Realizada entre os dias 7 e 9 de maio, a AES Brasil 2013 levou ao Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo, os principais fabricantes e distribuidores de produtos nas linhas de áudio, instrumentos musicais e iluminação profissional. Tomada por profissionais do setor, tais como técnicos e engenheiros, músicos e produtores musicais, a feira teve, de acordo com sua assessoria de imprensa, um crescimento de mais de 10% em relação a visitação de suas edições anteriores.
Atualmente presidida por Armando Baldassarra - o Tuka, da Tukasom -, a AES Brasil vem mostrando, a cada ano, ser bem mais que um ponto de encontro para estudo profissional. Hoje, está entre as principais do universo do áudio. E foi passeando por seus corredores que nossa equipe teve acesso às mais diversas novidades, de consoles digitais de mixagem a sistemas de sonorização, passando por microfones, monitores e softwares, entre outros. O resultado do nosso "passeio", você confere nas próximas páginas. Boa "viagem".
MICROFONES PARA ESTÚDIO, PALCO E REPORTAGEM
Na AES, não é preciso muito esforço para reconhecer as novidades. Em cada estande, os "holofotes" e os especialistas destacam os principais produtos de cada fabricante ou distribuidor. Na Pride Music, por exemplo, Jon Lopes apresentou alguns sistemas da Shure, uma das marcas representadas pela empresa paulistana. Dentre as novidades, segundo ele, estiveram o BLX e o GLX-D, além da nova linha de microfones para salas de reunião, Centraverse. "O GLX-D tem, entre outros diferenciais, uma seleção inteligente de seleção de freqüência. "Se o transmissor e o receptor estiverem sofrendo interferência em determinada faixa, eles mudam, automaticamente, para outra, livre de ruídos", disse Jon.

Na Pinnacle Broadcast, o especialista de produtos Røde, Anselmo Gonçalves, apresentou dois microfones, o iXY e o Røde Reporter. O primeiro, que chamou bastante a atenção do público presente, foi desenvolvido para uso em dispositivos como iPads, iPhones e iPods. E o segundo, um dinâmico omni-direcional, é indicado para entrevistas e apresentações ao vivo. Sobre o iXY, Anselmo disse: "a grande sacada do equipamento é o compartilhamento por email, SoundCloud ou Dropbox dos arquivos gravados nestes dispositivos".

No estande da Quanta AV Pro, também distribuidora dos tradicionais microfones Sennheiser, o destaque ficou por conta do aplicativo Sound Room, uma espécie de estúdio virtual, com o qual se pode ter acesso a sonoridade real de modelos de microfones da marca, tais como e901, e902, e904, e905, e914 e MK 4, entre outros. Daniel Reis, especialista de produtos Sennheiser, explicou que "o aplicativo conta com uma música pré-gravada, na qual é possível comparar o som dos modelos em instrumentos como bateria, baixo, guitarras e sopros, além de vozes e vocais, e ter acesso a dados como padrões polares, entre outras características".

Em outros espaços, mais novidades na linha de microfones. Na Harman, distribuidora dos produtos AKG, o público conferiu de perto o D7, dinâmico com diafragma de dupla espessura para captação de vozes em shows e estúdio. Na Habro Music, a sensação foi o XD-V75, da Line6, modelo sem fio, digital, que simula dez cápsulas diferentes, tais como Shure SM58 e Beta 58A, Sennheiser e835 e Audio-Technica AE4100. E na Royal Music, destaque para os modelos wireless da Soundex, que contam com 32 frequências selecionáveis, infra-vermelho para sincronismos e displays nos transmissores e no receptores.
Na Equipo, dentre tantos itens da Waldman, marca própria da empresa, o destaque foi o BT-580, indicado para uso em broadcast e apresentado pelo diretor executivo Juliano Waldman. Na ProShows, as atenções se voltaram para o Audio-Technica AT2005, cardióide com saídas XLR e USB, e o AT2020 USB, condensador cardióide com saída USB.
Na Music Company, o gerente de vendas Roberto Wielicza apresentou diversos modelos de microfones Telefunken, tais como CU29, AR51 e M80, sendo este último para palco, e microfones Mojive, além de uma lunchbox personalizada com prés, compressores e equalizadores das marcas Warm Audio e Lindell Audio, e monitores Adam e Avantone. E na Gobos do Brasil, representante dos microfones Audix, a sensação ficou por conta da série OM, de dinâmicos para vocais, com os modelos OM 2, OM 3, OM 5 e OM 7.
SHOW DE CONSOLES DIGITAIS...
Na ProShows, a novidade na linha de consoles ficou por conta da Pro 1, a "caçula" da família Pro Series, da Midas. Apresentada por Emerson Duarte, especialista de produtos de áudio profissional da empresa, a mesa, que é compacta e segue o princípio de suas "irmãs", conta com software próprio e máquinas de efeito como reverber e equalizadores Klark Teknik, entre outros. "A Pro 1 já traz 24 in e 24 out XLR. Se for usada com um stage box DL251, pode chegar a 40 inputs e 27 saídas físicas no sistema", explicou. Ainda no estande da empresa, foi demonstrada a X32 Compact, da Behringer, mesa que conta com 16 entradas XLR e oito saídas XLR.


Na Yamaha, Lázzaro de Jesus, operador de monitor de Ivete Sangalo e consultor técnico da marca, apresentou a CL5, que tem, segundo ele, muitos diferenciais em relação a outros modelos da linha. "A CL5 já vem com um pacote de plug-ins Premium. Plug-ins feitos por Rupert Neve. Eles emulam processadores clássicos, como o Urei 1176, entre outros", disse. Além da mesa, Lázzaro apresentou os conversores de áudio RIO3224-D, que contam com 32 entradas, 24 saídas analógicas e quatro saídas AES/EBU.

Na Harman do Brasil, o especialista de produtos Luis Salgueiro apresentou a SI Expression, a mais nova mesa da Soundcraft. Compacta e poderosa em seus recursos, segundo ele, ela tem um operacional simples, pois conta com todos os controles à mão, e pode ser expandida a 66 canais de mixagem. "[A SI Expression] possui 18 auxiliares, sendo 14 livres para retornos de músicos e quatro dedicados às máquinas de efeito Lexicon. Podendo ser controlada por iPad, por meio do aplicativo VC Remote, a mesa possui, ainda, equalização gráfica de 28 bandas", contou.

Na Libor, Carlos De La Torre apresentou a mesa digital Vista 1, novidade da Studer, recém-chegada ao Brasil. De acordo com ele, o equipamento é o primeiro a ter todos os recursos "on board". "A Vista 1 tem alguns diferenciais, dentre eles, a possibilidade de o usuário trabalhar com 96 canais de entrada e saída MADI, customizando a superfície da forma que melhor lhe atender", disse. Voltada para broadcast, a Vista 1 pode ser, ainda, usada em sonorizações ao vivo e em gravações em estúdio.
No estande da Studio Brazil, o diretor geral do grupo, Manoel Rodrigues, demonstrou o console AMS Neve Genesys, de 24 canais. O equipamento, segundo o próprio Manoel, conta com pré-amplificadores lendários, tais como os 1078, e equalizadores como os das 88R. "Ela [a mesa] é totalmente modular, podendo começar com 16 canais, chegando a 64. E com a técnica de mix down, permite gravar 128 canais, pois cada canal tem seu próprio pré, compressor, limiter, gate e equalizador", disse, acrescentando que, no espaço da Studio Brasil, havia, ainda, monitores ingleses PMC, "que fazem dobradinha perfeita com a mesa".

Na Habro Music, o especialista de produtos da Line6, representada pela empresa paulistana, demonstrou a Stage Scape M20D, uma mesa de mixagem totalmente diferente das tradicionais. Nela, no lugar de faders, uma tela touch screen, na qual os instrumentos são visualmente dispostos, serve como superfície de controle. Indicada para operação de PA e monitor, torna-se bastante intuitiva por ser totalmente "visual". "Qualquer um pode operá-la. Não precisa de manual. Cada instrumento pode ser selecionado e processado sem nenhum mistério", conta Rafael.

No espaço da Audio Systems, representante nacional da DigiCo, o diretor executivo da empresa, Antonio Lorenzetti, apresentou a SD5, uma mesa de 124 canais de processamento a 48 /96KHz, 56 busses, 24 matrizes (24X24), DiGI Tube em todos os canais ou busses, equalizadores dinâmicos em 24 canais ou busses e compressor multibanda em 24 canais ou busses. Segundo o empresário, "a mesa, que é intuitiva e tem tela touch screen de 15 polegadas, tem seu operacional semelhante ao das DigiCo analógicas", disse.
E na Audio Premiere, distribuidora dos consoles Allen & Heath, os engenheiros Paulo Farat e Luizinho Mazzei, usuários das mesas da marca, apresentaram a iLive 112. Na ocasião, Farat disse que a mesa, inglesa, tem sonoridade quente, enquanto Mazzei afirmou ser ela bastante "musical". "É um equipamento 'amigável', que te 'abraça'", disse. Na ocasião, a dupla aproveitou a oportunidade para conversar com Robin Clark, da Allen & Heath, que esteve presente na feira para colher opiniões de técnicos a respeito de seus equipamentos.
...E DE SISTEMAS DE SONORIZAÇÃO
No ambiente da Decomac Brasil, Fernando Nanão apresentou alguns lançamentos na linha de line array. Dentre eles, o especialista de produtos apresentou o Aero 40 A, sistema bi-amplificado, fabricado pela DAS, que tem 2000 Watts RMS de potência. "O Aero 40 já vem com amplificação Power Soft, conexão de rede DAS Net, que permite controlá-lo via software, e moderno sistema de riggin. Indicado para eventos de pequeno e médio porte, ele pode ser, ainda, usado em eventos de grande porte, dependendo do número de caixas", disse.
No estande da Norton Audio, José Junior, diretor executivo da Vitória Som, representante nacional dos produtos Norton, demonstrou o novo sistema da marca, o LS6. Composto por dois falantes de 12 polegadas, quatro de seis polegadas e dois drivers duplos, o sistema é do tipo plug and play e já havia sido noticiado com exclusividade em nossas páginas.
Na Gobos do Brasil, uma grande novidade, ou melhor, uma grande curiosidade: a caixa flexível Anakonda, da K-Array. Apresentada por Esteban Risso diretor executivo da Gobos, a caixa é, segundo ele próprio, a primeira no mundo com essa característica. "Pelo seu formato, parece mesmo uma cobra enorme. E, além de flexível, ela é resistente. Nosso especialista deu um nó em sua estrutura e em nada isso atrapalhou a propagação do som", disse Esteban, também animado com a nova distribuição dos produtos da norte-americana Clear Com, líder mundial em equipamentos de comunicação para shows e eventos.

Na Quanta Brasil, Fabio Zacarias, diretor da FZ Áudio, apresentou diversos produtos e algumas novidades, dentre elas, a nova versão do line FZ 108 A V2, que, depois do up-grade, passou a operar com novo sistema de amplificação digital, chegando a 1000 Watts RMS de potência. "Outro elemento reformulado é o 102 HPA, que também recebeu nova plataforma de amplificação, chegando aos mesmos 1000 Watts RMS", disse o executivo.

Na Staner, Francisco Carlos apresentou a série Stellaris, composta por modelos como SLR-216, com 16 falantes de duas polegadas; SLR-306, com seis falantes de três polegadas, e SLR-208, com oito falantes de duas polegadas. "Voltadas para instalações de igrejas e som ambiente em geral, a linha de caixas conta, ainda, com o sub-woofer Alive 950, um sub de chão, de 600 Watts de potência", disse. Além das Stellaris, o especialista de produto apresentou a caixa plástica, bi-amplificada, SR315 A e o line array Alive 208, composto de elementos como falantes de oito polegadas e drivers de uma polegada.
Na HPL, representante dos sistemas FBT, o responsável técnico Selismar Oliveira apresentou a grande novidade da marca, o line array de coluna MLA. Com motores nos drivers e seis falantes de oito polegadas, o sistema pode, segundo ele, "ser angulado de modo que drivers e falantes sejam direcionados ao público da melhor maneira possível. Tudo isso graças ao sistema interno de processamento do equipamento".

Na Next Pro Áudio, empresa portuguesa fabricante de sistemas profissionais de sonorização com penetração em mais de 20 países, o SEO Antonio Correia apresentou, dentre outros sistemas, o LA 212 X, line array que, de acordo com ele, opera com tecnologias inovadoras como ondas esféricas geradas por drivers que são convertidas em ondas cilíndricas, deixando, com isso, o palco livre de ressonâncias indesejáveis. "Com o sistema, seguem nossos novos elementos de subgraves, de 6000 Watts", disse. E na LS Áudio, Lucas Sallet, diretor executivo da empresa, apresentou sistemas da marca como os line arrays Slinpec 4260, 4280, 4510, 4612 e os sub-woofers Slinpec 218, além de monitores NQ6
SOFTWARES, FALANTES, MONITORES...
Na Quanta Brasil, sem sombra de dúvida, foi demonstrada uma das maiores novidades da feira: a nova versão do Pro Tools. O Pro Tools 11, apresentado por Felipe Gonzáles, especialista de aplicações para áudio profissional da AVID, distribuída pela Quanta, tem, segundo ele, diversas funções extras em relação às versões anteriores de um dos mais usados softwares de gravação. De acordo com Felipe, funções como processamento dinâmico de plug-ins e bounces offline oferecem ao usuário uma enorme economia de tempo em suas produções. "Além disso", disse ele, "o novo Pro Tools suporta vídeos em HD sem a necessidade de compressão dos arquivos".

Ainda no estande da empresa, o engenheiro de gravação e mixagem Beto Neves contou a nossa equipe que, recentemente, adquiriu um par de monitores Neumann KH120, distribuídos no Brasil pela própria Quanta. Sem economizar elogios, ele destacou algumas das características do produto. "[Os monitores] são pequenos, compactos, mas têm uma sonoridade incrível. Mixei dois discos usando-os e o resultado foi surpreendente. Tanto que abandonei meus monitores antigos. Para mim, esse é o grande lançamento da AES 2013", comentou.
No espaço da Studio R, o consultor técnico da empresa, Carlos Correia, apresentou, dentre outras novidades, o amplificador trifásico T6, indicado para uso em eventos que utilizam geradores na alimentação de sistemas de sonorização; o sub-woofer ativo Bass 1800, com recursos de processamento que permitem montagens em arranjos arco e cardióide, e as novas versões dos line arrays que a empresa lançou em 2012, durante a última Expomusic.

Na inMusic Brands Brasil, que distribui, no país, produtos de marcas como M-Audio, Alto Professional, Akai, Numark e Alesis, o destaque ficou por conta do iDJ Pro, da Numark. Apresentado por Anderson Andee, especialista de produtos da Numark do Brasil, "o controlador para DJ tem dois decks de alta sensibilidade, faders estilo retrô e saídas RCA e XLR, e é ideal para o controle de efeitos e loops de tracks musicais". Além do iDJ Pro, puderam ser vistos no estande produtos como o MPC Renaissance, da Akai, o Mixtrack Pro II, da Numark, e o mixer Miltimix 16 USBFX, da Alesis.

Na SSL, o especialista de produtos Conrado Ruther apresentou, dentre outras novidades, os conversores Alpha Link MX 4-16 e 16-4, que trabalham com protocolo MADI e, segundo ele, podem ser utilizados em quatro unidades, totalizando 40 in e 40 outs, com uma placa MADI extreme 64, e o VHD PreAmp, um pré-amplificador de microfone de quatro canais, indicado para excitar harmônicos. "O VHD promove o som característico dos transientes semelhantes a válvulas e fitas, dependendo dos harmônicos que forem selecionados. Porém, com ele, é possível ter, ainda, um som limpo. Versátil, é considerado a 'máquina do tempo' dos pré-amplificadores", definiu.

Na DS-Pro, o diretor comercial Rafael Susin, demonstrou o novo módulo de conversão da empresa. Batizado de D-Snake AD8 Pro, o equipamento oferece dupla conversão por canal, possibilitando gravar qualquer tipo de entrada de áudio. De acordo com o próprio Rafael, o sistema possui, agora, interface para plataforma Macintosh, fazendo com que todas as entradas e saídas dos equipamentos da empresa entrem nestes computadores como portas nativas deles. "O AD8 pode ser usado com qualquer software de gravação De Pro Tools a Cubase, passando por Sonar, entre outros. O sistema, na verdade, comporta até 80 portas de entrada e pode reproduzir os mesmos 80 fazendo playback de uma sessão gravada", explicou.
Na Penn Elcon, distribuidora exclusiva dos falantes Fane - um dos mais utilizados no mundo -, o diretor executivo da empresa, Walter Silva, apresentou uma série de itens da marca, além de produtos da Amphenol, como os Speakon de dois e quatro pólos para melhor fixação de machos em caixas. E na Eros, outra empresa que também comercializa falantes, o diretor Luiz Roberto apresentou o drive fenólico de quatro polegadas EFD-4160, que tem 160 Watts RMS e alto rendimento, além do falante de oito polegadas 208-MG.

Na Audicare, empresa com foco na saúde auditiva de músicos e técnicos de som, a fonoaudióloga e diretora clínica, Katya Freire, promoveu testes gratuitos para saber se o nível sonoro considerado ideal por voluntários que estiveram em seu estande era ideal ou não para manter ouvidos saudáveis. "Trouxemos a boneca Katita Martin para nos auxiliar nestes testes, que foram feitos da seguinte maneira: o voluntário colocava um fone e escolhia o volume que lhe agradava. Em seguida, colocávamos o mesmo fone, com o mesmo volume na Katita, e ela 'dizia' se aquela pessoa estava cuidando ou condenando sua audição", explicou.
Na Royal Music, importadora de instrumentos musicais e produtos de áudio profissional, Fernando Naná, do departamento de vendas da empresa, apresentou as caixas ativas Rokit, da KRK, com woofers de cinco a dez polegadas e vias processadas de agudos, médios e graves. Além delas, Fernando demonstrou as caixas 10S, com woofers de dez polegadas.
Na dB Tecnologia Acústica, o diretor Pedro Gehring apresentou, como lançamento, o bumper amplificado que pertence ao sistema de seis polegadas da marca. Versátil, segundo o próprio Pedro, ele atua diretamente no amplificador evitando desgastes maiores das caixas. E na Eletro Acustica Mass, a E.A.M, foram demonstrados produtos como os direct boxes PN M3A e PN M3P, o phantom power com quatro entradas e quatro saídas PN M11 e o isolador de áudio PN M9.
MASTERIZAÇÃO PARA ITUNES E DIA A DIA DA ESTRADA EM DEBATE
Paralelamente a feira, foi realizado um ciclo de palestras com temas bastante variados, tendo, claro, o áudio profissional como núcleo principal. Num bate papo para uma platéia cheia de técnicos e curiosos, os engenheiros Luizinho Mazzei, Enrico De Paoli, Lázzaro de Jesus, Mario Jorge Andrade, Alexandre Rabaço, Renato Carneiro e Inhá Marin, que trabalham com artistas como Lulu Santos, Elba Ramalho, Ivete Sangalo e Capital Inicial, entre outros, contaram um pouco do dia a dia da estrada. Na mesa redonda, eles debateram sobre soundcheck virtual, organização e montagem de riders, mixagem híbrida de monitores, valorização profissional e a relação entre técnicos e músicos. Com temas tão variados, a palestra durou cerca de três horas.

Engenheiro de masterização e dono do Classic Master, Carlinhos Freitas falou, em sua palestra, sobre masterização de faixas para o iTunes, ou melhor, masterização de arquivos em mp3. Durante pouco mais de uma hora, ele explorou o tema falando sobre as diferenças entre os mais variados formatos de áudio e lembrou que o padrão 256 kbps, adotado pela Apple, no iTunes, é um avanço tremendo, se comparado ao padrão web - 96 kbps. Ainda no debate, Carlinhos não economizou palavras ao responder perguntas sobre a já conhecida "guerra de volumes", bastante comum nas produções musicais recentes.

Presente em dois encontros, um sobre áudio 3D imersivo e outro sobre processamento de áudio para mixagem, Rodrigo Meirelles, da TV Globo, destacou a participação de Start Bowling, da Dolby, que falou sobre tecnologias como Dolby Atmos; Jeff Levinson, da IOSONO GmBH, que apresentou ferramentas para produção e reprodução de áudio imersivo, e Cristiano Moura, da ProClass, que ministrou o painel de áudio para games.