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Edição #127
fevereiro de 2010
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editorial: A ditadura das câmeras
por Tatiana Queiroz 12/02/2010
A diretora e cenógrafa Bia Lessa tem promovido um intercâmbio entre a linguagem do cinema e a de espetáculos musicais ao convidar renomados diretores de fotografia de filmes para criarem a iluminação de shows. Primeiro foi Lauro Escorel, que assinou a luz da mais recente turnê de Maria Bethânia, agora é a vez de Pedro Farkas experimentar a sensação de traduzir a música em luz. É dele o projeto de iluminação da nova turnê de Ana Carolina.

No show de Ana, Lessa foi além e levou para o palco elementos de um set de filmagem, como grua e trilhos. As câmeras ficaram de fora, por enquanto, pois, se seguir a tendência do mercado musical, em breve elas estarão no show, quando for gravado o DVD. Mas até lá, a iluminação do show fica livre dos compromissos com as câmeras.

A questão iluminação x câmera é delicada e foi levantada novamente por Peter Gasper, autor do projeto que mudou, por alguns poucos anos, a iluminação do Carnaval no Sambódromo do Rio de Janeiro, priorizando o espetáculo das escolas de samba, mas sem deixar de atender às necessidades para a transmissão da TV.

Quando a Luz & Cena foi entrevistá-lo, recentemente, para saber como seria o trabalho que ele faria para algumas grifes a desfilar no Fashion Rio, cuja cobertura você lê nesta edição, ele começou dizendo que, atualmente, o sistema de luz colocado à disposição dos iluminadores que participam da semana de moda privilegia as câmeras. E ressaltou que, embora a iluminação do evento seja boa, não permite aos iluminadores uma criação artística. "A direção do evento decidiu implantar um sistema de iluminação que atende 100% às câmeras e não se preocupa com o resto. Então, o resto, que somos nós, não tem muito o que fazer".

Gasper lembrou que antigamente acontecia o inverso: o sistema de iluminação atendia 100% à grife e 0% às câmeras. "As câmeras que se virassem. De dois anos pra cá inverteu. Agora é 100% das câmeras e o resto que se vire", disse o iluminador.

"É uma situação ambígua. Mas a gente sempre dá um jeito", acrescentou.  E ele deu. No caso do desfile da Ausländer, alugou equipamentos para "fugir, parcialmente, da iluminação estritamente técnica" dos desfiles.

Mas há casos em que não se pode fugir do que é imposto pela necessidade de se ter uma excelente imagem seja para a foto ou para o vídeo.

A luz técnica e uniforme exigida para se obter uma boa imagem ainda não chegou - será que chegará? - aos espetáculos teatrais e de dança, como em Boca do lobo, da Renato Vieira Cia de Dança, para o qual o iluminador Binho Schaefer mais uma vez trabalhou a serviço do espetáculo, imprimindo a sua assinatura artística.

Boa leitura!
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