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EDITORIAL: Quem merece a capa?
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por Elisa Menezes
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02/01/2007
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Já se disse que todas as mulheres são apaixonadas por Chico Buarque. Não raro algum homem faz a piada de que, se fosse mulher, seria apaixonada por ele. Trata-se de uma unanimidade: quando não amado, ele é, pelo menos, respeitado. Por isso, quando volta aos palcos depois de sete anos de ausência, uma capa de revista é o mínimo que se pode dedicar a ele. Se essa revista é a Luz & Cena, outras duas razoes justificam essa opção: a luz de Maneco Quinderé e o cenário de Helio Eichbauer. Falamos, portanto, de três unanimidades.
No entanto, a volta de Chico é condizente com sua personalidade acanhada, discreta. A luz, com seus momentos de breu, e o cenário primam pela simplicidade, pelo bom gosto, para que o cantor se sinta à vontade, em casa, tendo sua cidade de coração (muitos se esquecem, mas ele é paulista e não carioca) como pano de fundo.
Num outro extremo, temos o mega show do cantor inglês Robbie Williams, um espetáculo que atraiu XXX pessoas à Apoteose para ver, entre outros efeitos, labaredas de fogos e telões de LEDs com altíssima definição. Mesmo quem não é fa do cantor se impressiona com o tamanho da produção. E, aí, você deve estar se perguntando se não seria essa a capa ideal para uma revista como a L&C.
Bem, na verdade não existe uma escolha certa, uma única resposta correta. Este tipo de dilema é apenas um exemplo do trabalho de um editor, que não se resume a pensar em algum assunto para preencher esta página todo mês. É preciso levar em consideração o que pode ser mais interessante para um público heterogêneo, espalhado pelo Brasil. Só há uma certeza: é impossível agradar a todos.
Então, seja você editor por um dia. Leia a revista e depois me escreva para dizer do que gostou, o que poderia ganhar mais ou menos destaque, onde acertamos e onde erramos. E não deixe de visitar o site de Luz & Cena (www.luzecena.com.br) que está de cara nova. Sem dúvida, também ali sua opinião será sempre bem-vinda.
Boa leitura!
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