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Revista Luz & Cena
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Flávia Calabi
Redação
Publicado em 29/10/2013 - 16h03
Definitivamente, ela é considerada uma referência no áudio brasileiro. Diplomada pelo Institute of Audio Research, em Nova York, além de ter realizado um estágio em mestrado na Universidade de Música e Artes de Tóquio, no Japão, Flávia Calabi retornou ao Brasil no ano de 1978 e não parou mais. Fundou sua empresa, a Radar Sonorização, e encabeçou centenas de trabalhos ligados a shows, festivais, balé etc. Uma de suas atividades, no entanto, que lhe rendeu notoriedade junto aos demais técnicos da área foi a sua sensibilidade e profissionalismo para a microfonação de orquestras sinfônicas, tendo obtido bastante sucesso na gravação e masterização de CDs de eventos de jazz e música clássica. Declarando-se uma fã das gravações digitais multicanal ao vivo, Flávia reconhece não se desvencilhar do áudio nem mesmo nos momentos de lazer: "sempre que possível vou a concertos. É o melhor investimento. Pelo prazer de estar lá ouvindo acusticamente a beleza da música e pelo treino de criar referências de avaliação auditiva. Como eu poderia determinar uma captação surround para DVD, se não conhecesse de antemão o resultado acústico de um espaço?", questiona. Hoje em dia, Flávia Calabi divide o seu tempo entre a sonorização dos espetáculos do Teatro Municipal de São Paulo, os projetos de instalação de som para óperas e ainda as gravações em seu novo estúdio aberto há poucos meses. Sempre preocupada com o papel do profissional no mercado de trabalho, ela tornou-se membro da Audio Engineering Society, a AES, e também do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão Pública, o SATED. Sobre o que ela estaria buscando para um futuro próximo? Flávia não titubeia: "aprimorar meus conhecimentos de áudio, caminhando sempre na direção da utilização de novas tecnologias".


Equipamento: a Sonoma, da Sony, uma workstation capaz de gravar e masterizar para SACD no sistema DSD (Direct Stream Digital).

Microfone: set da Schoeps.

Console: Vista 7, da Studer.

Amplificador: para P.A. são os da Lab Gruppen.

Monitor: para palco, o d&b, da Audiotechnik; enquanto para estúdio, o Nautilus 801, da B&W.

Caixa de P.A.: d&b, da Audiotechnik.

Gravador: o Sony DSD, o Tascam DSD DS-D98 ou o Genex GX9000.

Periférico: Sony DRE-S777, um processador que sampleia e recria a reverberação natural de salas de concerto e igrejas.

Estúdio: no Brasil, eu gosto do Mosh Studio, enquanto no exterior é o Air Studios, na Lyndhurst Hall, em Londres.

Casa de show/teatro: a Sala São Paulo e o Teatro Alfa, também em São Paulo.

Melhor locadora de som: a Tukasom.

Seu melhor trabalho: é sempre o próximo.

Melhor engenheiro de monitor: é o que sabe ouvir como um maestro, conversar como um diplomata e agir como um contorcionista.

Melhor engenheiro de P.A.: é o que conhece profundamente áudio e música.

Utopia: ganhar bem com áudio no Brasil.

Sonho de consumo: um console CADAC.

A melhor situação de trabalho: aquela que alia produção competente com remuneração generosa.

O melhor em estúdio: masterizar gravações bem feitas com equipamento de primeira.

Tiro meu chapéu para: Steve Jobs, presidente da Apple, como empreendedor e revolucionário do áudio.

Dou uma bronca em: todos os que ultrapassam os 90dB, incluindo os caminhões de comício.

Trabalho movido a: desafios.

Plano para o futuro: melhorar tudo o que eu faço para produzir cada vez com mais qualidade.

Dica para os iniciantes: estudem Administração de Empresas!
 
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