Sólon do Valle

Publicado em 01/01/2004 - 00h00

Aumentar de tamanho. Simples, não?
Não. Temos visto muitas organizações, outrora estáveis e de pequeno a médio porte, anuncia-rem fantástico crescimento, diversificação de atividades, ampliação do parque industrial, con-tratação de profissionais, compra de novo laboratório, investimentos no Exterior, e... concorda-ta.
Onde está o erro? Será que essas empresas não tinham um consultor de planejamento? Será que alguém viajou? Talvez a resposta a esta última questão seja afirmativa. A ambição de se tornar uma mega-instituição tem levado muita gente boa para além do limite do risco controla-do, com conseqüências nada controláveis.
Estamos entrando em um novo ano, e saindo de um ano que poucos consideram um feliz ano velho. É preciso, sim, crescer - mas, heterodoxamente, crescer de uma forma mais mental do que material.
Pensar na excelência do Áudio, ao invés de só pensar na cor das cédulas, talvez seja a grande jogada para 2004. Digo isso porque, em 2003, as empresas que assim o fizeram ampliaram seu conceito no mercado nacional, e mesmo no internacional. Plantaram uma semente que, se não floresceu de maneira surpreendentemente rápida, floresceu com saúde e gerou um ser vivo difícil de ser derrubado.
Deve ser disto que o Brasil precisa: qualidade. Penso que o grande plano para 2004 e os anos que se seguirão é: fazer bem feito. Nada de sonhos de crescimento-monstro - isto foi moda nos anos 70, e todo mundo viu no que deu. Falo de crescimento verdadeiro, do crescimento progressivo de uma criança até se tornar adulta, não do uso de anabolizantes e bombas com efeitos colaterais não muito sadios.
Nossas revistas - M&T e Luz & Cena - continuarão a apoiar de forma irrestrita quem se baseia na excelência técnica para sobreviver com saúde. Fazemos, com orgulho e sem falsa modés-tia, parte do mundo da alta qualidade, e tudo faremos para que este seja o mundo em que todos nós vivemos.
Sólon do Valle