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Revista Luz & Cena
Entrevista
Beyma aposta no mercado brasileiro
Espanhóis investem em line arrays
Natalie Araújo Lima e Sólon do
Publicado em 01/12/2005 - 00h00
Natalie Araújo Lima
Jose Masip e Jose Vicente Farinos (Natalie Araújo Lima)
Jose Masip e Jose Vicente Farinos
Jose Masip e Jose Vicente Farinos, respectivamente presidente e diretor executivo da Beyma, estiveram no Brasil durante a Expomusic e falaram à M&T sobre os investimentos que a empresa espanhola - que atua em 60 países -vem fazendo no mercado brasileiro.

M&T: O que a mudança de distribuidores trouxe de novo?

Farinos: Bem, foi apenas uma mudança de pessoas. O conceito e os objetivos da parceria da Beyma no Brasil continuam os mesmos: implantar a marca de forma consolidada, ficar muitos anos por aqui e ser uma empresa conhecida, pela qual as pessoas perguntem e se interessem. O projeto não sofreu transformações, mudou apenas quem executa o projeto aqui no Brasil.

Como está o projeto de line arrays com falantes da Beyma?

Farinos: O projeto foi feito em parceria com a New Box (fabricante de caixas) e desenhado por Carlos Correia. Hoje há vários sistemas espalhados no país e o interesse em outras fabricantes de caixas acústicas que querem desenvolver parcerias continua.

Como é essa parceria com Carlos Correia?

Farinos: Acredito que o mercado brasileiro conheça bem a trajetória profissional de Carlos Correia. Para nós, é uma satisfação tê-lo ao nosso lado. Apesar de algumas dificuldades que encontramos, ele sempre seguiu apostando na Beyma. Ele é a nossa melhor garantia no mercado brasileiro, nossa maior ferramenta de confiança.

E como foi essa mudança do status dele na empresa? Ele passou de consultor a funcionário contratado. Isso mudou alguma coisa da produção?

Farinos: Na verdade, não. Desde que ele começou a trabalhar conosco, esteve em contato direto todo o tempo com nossa equipe interna, na Espanha. Todas as recomendações e conclusões de Carlos Correia recebidas aqui são levadas à Espanha e usadas nas concepções dos novos modelos. A integração é muito grande. Para nós, não hã diferença entre alguém que trabalha na Espanha ou em outro lugar. Somos a família Beyma, e o Carlos Correia faz parte dessa família.

O que há de novidades da Beyma?

Farinos: Apresentamos na Plasa [feira de áudio e iluminação realizada em Londres, em setembro] nossa nova linha de coaxiais, que foi totalmente modificada. Levamos também novos falantes de 3 e 4 polegadas, para uso em line arrays, além de um falante com ímã de neodímio, também pensado para line arrays. Os line arrays são a tendência em todo o mundo, temos que segui-la.

Quais são as características que definem um falante Beyma?

Masip: Há todo um conjunto que faz com que o som seja particular, mas podemos falar das altas freqüências, da sensibilidade e também da musicalidade.

O que é mais importante, a musicalidade ou as especificações matemáticas?

Farinos e Masip: A teoria tem que funcionar na prática, não é? As especificações são uma necessidade, a musicalidade é uma qualidade. É o conjunto que diferencia os bons dos maus equipamentos. Não adianta apenas fazer um projeto que parece ótimo.

Quais são os planos no Brasil?

Farinos: A gente pretende continuar a fazer o trabalho que tem feito nos últimos três anos. Continuamos tentando fixar a marca no mercado brasileiro. E vamos continuar inovando constantemente, pesquisando novos materiais.

Que produtos da Beyma têm feito sucesso no Brasil?

Farinos: Tem havido boa aceitação dos falantes com neodímio e também dos projetados especialmente para line array - tanto de altas quanto de médias freqüências.

Quantas pessoas trabalham na Beyma na Espanha?

Masip: São 90 funcionários ligados diretamente à empresa, em Valencia. O sistema de produção é um pouco diferente do brasileiro. Aqui, há mais empregados; lá, o sistema é mais automatizado. Além disso, investimos muito em pessoal especializado, como engenheiros.
 
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