 MHz equipado com placas de som e de rede ligado a um estúdio de gravação e à rede mundial. Além disso, é necessário ter um software para fazer o gerenciamento da programação e da transmissão. Para até 100 usuários simultâneos, o Internet Solution Real Audio, da Real Networks, não sai por menos de US$ 9 mil.
Como a rádio vai estar ao vivo na Internet, é imprescindível ter uma conexão permanente com um provedor de acesso para permitir que os usuários ouçam a programação. Um link de 64 kb/s ligado a um provedor de acesso permite que até 100 usuários ouçam a programação da rádio, simultaneamente. O que representa um bom número de ouvintes.
Entre a mensalidade do provedor de acesso e o aluguel da linha LP (linha especial para transmissão de dados em alta velocidade) da empresa telefônica local, o link tem custo de, em média, US$ 1,6 mil por mês. Para ligar o micro ao link ainda é preciso um roteador. Modelos mais simples para links de até 2 Mb/s saem por cerca de US$ 2 mil. "É um investimento alto, mas que está caindo. Para os próximos anos creio que sairá bem mais barato" diz Willians.


ALGUNS PROBLEMAS E POSSÍVEIS PERSPECTIVAS
Há de se levar em consideração, para uma disseminação das web radios, que uma transmissão via Internet não depende do complicado esquema legal que envolve o rádio e a TV em relação à concessão. Mas há vários pontos vulneráveis. Em primeiro lugar, as conexões no Brasil ainda têm má qualidade e provocam falhas na recepção, os chamados picotes ou cortes. Segundo: o já dito, é muito caro - alguns milhares de dólares mensais - manter uma rádio com centenas de acessos, os streamings, 24 horas por dia no ar. E, por último, o óbvio: é muito mais fácil acionar um botão e ouvir o rádio no carro, em casa ou no parque, do que depender de um computador para se conectar. Mas para esse último item já existem alguns brinquedinhos que prometem facilitar a vida dos ciberouvintes em pouco tempo. Mas isso é papo para alguns anos (ou até mesmo meses) à frente ainda.

 
Willians Spinelli: fanático por rádios e responsável pelo rádios.com.br


PARA ORGANIZAR O SEU TRABALHO DE WEB DJ
Depois de montar uma web radio de pequeno/médio porte, você vai precisar de softwares que façam a tarefa de organizá-la mais facilmente. Um sistema muito utilizado é o Winkochan. Com ele é possível automatizar uma rádio - tanto convencional como online - e transformar a vida do operador e do locutor em uma tarefa mais tranqüila. A versão mais completa e recente é a 7.5, que engloba os seguintes softwares: Winkochan Studio 7.5 (ar), Administração (estúdio de gravação), Recepção e o Auto 24h (ar), que funciona com o Studio 7.5. Todo o sistema utiliza a tecnologia DirectX.
O Winkochan Studio 7.5 (ar) dispõe de dez pastas para música; sistema de disparo de blocos via satélite; controle de pedidos de ouvintes (o locutor não precisa procurar a música); texto ao vivo automático com ou sem trilha sonora; hora certa automática; inclusão automática de vinhetas entre músicas etc. Além do sistema de mixagem por sensibilidade, pode-se optar pela mixagem por ponto de mix individual; auto 24 horas (podendo deixar sua rádio trabalhando sozinha 24 horas); perfil do locutor (cada um poderá selecionar as vinhetas e trilhas usadas no seu horário); visualização das últimas 15 músicas tocadas; hora certa entre as músicas; aniversariantes do dia (gerado pelo sistema de recepção) e tempo de introdução da faixa.
No software Administração, o controle de entrada e saída de comerciais é automático; opções de mídia temporária. (ex: uma promoção entra no ar somente no período indicado, após seu término o comercial principal voltará no ar automaticamente); consulta de contratos ativos, bloqueados, vencidos, a vencer e muito mais; opção bloquear o cadastro de dois comerciais com a mesma atividade comercial no mesmo bloco comercial; a inclusão de vinhetas entre comerciais é automática, podendo ser configurada da maneira que você preferir; os comerciais com contrato vencendo terão destaque no estúdio ar; e toda a programação 24 horas poderá ser feita no Winkochan Administração.
Com o Recepção, você poderá ter todos os pedidos musicais de ouvintes registrados. O locutor não precisará mais procurar a música solicitada, este trabalho ficará por conta da recepção o pedido é enviado via rede para o estúdio ar cabendo ao locutor somente o trabalho de decidir em qual canal deseja executar a música, tudo muito rápido e prático. Além do pedido musical o sistema possui um gravador em que se pode gravar o ouvinte no telefone - junto ao pedido musical o locutor receberá pronta a requisição e o áudio do ouvinte no telefone; o locutor receberá também todas as informações do ouvinte como nome, telefone, cidade e para quem deseja mandar a música. Há também consulta dos aniversariantes do dia através da geração de uma planilha diária para o estúdio ar com todas essas informações pessoais. Na Recepção você poderá visualizar ainda todos os pedidos não atendidos do estúdio ar, além de ter, no período que desejar, uma listagem das 10 músicas mais pedidas.


USINA DO SOM E RÁDIO CLICK, AS MAIORES ESTAÇÕES ONLINE DE MÚSICA DO PAÍS
Como foi dito acima, há no mundo todo milhares - talvez milhões - de web radios. No Brasil, o quadro não é diferente. Apesar das limitações técnicas, o país possui um dos maiores públicos de rádio do mundo. Logo, esse panorama se transfere para a Internet. Aqui, temos duas grandes estações que disputam o primeiro lugar na audiência dos ciberouvintes: a Rádio Click e a Usina do Som. Se fôssemos falar sobre todas as grandes estações que permitem a criação de rádios pessoais, no entanto, seria necessário um encarte especial da revista. Uma outra boa pedida é a Rádio Terra.
Nessas duas citadas, o primeiro atrativo foi permitir aos internautas que eles montassem suas próprias estações de música. Depois, começaram a veicular programas de seu sistema convencional (no caso da Rádio Click) e especiais programados por figuras ilustres da música nacional (como na Usina do Som).


RÁDIO CLICK: BRAÇO ONLINE DO SISTEMA GLOBO DE RÁDIO
A Rádio Click representa o portal do SGR (Sistema Globo de Rádio) para a Internet e comporta 102 estações de música, 80 programas exclusivos apresentados por personalidades e cerca de 50 mil estações pessoais produzidas pelos próprios internautas. Isso sem contar as web pages das rádios convencionais do SGR, como a CBN Rio e São Paulo, Rádio Globo 1220, Rádio Globo FM, entre outras. "Hoje temos um acesso simultâneo, oscilando entre 4,5 mil a 5 mil internautas. E não existe nenhuma limitação para esse número", garante Michele Mello, coordenadora de tecnologia da Radio Click. Com essas rádios, o portal inovou ao colocar links em áudio para as notícias que estão sendo transmitidas e não somente em texto. "Se um internauta for fã das crônicas do Arthur Xexéo ou do Arnaldo Jabor ou quiser saber mais sobre determinado assunto, por exemplo, ele vai poder ouvir os textos e não somente lê-los", diz.


 
Rádio Click, portal das Organizações Globo para web rádios

O gerenciamento de um portal dessa estrutura é bastante similar ao de uma rádio convencional, como explica o coordenador de projetos especiais do SGR, Antônio Lobo. "Nós tratamos as rádios como um todo, vendemos o espaço do Portal em si, a não ser quando é um pedido específico do cliente. Se o seu produto tem a ver com rock não adianta colocar o anúncio numa estação de sertanejo", explica. A venda de mídia se dá através de spots de áudio, banners e pop-ups, aquelas janelinhas que se abrem quando se carrega uma página. Segundo Lobo, o SGR está estudando um modelo de assinatura para os ouvintes. Nesse caso, os assinantes teriam direito a um conteúdo exclusivo do acervo da Rádio Click. "Mas ainda é uma tese que está engatinhando", diz. Possibilidade também estudada pela Real Networks, que pretende disponibilizar o conteúdo, aqui no Brasil, de canais como CNN, ABC e Fox, especiais para Internet, mediante o pagamento do que está sendo chamado de Super Pass. "É mais ou menos o que o UOL faz. Você só acessa certas partes do site se você é assinante", completa Lobo.


SEGMENTAÇÃO QUE COMEÇA EM CASA
Sobre a questão da segmentação, Lobo diz que as web radios apenas se encaixaram nesse novo modelo de sociedade isolacionista dos dias de hoje: "O indivíduo está a sós com o seu computador. No momento em que ele monta a sua rádio esse internauta faz um contato mais do que pessoal consigo mesmo. Ele vai escutar somente aquilo que quer sem interrup-ções ou músicas indesejadas. Acaba-se segmentando ainda mais os estilos, porque você vai criar uma estação com a sua preferência pessoal", diz Lobo. Esse internauta ainda vai poder colocar o link de sua rádio em sua web page.
Na Rádio Click a audiência pode ser medida de três maneiras. Uma é a oficial, pelo Ibope, que registra o portal também como um todo e serve de referência para o mercado: "Como ela é comparativa, é nesta que nos guiamos. O problema é que o Ibope não contabiliza o acesso de pessoas que moram no exterior e que estão no trabalho". Segundo Lobo, a razão está nas restrições tecnológicas. A segunda maneira é por meio de Web Trands, que são medidores que fazem um apanhado de quantas visitas o site teve ao fim do dia. "Por não ser comparativo, serve para nós termos uma visão geral de como está o nosso portal". E a última é pelo streaming. Esse tipo de medição avalia quantas pessoas estão ouvindo determinada estação (note que esse tipo é ainda mais segmentado) em um determinado horário. "Com isso sabemos quantas pessoas estão ouvindo o áudio em si, por exemplo, às 10h03m. É um apanhado do momento", explica Antônio Lobo. Pois com base na junção desses três itens que dá aos diretores da Rádio Click a noção dos acessos e da audiência total.


USINA DO SOM: PIONEIRA NAS ESTAÇÕES PESSOAIS
Já a Usina do Som, que pertence ao Grupo Abril, não assina o Ibope, preferindo utilizar os serviços do IVC (Instituto de Verificação de Circulação), o que acaba sendo o veículo oficial do site com os anunciantes. "A partir desses números, nós negociamos com os nossos anunciantes", explica Pedro Só, diretor de conteúdo da Usina do Som. Porém, esse instituto também não mede os acessos estrangeiros. Assim como o concorrente, a Usina utiliza a medição pelo web trend e por streaming. Como na Radio Click, isso serve para avaliar o número de visitantes da página. Hoje em dia, a Usina do Som possui 150 mil usuários únicos por dia: "é aquele que entra na página, cria ou edita uma rádio, lê uma notícia etc", explica Pedro mais uma vez. Em relação aos page views, o número salta para 240 milhões mensais sendo 2 milhões e 200 mil usuários registrados e cerca de 4 milhões de rádios pessoais.


VASTO ACERVO E BOM HUMOR
Para o diretor da Usina, o grande diferencial do site é o acervo. "A pessoa que entra na Internet para ouvir música não vai querer o mesmo que o rádio convencional oferece. Por isso, nossa principal preocupação é com a atualização constante do acervo", e completa: "trabalhamos com a segmentação e a maior delas é o internauta ter à sua disposição um acervo gigantesco para escolher e montar o seu playlist pessoal".
Além disso, ele destaca o investimento feito na parte tecnológica do site, implementando facilidades aos ouvintes: "O site é muito flexível, você tem um ranking com as músicas mais tocadas de determinado artista, consulta por gênero, banda, disco e até por título de música". Com isso, a Usina do Som acaba se tornando um veículo de massa já que, segundo ele, todos os fenômenos populares acabam se refletindo diretamente no site. "Mais uma vez, eu destaco: é o acervo que chama o ouvinte", garante.


 
Pedro Só: "Nosso acervo é a nossa arma"

E há espaço ainda para programas temáticos: durante a Copa do Mundo, foram montados especiais sobre as seleções participantes e até alguns com uma pitada de bom humor: "quando a Argentina e a França foram eliminadas, bolamos especiais com músicas tristes mas, é claro, sem ofender ninguém".
Outro setor interessante a se destacar é o de notícias. A Usina do Som mantém uma equipe para cuidar da parte mais jornalística, com notinhas sobre o meio musical. "Fizemos boas coberturas em alguns eventos como o Rock In Rio III, por exemplo", conta Pedro.

 


COMO ESSAS ESTAÇÕES CHEGAM ATÉ O SEU COMPUTADOR?

Mas como será que o som dessas estações chega até os nossos computadores? Antes de mais nada, para um bom aproveitamento da programação, a configuração mínima recomendada é um Pentium II 300 MHz com 32 MB memória, sistema operacional Windows 9X, Player, Windows Media Player e/ou Real Player e as extensões do áudio são *.rm ou *.wma, respectivamente. E quem possuir um sistema mais antigo e/ou uma conexão mais lenta pode ter problemas com corte na transmissão.
Segundo Michele Mello, a transmissão é feita através de servidores Real, onde a taxa de transmissão é de 32 kb/s Surestream e no Windows Media Server, cuja taxa é de 20 kb/s. Existem três tipos de transmissão: ao vivo (live), ao vivo simulado (simulated live) e on demand. "Nas emissoras que possuem suas versões online como a Globo FM, AM e a CBN, a transmissão é ao vivo", explica. Já as emissoras onde funciona o ao vivo simulado são as que possuem 24 horas de programação musical, isto é, todos os ouvintes escutam a mesma música ao mesmo tempo. As emissoras on demand são as famosas estações pessoais, o grande atrativo do site e, como já dito, podem ser criadas pelo próprio internauta e, a cada conexão, ser tocada uma programação diferente de acordo com o estilo musical escolhido. Os servidores da Rádio Click estão instalados na Globo.com, que detém toda a infra-estrutura tanto de software quanto de hardware.
Já segundo Ana Nunes, coordenadora de tecnologia da Usina do Som, o primeiro passo é a seleção de CDs que farão parte do repertório. Ele entra no SGA (Sistema de Gerenciamento de Acervo), passa pelo processo de encoding (transformação do áudio em arquivo específico para ouvir na Internet) e cadastro de informações (título das músicas, autores, gravadora etc.) e vai para um repositório temporário. O programador especialista em repertório verifica se os áudios e as informações do CD estão corretas, e aí envia tudo para o site Usina do Som. "Utilizamos servidores multiprocessados da Intel e software Windows (sistema operacional, servidores SQL para banco de dados e servidores web)", explica Ana.

 
A home do site

Se a transmissão não estiver perfeita, pode estar havendo um problema de configuração. A maioria dos computadores já possui as condições mínimas necessárias para a execução das músicas, sendo apenas necessários alguns ajustes no browser e/ou player. "O site possui uma página de 'Como Ouvir', onde é possível fazer testes e configurar o browser", diz e completa: "com relação ao provedor, recomendamos entrar em contato com o prestador de serviços e solicitar informações sobre a qualidade das linhas e modems disponíveis". E caso o problema seja do acesso via Broadband, ou seja, do provedor da Usina do Som, ela explica que há um canal direto do usuário com o departamento de tecnologia para o recebimento de críticas e/ou sugestões. "Nesse caso solicitamos informações do usuário para que possamos avaliar possíveis problemas do provedor com a região indicada". Ainda segundo Ana, por questões estratégicas, não pôde ser divulgada a informação de quantos usuários simultâneos a Usina do Som pode comportar.

(Continua na próxima edição)

 

 

 
 
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