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Revista Luz & Cena
Evento
Feira Música Brasil gera R$ 8 milhões em negócios
Tatiana Queiroz
Publicado em 03/05/2007 - 00h00

Realizada entre os dias 7 e 11 de fevereiro, a primeira edição da Feira Música Brasil reuniu 2 mil pessoas em Recife e foi palco de muitos debates e idéias para a indústria musical brasileira, além de exposição de produtos e shows musicais. Na edição passada de M&T, demos uma prévia falando das primeiras impressões e principais discussões de políticas públicas. Confira aqui o que mais aconteceu na capital de Pernambuco.



FINANCIAMENTO PARA PA, MESAS E PERIFÉRICOS

Um dos assuntos que chamaram a atenção de músicos e empresários foi os sistemas de financiamento. No caso do BNDES, há um linha de incentivo cultural, que se dá de quatro formas: o patrocínio, de fundos não reembolsáveis; o Procult, Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual, de recursos reembolsáveis; os Venture Fóruns, que selecionam empresas para receber incentivos do Fundo de Capitalização de Risco, e o Cartão BNDES.

O cartão BNDES é uma linha de financiamento pré-aprovado de até R$ 250mil para que micro, pequenas e médias empresas possam investir no crescimento de seus negócios. Sistema acústico e de iluminação para shows, palco móvel, processadores, compressores, equalizadores, consoles e alguns instrumentos musicais estão entre os produtos já disponíveis para financiamento.
O cantor Zé Ricardo elogiou a iniciativa do BNDES e disse que enfim uma instituição pensou em um produto que atende diretamente ao músico, permitindo lançar seus produtos sem se preocupar tanto com o retorno imediato dos recursos investidos na produção.

No Venture Fórum promovido pelo BNDES em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), 12 empreendedores, entre eles Roberto Carvalho, diretor da gravadora Rob Digital, e Carlos Andrade, presidente da ABMI e proprietário da Visom, apresentaram seus projetos a investidores de capital de risco com o intuito de conseguirem recursos para viabilizá-los no futuro. Um software que ensina música para as crianças e um canal 24 horas no ar dedicado exclusivamente à MPB foram algum dos projetos apresentados.


RODADA DE NEGÓCIOS FOI ALÉM DAS EXPECTATIVAS

A rodada de negócios organizada pelo Sebrae no Terminal Marítimo de Passageiros foi um dos pontos altos da feira. Durante dois dias, artistas, produtores e empresários puderam agendar reuniões com 19 empresas, entre selos internacionais, lojistas e distribuidores nacionais, interessadas em comercializar produtos e serviços.

Muitos contatos foram feitos, gerando uma expectativa em negócios que surpreendeu Carlos Andrade e até o pessoal do Sebrae. "Foi além da nossa expectativa. Durante dois dias tivemos uma base de 600 reuniões e a expectativa de negócios gira em torno de R$ 8 milhões", revelou José Carlos Morares de Barros, consultor do Sebrae. Um montante muito mais expressivo do que os R$1,5 milhões que Andrade esperava que a feira gerasse.

As empresas estrangeiras, sete no total, vieram em busca de novos nomes da música brasileira para levar a seus países. Foi o caso de Ryohei Funatsu, da nipônica Latina Co. "A empresa está há 55 anos no mercado. Começou como revista de música e agora também importa e distribui discos, DVDs, instrumentos brasileiros, roupas de tango e shows", explica Funatsu. Ele conta que já levou grandes nomes da MPB ao Japão, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulo Moura e Gal Costa e novatos como Kassin + 2, que antes mesmo de lançar disco no Brasil lotou os dois shows que fez em Tóquio.

Funatsu saiu satisfeito da feira, com cerca de 100 contatos feitos e carregando sacolas repletas de CDs que lhe foram entregues. "Vou achar um tesouro escondido com certeza", dissem, otimista, apontado para a pilha de CDs.

Já as empresas brasileiras foram à procura de novidades, principalmente de trabalhos produzidos por artistas do norte e nordeste, como foi o caso da Livraria da Travessa, que além de livros vende CDs e DVDs no Rio de Janeiro, e da distribuidora de discos Unimar Music, de São Paulo.

 "O importante para a gente foi conhecer os selos independentes do norte e nordeste, que não chegam muito para a gente no sudeste, como o pessoal do Amapá, Bahia e Pernambuco, que não são distribuídos pelas grandes gravadoras. Negócios em potencial foram firmados na feira", disse Pedro Medeiros, gerente de uma das lojas da Livraria da Travessa.

Já a KL Áudio, de Porto Alegre, estava na rodada de negócios para incluir novas músicas nas programações musicais que faz para seus 500 clientes espalhados pelo Brasil, como a rede de supermercados Carrefour e as lojas Renner. "Temos interesse em todos os estilos de música. Fizemos muitos contatos com artistas independentes e algumas gravadoras como a Candeeiro, Kuarup e Mills. Com algumas já assinamos contrato, outras estamos avaliando", contou Andréia Azambuja, representante da KL Áudio na feira.

César Prado, diretor da distribuidora Unimar Music, pertencente ao grupo A Universal, que está há 45 anos no mercado atacadista, tinha entre suas metas diversificar o catálogo da empresa com novos artistas. "Viemos para a feira em busca de conteúdo, ver o que está acontecendo na cena do norte e nordeste, porque a maioria dos meus produtos é mais para o sul e sudeste. A feira é bacana também porque você conhece as pessoas. Eu recebi muitos CDs que vou ouvir, quero saber as tendências".

Entre os artistas distribuídos pela Unimar atualmente, Prado destaca Jair de Oliveira, Amado Batista, Natiruts e Racionais MC's. "A grande sacada da feira foi a rodada de negócios, que só existe lá fora. E como primeira vez, foi bacana. Eu dei uma palestra sobre distribuição e muita gente veio falar comigo. Acho que a tendência é crescer e é óbvio como primeira feira tem coisas a melhorar, mas de modo geral eu achei ótima", avaliou.

Os contatos não ficaram restritos ao ambiente de negócios, como comprovou o diretor da Unimar. Ao fim das palestras, na hora do almoço, no hotel ou durante os shows, o que se viu foi muita gente trocando cartões, idéias e experiências, divulgando seu trabalho e firmando parcerias.

E como apontou César Prado e outros participantes ouvidos pela M&T, a feira teve saldo positivo, mas ainda pode melhorar. Grandes gravadoras e empresas de telefonia celular, por exemplo, foram algumas das ausências sentidas na feira de produtos e nas mesas de debates da FMB.

Carlos Andrade disse que todas as gravadoras foram convidadas a participar, "mas nenhuma foi cortejada". Ele acredita que as majors e gravadoras independentes de peso como a Trama "pagaram para ver". "Não existe um cabo de forças entre as pequenas e grandes gravadoras", ressaltou. Para ele, o comportamento da indústria ao longo de 2007 é que dirá se as majors estavam certas ou erradas em não participar da FMB. O presidente da ABMI também revelou que todas as gravadoras já estão convidadas para a edição 2008, que acontecerá novamente em Recife. Depois, a FMB deve passar a ser itinerante.


CARTÃO TIPO RASPADINHA DÁ DIREITO A DOWNLOAD

Outro ponto a ser melhorado está no número de empresas a oferecer soluções tecnológicas na feira de produtos. Foram poucas as presentes que mostraram algo de novo. O principal destaque foi a Coolnex, que em parceria com o site de vendas de música digital iMúsica, apresentou um cartão com uma imagem na capa de um determinado artista e com um código oculto no verso. Ao raspá-lo, o consumidor deve acessar o site da empresa e digitar o código para fazer o download da música.

"Acreditamos que os cartões tornam o produto virtual tangível e faz com que não haja a necessidade do uso cartão de crédito na internet para fazer o download da música, o que hoje é uma grande barreira para a popularização do download legal", diz Marcelo Pereira, diretor comercial da Coolnex.

O primeiro cartão experimental lançado foi da música Dona esponja, de Zeca Pagodinho, com uma tiragem de 16 mil unidades. Outros artistas terão suas músicas lançadas em breve neste novo formato, que deverá ser vendido em bancas de jornal, lojas de disco e em outros pontos de vendas. O preço, segundo o diretor comercial da Coolnex, deve variar entre R$ 1,99 e R$ 2,99.

No estande da Sony DADC, presente na feira em parceria com sua representante CD Mix, várias mídias digitais com design diferentes foram expostas. Uma delas, o vinil CD, com diversas opções de cores, que tem o visual de um LP, com rótulo central e ranhuras que imitam as faixas das músicas gravadas na antiga bolacha.

A Argentina foi o único país, além, claro, do Brasil, que marcou presença na feira de produtos. A idéia era divulgar o programa Discográficas, de Buenos Aires, vinculado à Subsecretaria de Indústrias Culturais, que apóia diversos selos fonográficos daquele país e tem como objetivo fomentar a indústria cultural argentina e exportar seus produtos.

"Estamos na feira para promover um catálogo de gravadoras independentes de Buenos Aires e a Bafim, a Feira de Música Internacional de Buenos Aires, que terá sua segunda edição este ano. É muito importante ter um estande aqui porque é fundamental ter a presença dos brasileiros em nossa feira também", disse Nicolas Wainszelbaum, coordenador do Discográficas. Quanto à feira realizada em Recife, ele diz ter achado bem organizada e com uma boa representação da cadeia da indústria da música brasileira. "Só faltou um pouco de presença internacional", observou.

De resto, a maioria dos cerca dos 40 expositores era composta de gravadoras e artistas independentes, associações de festivais e empresas prestadoras de serviços - entre elas, as gravadoras Biscoito Fino, com mais de um estande espalhado pela feira, Rob Digital e Kuarup e a empresa CD+.

A CD+, que entre outros serviços oferece replicação de CDs e DVDs, foi para FMB com objetivo principal de estreitar os laços com o mercado independente. "Viemos iniciar uma conversa sobre uma série de soluções focadas principalmente no que a gente chama de middle marketing, onde estão as gravadoras independentes. Estamos desenvolvendo produtos que geram alívio financeiro para essas gravadoras, pois quando elas são distribuídas por gravadoras grandes, elas não têm prioridade do comercial para a colocação do seu produto. Quando elas são distribuídas por fábricas, em geral têm o problema de o estoque ser maior do que a venda. Então, estamos oferecendo alguns produtos que resolvem esses problemas e conversando com o mercado para medir a aceitação deles', explicou Fábio Zanetti, diretor presidente da empresa.

Os selos cariocas Sala de Som, Cabucá e Mills uniram forças e dividiram um estande onde mostraram seus catálogos integrados por artistas como Pedro Lima, ex-cantor do grupo Garganta Profunda. Já a Rob Digital se juntou à Kuarup para também mostrar e vender CDs de seus respectivos catálogos e participar das discussões sobre as mudanças e problemas da indústria fonográfica.

Roberto Carvalho, dono da Rob Digital, contou que, além de vender CDs, o que "é sempre bom", o seu principal objetivo na feira era participar do fórum promovido pelo BNDES. Ele também queria observar "a reação do consumidor final de Recife, especificamente, diante do catálogo de sua gravadora".

"Acho que a feira foi um sucesso indiscutível. Reuniu pela primeira vez, num clima de profissionalismo, debates de problemas fundamentais da indústria e também de capacitação. Reuniu um número extraordinário e significativo de participantes entre gravadoras, gente do varejo de CDs, palestrantes internacionais e nacionais da maior relevância e a participação forte e firme do Ministério da Cultura, do BNDES e do Sebrae. Fiz contatos na rodada de negócios que foram muito importantes", avaliou o empresário. Ele apenas lamenta não ter tido mais tempo para assistir às palestras. "Mas as poucas que vi foram muito boas. Vi uma, por exemplo, do Peter Jenner que foi fabulosa", contou Roberto.

O FUTURO DA MÚSICA NA ERA DIGITAL

As conferências organizadas pelo Porto Musical - Convenção de Música e Tecnologia, que há três anos acontece em Recife, foram integradas neste ano à Feira Música Brasil. Cerca de 900 pessoas se inscreveram para assistir às palestras de 36 profissionais brasileiros e estrangeiros que discutiram os caminhos futuros do mercado e da produção musical. Distribuição digital, pirataria, jabá, como fazer sucesso no exterior e o destino das produções independentes foram alguns dos temas em pauta.

As previsões feitas para a indústria fonográfica nos próximos anos não foram nada otimistas. Teve palestrante dizendo que o CD tem poucos dias de vida, outros acham que o formato vai continuar existindo, só que com um outro valor e sentido.

Peter Jenner, ex-empresário do Pink Floyd, que já produziu bandas como The Clash, e hoje é o secretário-geral do International Music Managers Fórum (IMMF) deu duas palestras. Numa delas disse que o CD vai continuar existindo, mas "como um artigo de luxo, como um livro de capa dura", comparou. O mesmo pensa Pena Schmidt, produtor de importantes discos da década de 80 e 90, como Cabeça Dinossauro, dos Titãs e diretor do selo Tinitus. "O CD deixa de ser veículo de transporte de música, mas não vai acabar", afirmou. Schmidt também alertou aos artistas presentes na platéia que não adianta sonhar com uma gravadora multinacional. "Temos de abrir mão de nossos antigos deuses e entender que a gravadora como era antes - um representante dos artistas para o mercado de música gravada - não existe mais."

Quanto à questão do download de músicas, Jenner disse que "parece que o iTunes não está funcionado muito bem. O mercado prefere o produto ilegal, que é mais fácil de acessar, ao legal". Como sugestão para que os artistas sejam remunerados pelos downloads, ele propõe que seja cobrada uma assinatura periódica e fixa dos internautas, como hoje acontece com o serviço de banda larga na internet, em que se paga uma taxa mensal. "Se você cobrar uma taxa de US$ 50 por ano, ou seja, US$ 4 por mês ou US$ 1 por semana, e calcular uma parte das pessoas no planeta que ouvem música, isso é mais do que suficiente para pagar todos os envolvidos na cadeia produtiva."

A gravadora independente Deckdisc sempre se preocupou em investir em novos formatos de distribuição de música. Em seu site vende músicas de artistas de seu catálogo em MP3 e ringtones e foi a primeira no Brasil a lançar um CD em formato dual disc. João Augusto, dono da gravadora e que já passou por multinacionais como EMI e Polygram (atual Universal), em sua palestra mostrou que é possível uma independente ficar com 2,24% da fatia do mercado, como ocorreu com a Deckdisc em 2005, quando ficou atrás apenas das multinacionais e da Indie Records.

"Você pode ficar reclamando ou entrar na briga. Eu preferi entrar na briga. Não faço disco por gosto pessoal, somos orientados pelo marketing. A gente não faz disco por favor a ninguém, e sim para fazer sucesso. Temos uma liberdade artística que as grandes gravadoras não têm, mas nossa estrutura não é nada inovadora, nossos valores são os mesmos das majors", afirmou João Augusto.

Carlos Andrade acha que as gravadoras independentes, como a Deckdisc, estão mais aptas a encarar as novas mudanças de uma forma mais produtiva do que as grandes gravadoras e que talvez por isso as majors não tenham participado da FMB.

"É mais fácil para as gravadoras pequenas se adaptarem a mudanças e tomarem iniciativas. Eu diria que as independentes são as lanchas e as majors são os navios. Os navios são grandes, bonitos, luxuosos e cabe um monte de gente neles. Mas nós (independentes) temos uma agilidade que nos permite, por vezes até, indicar a direção para o grande navio", comparou.

E TUDO ACABA EM MÚSICA

Como não poderia deixar de ser, fechando a programação de cada dia da feira uma maratona de shows aberto ao público em geral tomou conta de três palcos da cidade pernambucana: o principal, no Marco Zero, um segundo montado na praça do Arsenal e o terceiro no Teatro Santa Isabel.

No Marco Zero, se apresentaram, entre outros, Gabriel O Pensador, Silvério Pessoa, Rita Ribeiro, Nelson Sargento, Mart'nália e Moraes Moreira. Pelo palco Arsenal passaram Cabruêra, Otto, Autoramas, o argentino Axel Kryeger, os espanhóis do La Kinky Beat, os americanos da Nation Beat, os franceses do Anis e outros mais. No Teatro Santa Isabel, shows com Quinteto Villa Lobos, Tira Poeira, Raul de Souza, Lanny Gordin e Antonio Nóbrega.

A sonorização dos três palcos foi feita por empresas locais. No Marco Zero, ficou a cargo da PA Áudio e Eventos e da BizaSom. A PA Áudio e Eventos também sonorizou o palco Arsenal. Já o Santa Isabel contou com equipamentos da Sotefys Serviços.

O PA do Marco Zero foi o mesmo usado posteriormente no carnaval de Recife. Sendo assim, a equipe de som foi proibida de montar torres de delay no meio do público. "Não queriam que usássemos torres de delay, pois no carnaval elas atrapalhariam a passagem dos blocos pelo Marco Zero", explicou Mário Jorge Andrade, sócio da PA Áudio e Eventos. Por conta disso, "o PA foi bastante exigido".

"O sistema tinha que responder da melhor forma possível. Todos os dias pela manhã nós testávamos. Ás vezes, tinha um ou outro alto-falante querendo dar defeito e a gente substituía na mesma hora, antes das passagens de som começarem", revelou. O sistema foi composto por 12 caixas içadas tipo EAW KF 850 por lado e dez subwoofers, cada um com dois falantes de 18", posicionados nas asas do PA.

Por estar o palco localizado em uma zona portuária, a house mix, que ficou a 45 m do palco, não pôde ficar na posição considerada ideal. Teve que ser inclinada para não ficar em cima do trilho pelo qual passa o trem de carga.

Outra particularidade do local é o vento forte, que, segundo Mário Jorge, é a principal coisa que atrapalha no Marco Zero. "Além de ser um lugar grande e aberto, ventava muito e é um vento lateral. Apesar de ele mudar às vezes de direção, era constante. Mas quando o vento pára, o som muda e aí temos que ir ajustando o som conforme o vento", contou o técnico.

No palco Arsenal, cuja capacidade era bem menor do que no Marco Zero, formando o PA havia 12 caixas EAW KF 750 em fly e seis subwoofers EAW SB 850 , amplificadas pelos Times One IS 803, IS 703 e Crest Audio CA-9.

No teatro Santa Izabel, Mário Ferreira Guimarães, proprietário da Sotefys, contou que por ser um local muito antigo e com pouco espaço para colocar equipamentos, o PA teve que ser posto nos camarotes laterais mais próximos ao palco. "Usamos duas caixas SB 850 e duas KF 850 montadas no primeiro camarote de cada lado do palco. Colocamos alguns monitores no meio do PA para que quem ficasse na frente pudesse ouvir melhor."

Tanto no Marco Zero quanto nos outros dois palcos, a maioria dos shows foi operado por técnicos das empresas de sonorização locais. No palco principal, o PA foi comandado por Mário Jorge. No monitor, seu irmão e sócio na empresa, Rogério Andrade, que também fez a coordenação técnica.

No palco Arsenal, o monitor foi dividido entre Eduardo Belo e Ildemar Titio e no comando do PA ficou Ricardo Rouco. No Santa Isabel, o operador de PA foi Mário Guimarães Filho e no monitor, Edílson Mariano e Evaldo Galvão.


Relação de Equipamentos

>Palco Marco Zero
PA
Mesa Yamaha PM5DRH
12 Caixas Tipo EAW KF 850
10 Subwoofers Tipo EAW SB
Equalizador Klark Teknik Helix DN 9340E
Processador BSS Omnidrive FDS 388
Amplificadores Crest Audio série CA

>Monitor
Mesa Yamaha M7CL
Equalizadores Klark Teknik DN3600 com controle remoto e DN 360
Amplificadores Crest Audio Série CA
20 Caixas EAW SM 400

>Side Fill
Processador Klark Teknik DN 9848E
Amplificadores Crown Série Macrotech
2 Caixas EAW KF 850
2 Subwoofers EAW SB 850

>Backline
Baterias Tama e Pearl
2 Amplificadores de Baixo Meteoro
Caixa de Baixo Ampeg SVT 810
2 Amplificadores de guitarra Marshall JCM 900 com caixa 4x12"
2 Fender The Twin
2 Roland Jazz Chorus JC 120

>Palco Arsenal
PA
12 caixas sub woofer tipo EAW SB 850
12 caixas 3 vias tipo EAW KF 750
Amplificadores: Times One IS 803, Times One IS 703, Crest Audio CA-9

>Consoles
Mesas Midas XL 200 e Yamaha O2R Digital

>Drive Rack
01 Equalizador gráfico DN 3600 Klark Teknik
01 Processador DriveRack 480 DBX
01 Processador Omnidrive BSS FDS 388
01 compressor Triple C TC Electronics
01 CD Player Denon
01 Cassete Deck Tascam
01 intercom AXXENT
01 MD player/recorder
01 Zerotron PL 1200

>Periféricos (RACK 1):
02 Quadgate Klark Teknik DN 514
01 Quadcomp Klark Teknik DN 504
01 Quadcomp BSS
04 Compressor DBX 160 A
01 Equalizador gráfico Klark Teknik DN 360 (inserts)
02 SPX 990 Yamaha
01 SPX 900 Yamaha
01 PCM 91
01 Digital delay D-TWO TC Eletronics
01 FURMAN PL 8

>Monitor
Consoles
01 Mesa Yamaha M7CL 48
01 Mesa Yamaha DM 2000 V2

>Rack equalização1
01 Equalizador DN 3600
03 Equalizador Klark Teknik DN 3601
01 Remote cotroller Klark Teknik DN 3698
01 FURMAN PL Plus

>Rack equalização2
03 Equalizadores Klark Teknik DN 360
02 Equalizador Yamaha 2031
01 FURMAN PL 8

>Side fill drive rack
01 Equalizador Klark Teknik DN 360
01 processador Digital Behringer Ultradrive Pro DCX 2496
01 crossover Furman

>Periféricos
01 Equalizadores Yamaha 2031
01 Quad gate Klark Teknik
01 Quad comp Klark Teknik
02 SPX 990 Yamaha

>Caixas de som
16 Spots EAW SM 400
02 Drum fills LA 325 + 02 sub LA 118
02 side fills EAW (02 KF 850, 02 SB 850)
Amplificadores dos monitores: TIP2000 , Times One RF 702
Palco Santa Isabel
PA
Mesa Soundcraft series Five
Drive rack DBX 480
Equalizador gráfico Klark Teknik
Equalizador DOD 31 bandas p/ insert
04 compressores DBX 160 A
8 Canais de gate e 08 canais de compressor Klark Teknik
03 multiefeitos 02 SPX 990 e 01 Lexicon PCM 80.
02 Caixas SB850
02 Caixas KF 850
Amplificadores TIP tecvox./Ciclotron
01 CD player
01 MD Sony

>Monitor
Mesa Soundcraft SM16
16 Equalizadores Yamaha Q2031 para vias de retorno.
08 Gates e 08 compressores Klark Teknik e 04 DBX.160A + 02 multiefeitos
01 SPX 900
01 SPX990.
Side duplo com 2 caixas SB 850 e 02 caixas KF 850
14 monitores modelo SM 400
 02 caixas LA com duas caixas de subwoofer com falante de 18"

>Backline
Amplificadores GK 800
01 Amplificador de guitarra Marshall JCM 900
02 Amplificador Fender The Twin
02 Amplicadores Jazz Chorus.
Direct box ativos
01 Bateria Pearl Export    
 
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