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Editorial: Mistura de linguagens
por Tatiana Queiroz
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12/05/2010
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Vladimir Maiakovski (1893-1930) foi um escritor russo de vanguarda. Mistério-bufo, uma das obras que criou em 36 anos de vida, é um espetáculo concebido a partir do convite do governo soviético, que queria uma peça para ser encenada durante as comemorações de um ano da Revolução Russa.
O espetáculo, escrito em 1918, é o primeiro a ter um texto com teor completamente político dentro da história do teatro russo. É também considerado o primeiro a ser direcionado ao proletariado e a introduzir aspectos circenses no teatro. Também é o primeiro a integrar palco e plateia, levando a encenação para além do palco, se expandido para os balcões, camarotes e outros espaços do teatro.
Os diretores brasileiros Cláudio Baltar e Fábio Ferreira, na adaptação que fizeram de Mistério-bufo, reforçam essas características da encenação original, levando o público a percorrer diversos espaços para acompanhar a história, e colocando os atores para fazer acrobacias aéreas. A montagem brasileira ainda usa, entre outros recursos, projeções de vídeo.
Essa mistura de linguagens também é a marca do novo espetáculo de Paula Águas, Fábulas dançadas de Leonardo Da Vinci, que mistura música, dança, artes plásticas e vídeo, tudo integrado.
Nesta edição, você também vai saber como foi feita a cena da tempestade do filme Quincas Berro D'Água, dirigido por Sérgio Machado. "Acredito que a cena esteja entre as mais complexas tecnicamente já filmadas no Brasil", disse o diretor. É para ler a matéria e conferir no cinema ou vice-versa.
Boa leitura!
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