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Edição #69
abril de 2005
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Editorial
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capa: Imagens em atividade
Projeto de luz de Charlie Brown Jr. conta com cenas captadas ao vivo
por Natalie Lima e Rodrigo 01/04/2005
foto: Rodrigo Castro
Em meio aos boatos que cercavam seu fim, o Charlie Brown Jr se apresentou no Claro Hall, no Rio de Janeiro, no final de fevereiro com o show Tamo aí na atividade. No repertório, todos os hits que fizeram da banda uma das maiores dentro do atual cenário do rock nacional. No comando das luzes, o paulista Álvaro de Oliveira. Responsável por conceber o projeto, ele misturou Fachos, cores e imagens numa composição que se encaixou no peso e na agressividade sonora do quarteto.

O projeto de luz da turnê Tamo aí na atividade foi totalmente desenvolvido pelo lighting designer paulista Álvaro de Oliveira. Ex-sócio da locadora Spectrum Iluminação - onde dividiu, desde 1995, a direção com Marcos Olívio - e atual proprietário da Limelight Iluminação Cênica ao lado de Maurício Morini, ele já acompanha o grupo há sete anos, período que considera suficiente para entender o pensamento de seus integrantes.
De acordo com Álvaro, o entrosamento profissional é fundamental para a concepção de um bom rider. "Respirar o processo de criação das canções, o que, naturalmente, se dá na estrada, favorece tanto a construção do mapa quanto das cenas individuais. Hoje, posso dizer que penso as luzes bem mais próximas do desejo dos músicos", disse ele, que utiliza o software Softplot para criar e desenhar seus mapas.

Projeção de imagens valoriza o espetáculo

Fazem parte do projeto do lighting designer quatro telões de 8m x 10m. Neles são projetadas imagens pré-gravadas [cerca de 10%] e outras captadas ao vivo por diversas câmeras digitais [90%]. No entanto, para esta apresentação no Claro Hall, ele precisou fazer pequenas adaptações estruturais. Segundo Álvaro, as dimensões do palco da casa eram pequenas demais para receber a estrutura desses telões. Sendo assim, foi necessário utilizar uma única tela de fundo.


Ao fundo o telão que substituiu as quatro telas usadas no projeto original: dimensões do Claro Hall não comportavam estrutura

As câmeras que registraram as imagens ao vivo foram dispostas de acordo com o posicionamento dos músicos e da pista de skate. Uma delas, a que ficou sobre a bateria, era uma micro-câmera. O controle de todo o material foi feito por uma pequena ilha de edição, operada por Dudu, profissional da equipe técnica da banda. Tanto as câmeras quanto a ilha foram cedidas pela empresa paulista Jotaeme, especializada em locação de equipamentos para produções de vídeo, cinema e TV.


Projetados sobre o chão, fachos dos movings apoiados em truss verticais no fundo do palco

Não havia luz de frente, apenas três canhões seguidores MSR 1200 e lâmpadas laterais que preenchiam a área da pista de skate, localizada na platéia, rente ao palco. No entanto, em algumas músicas, esses canhões nem foram utilizados. De acordo com Álvaro, a opção por um clima de escuridão era, vez ou outra, necessária, para que se promovesse, ainda mais, o tom de agressividade do espetáculo. 

"O blackout é um momento que também deve ser valorizado. Quando tocamos em festivais que são transmitidos pela TV, por exemplo, e que naturalmente necessitam de luz de frente para essa exibição, procuro debater com o diretor de imagens sobre a questão da intensidade. Busco sempre negociá-la em razão do gosto dos músicos", justifica.


Momentos escuros foram uma constante no show

O console utilizado pelo iluminador foi um Avolite Pearl, que, segundo ele, é o mais adequado para se fazer show de rock'n'roll e hardcore, embora goste também das Jands e das Hole Hogs.

Álvaro destacou que, em shows como o de Charlie Brown Jr., o dinamismo e a rapidez são condições necessárias para a funcionalidade do trabalho. "Iluminar um artista deste gênero [rock] é muito prazeroso. Adoro estar em contato com este tipo de som, que exige muito dos profissionais envolvidos. Quando estou na estrada me sinto como se estivesse num parque de diversões", revelou.

Contrapondo suavidade e agressividade

Para destacar os refrões de boa parte das canções, Álvaro utilizou as luzes de platéia compostas pelos mini-bruts. Ele afirmou que gosta de realçar a participação do público e disse não haver nada melhor que o uso destes equipamentos.


Acima, mapa do chão; abaixo, mapa aéreo do show

Nos spots, o iluminador usou efeitos e promoveu uma mistura de cores com uma base bem marcada. Os gobos utilizados estiveram fixos e básicos, próprios ao estilo do projeto, e trabalharam com poucos movimentos giratórios, apenas ritmados. Os washs (Studio Color) foram usados para dar grandiosidade à boca de cena do palco e para dar auxílio aos bruts.

Álvaro disse, ainda, que o formato do show  costuma mudar durante as turnês. Ele afirma que enquanto a banda grava um disco, as músicas novas são testadas na estrada. Isso faz com que se experimente mais durante as apresentações. Segundo o iluminador, os integrantes da banda pouco participaram da criação das luzes, no entanto, vez ou outra, alguns sugeream pequenos ajustes.

Sob o comando da Limelight
Quando não está na estrada com o Charlie Brown Jr., Álvaro se dedica integralmente à direção de sua atual empresa de locação de equipamentos, a Limelight. Sócio de Maurício Morini, com quem trabalhou em turnês de bandas como  Os Paralamas do Sucesso e Legião Urbana (As  quatro estações), ele conta que tem como principal objetivo direcionar para o ramo de convenções, não se restringindo apenas ao show business.

Como proprietário da locadora e iluminador do Charlie Brown, Álvaro conta que, por vezes,  fornece equipamentos de sua própria empresa caso o orçamento de produção dos shows destinado não cubra o que pede seu mapa de luz. Assim não fica nada de fora do rider inicial.

  
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