Primeira Vista
Stage M-Line
Para agradar a todos
Thiago Fernandes
Publicado em 01/01/2005 - 00h00
As empresas locadoras de equipamentos sempre se vêem numa encruzilhada quando surge a necessidade de adquirir novos equipamentos. Mesmo com a melhora comprovada da qualidade dos produtos nacionais, as empresas esbarram na falta de conhecimento dos clientes, que por muitas vezes se deixam levar pelo marketing imposto pelas gigantes estrangeiras e ignoram boas opções nacionais.
Esse tem sido o maior desafio encontrado pelos fabricantes brasileiros, já que tecnologia e competência não faltam. Hoje eles contam com os bons profissionais no desenvolvimento de seus produtos. O Line Array Stage M-Line é um exemplo disso: além de ser um projeto do renomado engenheiro eletroacústico Carlos Correia, reúne alta qualidade a custo compatível com o mercado nacional.
O projeto nasceu de uma parceria entre as empresas Stage Audio e Beyma do Brasil. Além dessas empresas, a produção do line array envolveu empresas como Amphenol, Penn/Elcon, Elo Iluminação e New Box, que foi a construtora do sistema.
Cada unidade do line é composta por um falante de 12" (modelo 12 LX 60) para os graves, dois falantes de 6" (modelo 6 MI 100) para os médios e dois drivers de 3" (modelo CP 750 ND) para as altas. O sistema tem dispersão horizontal de 90 e sua dispersão vertical vai depender de quantas unidades serão empilhadas. A resposta de cada elemento é de 60Hz a 20kHz, mas ao empilhar 8 elementos essa resposta pode se estender a 40Hz para os graves. O seu grande diferencial está na relação tamanho / pressão sonora. Apesar de ser um line array considerado de porte médio (70kg por caixa), o sistema pode alcançar SPLs de line arrays de grande porte.
De acordo com o fabricante, sua sensibilidade nas baixas é de 104 dB @ 1W/1m e sua capacidade de SPL contínuo é de 132,4dB, chegando a 138,4dB de pico com 700W medidos a um metro de distância. Nas médias a sensibilidade é de 108dB @ 1W/1m, com capacidade de SPL contínuo de 135dB, chegando ao pico de 141dB com 500W/1m. Para as altas, a sensibilidade de 115dB @ 1W/1m e a capacidade de SPL contínuo é de 137,5dB chegando ao pico de 143,5 dB com 180W/1m. Esses números tendem a aumentar ao se acoplar mais unidades ao sistema.
O equipamento usa conectores Amphenol modelo EP 6, macho e fêmea, alças embutidas Penn/Elcon e ferragens de sustentação desenvolvidas por Carlos Correia e Stage Audio. A caixa foi confeccionada pela New Box em compensado naval multilaminado, com 11 lâminas de 15mm, e 15 lâminas de 20mm de espessura.
Os alto-falantes são todos Beyma. Os modelos e o porquê de sua escolha, segundo o próprio Carlos Correia, estão abaixo:
12 LX 60 - Alto-falante de 12" com bobina móvel de 4" de diâmetro, com capacidade de suportar 700W de potência. Foi escolhido por possuir um cone bastante rígido, pois está montado numa corneta do tipo dobrada, que exerce uma pressão elevada ao cone, e cones comuns não suportariam esse tipo de pressão.
6 MI 100 - Alto-falantes de 6" com bobina móvel de 2" de diâmetro, com capacidade de suportar 250W cada, montados em um guia de ondas para médios. Foram escolhidos por ser transdutores de baixíssima massa móvel (14g) e responderem muito bem aos transientes, suportando uma potência considerável.
CP 750 ND - Drivers de alta freqüência com circuito magnético de Neodímio, capaz de suportar 90W de potência, pesando um terço dos drivers de sua classe, também estão montados num guia de ondas.
O mercado de line arrays no Brasil está realmente muito bem servido. As opções são muitas, dentre nacionais e estrangeiros, e o Stage M-Line com certeza veio para somar o time de lines nacionais, trazendo qualidade ao preço que a maior parte dos sonorizadores brasileiros tem capacidade de pagar.
Características técnicas por unidade:
Peso: 70kg
Dimensões: 1m de largura; 0,45m de altura frontal; 0,4m de altura traseira; 0,6m de profundidade
Cobertura - 90 (H); vertical depende da quantidade de caixas empilhadas.