Entrevista
Mais por menos é filosofia da Behringer
Gerente de vendas aposta nos home studios
Natalie Araújo Lima
Publicado em 01/12/2005 - 00h00
Natalie Lima
Mike van der Logt (à dir.), com Everton Waldman, da Equipo
Em passagem pelo Brasil durante a Expomusic, o gerente de vendas internacional da Behringer, Mike van der Logt, elogiou o trabalho da distribuidora Equipo e disse que o maior desafio para uma empresa entrar no Brasil é a concorrência interna.
Mas a aposta da Behringer vai ao encontro de uma tendência mundial: o crescimento dos home studios e a conseqüente demanda por equipamentos que combinam funcionalidade e preços acessíveis. "Fabricar produtos acessíveis a muitas pessoas faz o nosso sucesso", diz ele. Confira a entrevista dada a M&T.
M&T: Como está sendo o trabalho com a Equipo no mercado brasileiro?
Mike van der Logt: Já faz mais de dez anos que a Equipo é a distribuidora da Behringer no Brasil. Eles fazem um trabalho ótimo, entendem o mercado trabalho e sabem qual é a melhor forma de atingi-lo. É um parceiro muito confiável, que vai continuar conosco. O que fazemos, globalmente, é: em muitos países, temos escritórios próprios. São cerca de 25, principalmente na Europa. E também no Canadá e no Japão.
Você vê alguma particularidade no mercado do Brasil?
Não é nenhum segredo que o mercado da América do Sul se sustenta no ABC: Argentina, Brasil e Chile. Claro que os números da população são muito diferentes.
A Behringer é conhecida por fabricar bons produtos com preços mais acessíveis. Você associa o crescimento dos home studios à produção desse tipo de equipamento?
A diretoria da Behringer decidiu, há muitos anos, que era possível fabricar produtos mais baratos. E que, se isso fosse feito, eles seriam acessíveis a mais pessoas. É exatamente o que acontece. Se você observar os home studios, os DJs amadores, os guitarristas de garagem, você vê que eles precisam de equipamentos. E é preciso que sejam baratos. E é aí que eles encontram os produtos da Behringer. A nossa empresa é uma das pioneiras nesse mercado de home studio. Fabricar produtos acessíveis a muitas pessoas faz o nosso sucesso, faz com que a gente cresça. E os nossos parceiros precisam entender essa nossa filosofia. Um dos nossos anúncios diz: "O dobro de funções, metade do preço".
O que você pode falar dos novos produtos da Behringer? Há alguma nova tendência?
Se você observar nosso começo, começamos com os produtos de áudio, com mesas, falantes, depois passamos para a indústria de instrumentos musicais. Uns três anos atrás, começamos a fabricar combos para guitarra. Foi muito importante abrir o nosso mercado, que pode ser acessível para mais pessoas. A Behringer começou fazendo três produtos. Hoje são mais de 220. A tendência é abrir cada vez mais a gama de equipamentos fabricados.
Como é a competição com outros fabricantes?
Cada país tem sua particularidade. No Brasil há muitos fabricantes nacionais que produzem equipamentos baratos, com boa aceitação. Isso faz com que seja mais difícil que empresas estrangeiras penetrem o mercado brasileiro, criando um outro nível de competição.