Lyana Guimarães

Publicado em 01/09/2006 - 00h00

Kléber Albuquerque está há quase 10 anos no cenário independente, e o recente álbum Desvio é o segundo de sua carreira. Lançado pelo selo próprio SeteSóis, o disco foi gravado e mixado no estúdio XRBM Áudio Idéias.

O disco abre muito bem com a faixa Brasa, uma canção carregada de influências nordestinas, com uma guitarra fazendo uma marcação típica de baião. A percussão de Simone Soul é genial, valendo-se de um berimbau bem interessante. Ótima faixa.

As outras 12 canções, no entanto, são uma mistura de estilos - reagge, música regional, sambinha, e balada, como a bela Ai. É uma profusão de ritmos que beira a ausência de uniformidade sonora. Uma certa coesão vem de Kléber usar elementos típicos de sons regionais em praticamente todas as faixas, como a carioquíssima A Liberdade! A Liberdade! A Liberdade!, iniciada por uma guitarra bem suingada.

No que Kléber acerta é nos arranjos, criados em conjunto com sua banda. São violões, violas, guitarras, baixo, flautas, percussões e bateria que contam com uma sintonia que agrada aos ouvidos. Percebe-se também muitos overdubs de violões e flautas, o que deixa as canções com mais detalhes e mais ricas.
(Lyana Guimarães)

(www.kleberalbuquerque.com.br)

Outros lançamentos:

Nesse tempo (Marcelo Caldi) - Trilha sonora com charme 
Sábado (Bena Lobo) - Mais uma nova MPB pop e genérica.
Ao vivo (Arnaldo Brandão) - Haja saudades dos anos 80!
Afronite (Marcelo Frisieiro) - Trabalho de equipe.
Deus forte (Filhos de Davi) - Pop religioso sem especificidades.