É absolutamente inegável a força que vem daquela voz. Você sequer imagina como uma simples frase se transforma em uma espécie de chamado, de unção. Cassiane se tornou um ícone da música evangélica e, sem sombra de dúvidas, tem um merecimento acumulado através de 20 anos de louvor a Deus. Ao seu lado, Jairinho Manhães, esposo, produtor, crítico e um dos seus principais incentivadores.
Em 2001, um sonho tão aguardado há tempos se concretiza: o disco em parceria "O Amor é Mais...", uma declaração sincera daquilo que a cantora acredita ser uma das coisas mais importantes dentro de uma relação: a cumplicidade. "O tempo não pode apagar nosso amor, eu irei contigo para onde for", entoa na canção de abertura, de Oziel Silva.
Com o casal conversamos sobre o início da carreira de ambos, o "grande encontro", mercado internacional, a montagem do estúdio e projetos futuros, muitos deles. "Não, não me considero uma pop star. Afinal, eu não canto para mim, canto para Deus", declara Cassiane. Uma verdade absolutamente nítida - seja pelo tom da sua voz, olhar, carisma ou humildade de se sentir apenas mais uma. Mas não, ela não é.
As Primeiras Notas Musicais
M&T: A música. Como tudo começou?
Cassiane: Comecei a cantar aos três anos de idade, e aos oito anos já havia gravado o meu primeiro trabalho solo. Hoje em dia, já são 12 discos lançados, mais este agora em parceria com o Jairinho.
Jairinho: Já comigo foi mais tarde, aos nove anos. Aos 12 comecei a estudar música com o meu irmão e aos 14 entrei no Villa-Lobos. Também tive uma breve passagem pelo curso Cigam, com Ian Guest.
M&T: Como vocês se conheceram?
Jairinho: Nós nos conhecemos cantando. Ela já tinha o primeiro disco e eu cantava também naquela época.
Cassiane: E depois me cantou, não é?! (risos) Posso até dizer que ele foi um menino prodígio, pois me pediu em casamento aos 10 anos de idade.
M&T: Mas depois o Jairinho acabou deixando um pouco de lado a carreira de cantor, não foi?
Jairinho: Ainda meio de gaiato eu comecei a me envolver com um produtor evangélico e tomei gosto pelo negócio! Passei a estudar harmonia para fazer arranjos e tudo foi dando certo, graças a Deus. Hoje em dia, eu sou produtor e arranjista, além de também tocar flauta e ter estudado sax e piano. Os primeiros trabalhos neste ramo foram para duas bandas independentes e, na realidade, naquele tempo não houve sequer reconhecimento a não ser pelo amadurecimento profissional.
Na sala da técnica, o produtor Jairinho Manhães e o técnico Marcelo em ação
M&T: E aquele trabalho que você considere, definitivamente, como seu ponto de partida?
Jairinho: Ah, foi com a própria Cassiane.
Cassiane: Eu tinha ido à gravadora e D. Yvelise de Oliveira (dona da MK Publicitá) havia me perguntado quem seria o produtor do meu próximo disco. Fiquei de pensar, mas quando o Jairinho me acompanhou em uma apresentação na cidade de Barra Mansa (RJ) eu lancei o convite: "Jairinho, você quer fazer o meu novo CD?" Ele nem acreditou, ficou muito surpreso. Mas por que não? Eu já confiava no trabalho dele... E quando eu comuniquei a minha decisão à MK, eles nem questionaram, afinal de contas, eles tinham a certeza de que a primeira pessoa que faria tudo para querer o melhor seria eu mesma. E olha que nós nem éramos casados ainda.
M&T: Mas nunca aconteceu essa crítica do fato do Jairinho ser sempre "o marido da Cassiane"?
Cassiane: Eu posso tê-lo ajudado muito na parte profissional, mas depois que você apresenta e abre portas a pessoa só consegue ficar e se estabelecer se, realmente, tiver capacidade para aquilo. Ele provou isso. Tem bom gosto, estuda muito, está sempre interessado em novidades... Em 99, ele até recebeu um prêmio como melhor arranjista do ano. E depois eu sou muito boazinha, porque eu até empresto ele para os outros cantores.
Jairinho: (risos) É verdade. Eu já fiz gravação para a Marina de Oliveira, Edson e Telma, Eishla, Léa Mendonça, Marta Valéria, Bruna Carla, Josiane, Elaine de Jesus, Jorginho de Xerém, entre outros.
M&T: Conte como acontece o seu processo de produção? Vocês sentam junto com o artista e discutem com vai ser?
Jairinho: Quando o artista tem bom gosto, geralmente, ele já vem com todas as músicas e a gente aprova, mas não acontece com todos.
Cassiane: Principalmente, para quem está começando, sempre há uma ajuda. Já os mais veteranos, ao invés de trazerem a quantidade exata de músicas para o CD, trazem além para selecionarmos e darmos a nossa opinião.
Produção Evangélica
M&T: Cada artista acaba tendo um jeito diferente de trabalhar e, muitas vezes, isto obriga que você se adapte... Que tipo de produtor é você, Jairinho?
Jairinho: Do tipo que gosta de fazer o melhor. Eu, por exemplo, não tenho condições de comprar tudo o que gostaria, mas me obrigo a critérios de qualidade. Afinal de contas, o povo evangélico está sendo mais exigente. E até mesmo aqueles que não são evangélicos, hoje passaram a prestar mais atenção ao nosso trabalho por saberem que irão encontrar coisas boas. Eles se surpreendem com as nossas próprias exigências! De duas em duas gravações que faço eu troco a pele de bateria, por exemplo. A cada instrumento eu estou sempre querendo tirar o melhor som. E depois que a base está bem gravada, vem a voz - minha principal preocupação.
M&T: Até que ponto um produtor interfere, há total liberdade?
Jairinho: As pessoas que vêm trabalhar comigo já sabem o quanto sou exigente, por isso aceitam tudo o que eu falo. No entanto, se sinto que o cantor vai "bater de frente" com a minha opinião, a minha tática é brincar. A pessoa começa a rir e o ambiente fica mais leve. As relações dentro do estúdio precisam estar as melhores possíveis. Não há como estar 80%, é preciso estar 100%.
Cassiane: Sem falar naquele tato quase de psicólogo, de diplomata...
Jairinho: Há pessoas tão inseguras, por exemplo, que é obrigatório um apoio especial. Escolha de repertório é outro problema. Há quem queira colocar uma música só pelo fato de ser de um amigo ou parente. E se ele está me pagando para ajudá-lo, não vou deixá-lo jogar dinheiro fora.
M&T: Em termos financeiros, qual é a atual realidade para a produção de um disco evangélico?
Jairinho: Posso dizer que ainda está muito longe da realidade secular em termos de custo-benefício. Não posso cobrar a mesma coisa de um estúdio convencional. Alguns músicos, por exemplo, são bons mas graças a Deus não são tão exigentes para cobrarem a tabela. Se cobrassem, nós estávamos "fritos".
Cassiane: E qual é a mídia que nós temos? Nós não vamos no Gugu, no Faustão... O que conseguimos é providência de Deus mesmo.
Jairinho: Atualmente, uma produção simples varia de um investimento entre 20 e 30 mil reais para um cantor que venda em torno de 10 mil cópias. A situação da Cassiane, no entanto, é uma exceção. Trata-se de uma gravação que chega a quase 100 mil reais, mas também porque é uma artista capaz de vender 750 mil cópias com um único CD. Aí já se melhora o dinheiro do músico, o período de estúdio etc.
M&T: Em média, qual a duração de uma produção evangélica?
Jairinho: Para os trabalhos da Cassiane, eu levo em torno de 60 a 90 dias (se não for mais!) A gente apronta, tira o CD, ouve em casa, no carro...
Cassiane: Mas, é claro, que três meses já é tempo demais para as nossas gravadoras...
Jairinho: O disco de um artista é como se fosse um filho colocado no mundo. Se for aleijado, já era! Mas se for bom, irá receber elogios pelo resto da vida.
M&T: E em termos de conscientização profissional?
Jairinho: Há uma grande diferença de porcentagem em relação às pessoas que só querem gravar por sonho pessoal ou, então, aquelas que querem fazer um trabalho realmente bom. Algumas pessoas chegam aqui pedindo que eu grave o CD delas em apenas 10 dias. É um absurdo!
Cassiane: É verdade, eu também sinto isso. Do total de pessoas que querem gravar, podemos dizer que 70% só estão interessados em gravar de qualquer forma.
O Fenômeno Cassiane
M&T: Há algum segredo para o sucesso, Cassiane? Como é que você escolhe o seu repertório?
Cassiane: Eu só canto aquilo em que creio, aquilo que vivo. Canto falando de vitória, de levantar a cabeça, de poder seguir adiante porque só Deus possui o poder de modificar a nossa vida. É sempre uma mensagem positiva. Sou também exigente em relação às letras, me preocupo muito com aquilo que está escrito na Bíblia e também não fico presa porque fulano ou sicrano é meu amiguinho e tal. Eu sei da responsabilidade que tenho e que a pessoa vai ser atingida através da minha voz. Chego a receber centenas de fitas, escuto tudo e tenha a certeza de que sou capaz de gravar músicas de qualquer um. Se conseguir me arrepiar, será este o caminho.
No "aquário"do Reuel - desenho meticulosamente pensado para evitar aos ondas estacionárias
M&T: Há alguma música em especial que lhe toque mais?
Cassiane: Cada CD é como se fosse um filho que vai amadurecendo com o tempo. E você não deixa de gostar de um com a chegada de outro, mas o fato é que sempre parece que o mais recente é o mais caprichado e bonito. Neste momento, o CD inteiro "Com muito louvor", que me rendeu 750 mil cópias até agora, veio como um presente perfeitinho, e eu não mudaria nada. Suas músicas são tocadas em quase todas as igrejas, das pentecostais às tradicionais, ou seja, das mais barulhentas às mais quietinhas.
M&T: Qual é o sentimento de ser reconhecida mesmo no meio secular?
Cassiane: Eu me sinto uma privilegiada de estar fazendo parte deste movimento que a música gospel está conquistando de uns tempos para cá. Para muitos o gospel é um estilo de música, mas não é verdade. É música evangélica, literalmente. Mas ser reconhecida pelas pessoas é motivo de sobra para eu estar rindo à toa, uma benção. Mesmo devagarinho, nós estamos chegando lá.
M&T: Como você define a sua música?
Cassiane: Eu sou da igreja Pentecostal, ou seja, a minha música também é Pentecostal, aquela cantada de maneira forte e que gosta de fazer barulho (risos)! Isto está em mim.
M&T: Parece que você também é craque em descobrir novos talentos...
Cassiane: Eu acabei descobrindo a Bruna Carla, uma menina de apenas 11 anos de idade e que tem uma voz linda. Mas há ainda o caso do Moser, considerado por muitos como a versão masculina da Cassiane por causa da voz alta e forte. São nomes novos e que têm tudo para se firmarem no mercado.
"Com Muito Louvor" (2000), o recorde das 750 mil cópias
M&T: Falando do trabalho mais recente "O Amor é Mais..."
Cassiane: Há dois anos nós estávamos totalmente envolvidos neste projeto, mas a idéia partiu da gravadora e a gente abraçou. Eu sempre digo que falar de amor é bom demais, falar com quem a gente ama melhor ainda, e na presença de Deus... É maravilhoso.
M&T: A própria filha de vocês, de apenas três anos de idade, a Jayanne, gravou em uma das faixas.
Cassiane: A nossa filhinha estava com pouco mais de dois anos e colocou a voz na música "Jeito de Amar". As pessoas estão amando e já pediram o CD dela.
Jairinho: Mas ela já é uma verdadeira cantora...
Cassiane: Pois é, mas eu acho que a criança precisa ter liberdade de cantar apenas quando tem vontade. Não pode ser por obrigação. Mas se no futuro ela decidir por este caminho, nós vamos adorar.
Abrindo o Próprio Espaço
M&T: Quando surgiu a idéia de montar o estúdio próprio de vocês, o "Reuel"?
Jairinho: Surgiu da necessidade de ter o meu próprio lugar, já que eu vivia indo gravar de um lado para o outro. Um desespero. Eu me lembro do meu primeiro trabalho quando eu precisava pegar um trem cheio, fazer uma baldeação para só depois chegar no bairro de Bangu (zona oeste do RJ). É bom que as pessoas saibam disso.
Cassiane: Foi aí que o Jairinho resolveu crescer.
Jairinho: Com o meu amigo Jorginho Aguiar surgiu a oportunidade de abrir um estúdio e isto aconteceu aqui neste mesmo lugar (município de Nova Iguaçu - RJ), só que bem menor. Ficamos uns três anos juntos, até o dia em que cada um resolveu seguir o próprio caminho. Atualmente, temos linhas particulares de produção e ninguém toma o trabalho do outro. Projetado por Ernani Maldonado, o estúdio possui duas salas que precisaram ser adaptadas para o determinado fim. Mesmo assim não comprometeu o resultado. Gravamos aqui de violino a violoncelo, baixo acústico, metais, bateria, voz a capella etc.. A sala tem ainda o contraste de pedras, madeira, sonex e, além disso, o próprio desenho do aquário faz com que não sobrem freqüências e não haja ondas estacionárias nele.
M&T: Tecnologia até que ponto?
Jairinho: Sinceramente, não uso a tecnologia apenas para alguém gravar de qualquer jeito e depois eu ter que consertar. Quanto aos sonhos tecnológicos de consumo, tenho pensado muito em ter um Lexicon 960L. Sou um apaixonado por novidades e, só para vocês terem uma idéia, da última vez em que eu estive nos EUA trouxe 2800 dólares só de CDs de sample e placas. É um constante investimento.
M&T: Mercado internacional... Quer dizer que Cassiane também está sendo tocada por lá?
Cassiane: Eu já cantei no Canadá, nos EUA, agora vamos para Londres, e já recebemos convites para ir ao Japão e à Austrália.
Jairinho: É verdade, as pessoas me ligam de outros países justamente por causa dos discos dela.
M&T: Ser considerada a cantora mais popular do meio evangélico pesa muito para você?
Cassiane: Como eu comecei muito cedo, acho que o sucesso não veio antes porque eu não estaria preparada. É claro, no entanto, que eu não desprezo isso. Para mim é a conseqüência de um trabalho duro de muito tempo (no caso, 20 anos!). Eu, realmente, estou em uma fase muito boa de sucesso e é impossível achar algum evangélico hoje em dia que não tenha ouvido falar de Cassiane. Chegou a minha hora e Deus só me concedeu esta chance porque sabia que eu não iria me sentir superior por isto. E eu não me sinto assim mesmo! Sempre digo que sigo o estilo simples de arroz, feijão e bife. Claro que agora há um cuidado maior de não andar sozinha o tempo inteiro, mas é uma prudência. Achar que eu sou uma pop star está fora dos meus planos.
M&T: Há quanto tempo você está na gravadora MK Publicitá?
Cassiane: Há nove anos. Eu fui a primeira cantora da MK, ainda na época em ela estava apenas começando com a própria Marina de Oliveira. Fui para lá quando ninguém queria ir, e hoje eu vejo cantores até com um certo nome esperando para serem atendidos. Fico feliz por ter feito parte desse crescimento. Dos 12 CDs que eu tenho gravados, sete são da MK: "Atualidades", "Força Imensa", "Puro Amor", "Sem Palavras", "Para Sempre", "Com Muito Louvor" e o novo "O Amor É Mais...".
M&T: De quem a Cassiane é fã?
Cassiane: Fernanda Brum é uma menina de Deus, tem uma voz maravilhosa. Mas há também Aline Barros, Rose Nascimento, Kleber Lucas, Marquinhos Gomes, Marcelo Nascimento etc. Secular eu não sou de ouvir muito. Pode até parecer um pouco de preconceito, mas é que nós já temos tantas coisas boas dentro do meio evangélico, do rock ao forró... Ah, eu também gosto muito de ouvir a chamada gospel music americana, sabe? Aquele estilo negro com voz forte e marcante. É maravilhoso!
O primeiro trabalho da dupla Cassiane e Jairinho - "O Amor é Mais..."
M&T: Existe troca de vocês com o meio secular?
Cassiane: É preciso tomar cuidado, porque muitos deles nos olham com o sentido de comércio e não de evangelização. Há até artistas que estão entrando neste meio apenas porque deixaram de fazer sucesso no mundo secular.
Jairinho: Não podemos esquecer da seriedade e separar o joio do trigo, porque o que não falta é gente querendo pegar uma fatia disso tudo.
M&T: Sonhos...
Jairinho: Daqui a um ano ter um estúdio aqui dentro só para pequenas gravações e um ainda maior para, quem sabe, gravar até DVDs...
Cassiane: A gente sempre tem muitos sonhos mas, para realizar todos eles, é um pouquinho difícil. Apesar de que, profissionalmente falando, eu tenho concretizado vários: ter o meu marido trabalhando comigo, lançar este nosso CD em dupla, estar com a família unida, e este ano ainda colocar no mercado mais um disco solo em junho, além de "Cassiane ao Vivo", um DVD e talvez um disco contando historinhas para as crianças.
Vou contar algo para vocês: quando eu estava lançando o CD "As Palavras", fiquei indo a orações durante um ano sem parar. Pedia a Deus para que eu conseguisse fazer bem aquele trabalho e que ele significasse uma mudança na minha vida profissional. Eu já tinha convites para ir ao exterior, mas antes queria conquistar o Brasil inteiro. Eu pedi: "eu quero o Brasil de presente". E não é que Ele me deu mesmo? "Sem Palavras" representou o boom da minha carreira. Agora eu quero mais e mais. Se for de acordo com a vontade de Deus, quero que o Senhor me dê o mundo.
Relação de Equipamentos - Studio Reuel
Console:
- 1 mesa 1604 VLZ - Pro Mackie;
- Controle para Pro Tools HUI.
Monitores:
- Yamaha NS 10;
- Event 20/20 Bas;
- JBL LSR 32.
Amplificador de Referência:
- CA - 100 Yamaha.
Gravadores:
- Sistema Pro Tools Mix Plus - 24 bits (64 canais), monitores 21 (KDS) e 17 (Sony);
- 1 Gravador de CD e sistema de backup DDS 3;
- 2 ADATs Alesis XT 20 - 20/16 bits (16 canais);
- 1 PCI Expansion (Magma);
- 1 HD Seagate Digidrive;
- 1 HD (gaveta) 2 de 18 GB);
- 1 Jaz Drive;
- 1 Drive de CD Rom Externo;
- 1 Computador MacIntosh;
- 1 Gravador MD MDS JE510;
- 1 DAT Sony PCM - R500;
- 1 Gravador de CD Philips CDR 870;
- 1 Cassete Deck Aiwa AD-WX727;
- 1 Videocassete JVC.
Periféricos:
- 6 Pré AMEK 9098 EQ by Rupert Neve;
- 1 Pré Avalon 737 (valvulado);
- 1 Pré Manley valvulado vox Box.
Plug-Ins:
- Waves Gold Bundle;
- Lexi Verb - Lexicon;
- TC-Mega Reverb - TC Works;
- Auto Tune / MDT - Antares;
- Pitch Doctor - Wavelab;
- Digi Rack - Digidesign;
- DaD valve;
- DaD tape;
- AmpFarm.
Microfones:
- 1 Neumann (M 149);
- 1 CAD Bi-valvulado (VX2);
- 1 Neumann (TLM 103);
- 1 AKG 414;
- 1 Sennheiser MD 431 II;
- 1 SM 87;
- 3 Sennheiser MD 421 II;
- 3 Shure SM57;
- 3 Shure SM81;
- 1 AKG D112.
Instrumentos:
- Bateria Yamaha Record Custom - 22, 14, 10, 12, 14, 16;
- Pratos Zildjan linha K custom;
- Roland JV 2080 (Placas: Orquestral 1 e 2, Pianos, World, Asia, Synth e Pop);
- Sampler - AKAI S6000;
- 2 Sampler - Roland S-760;
- Korg Trinity;
- QSR Alesis;
- EX5 Yamaha;
- Teclado Triton - Pro.
Acessórios:
- 1 Conversor AD - DA 88824 Digidesign;
- 1 MIDI Timepiece AV;
- 1 ADAT Bridge.
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