Luz & Cena
LOGIN e-mail
senha
esqueceu sua senha? Clique aqui para se
cadastrar na M&T As novidades da L&C em seu computador
gravar senha

Edição #123
outubro de 2009
Índice da Edição 123
Editorial
Produtos
em Foco
Destaque
Holofote
Pergunte AO OZ
Galeria

Cadastre seu e-mail e
receba nossa Newsletter
As novidades da L&C em seu computador
galeria: Claridade domada
por Ligia Diniz 14/10/2009
Em algumas cidades, o céu é simplesmente maior que em outras. Um exemplo é Brasília, uma capital afundada em uma luminosidade que parece vir de todos os lados e inunda a vista de moradores e visitantes (alguém consegue se acostumar a tanta claridade?).

Esse brilho assombroso tem no pôr do sol sua redenção. A luz cegante dá lugar a um alaranjado e a um quê de fantasia a ruas, muros e casas. Depois de dois meses por aqui, ainda não deixo de me surpreender quando deparo com a área de serviço do meu apartamento às 5 ou 6 da tarde. As roupas no varal, a vira-lata cor de caramelo, a mesa branca, os bancos azuis, tudo perde seu tom original e fica de um indiscutível amarelo queimado - pra usar uma expressão cearense de que gosto tanto. (Acreditem, nessas fotos não há filtros ou efeitos artificiais).

Esse momento do (meu) dia é valorizado pelo cobogó - uma das coisas mais bacanas da arquitetura da capital -, pra quem não sabe, um truque da arquitetura feito basicamente de cimento vazado. Criado na verdade em Recife, ainda na década de 20, caiu como uma luva nos prédios projetados para "colonizar" a Brasília dos anos 60: quebra o sol, mas mantém a luz natural e, claro, dá aquela ajudada na ventilação dos ambientes.

E é por isso que, quando não está nublado, às 5 ou 6 da tarde eu agradeço aos engenheiros Coimbra, Boeckmann e Góis (junte as primeiras sílabas desses nomes e vai descobrir de onde vem a palavra "cobogó") por terem domado essa coisa tão banal e ao mesmo tempo tão selvagem que é, afinal, a luz do sol.

Ligia Diniz é carioca e não consegue atravessar o Eixo Monumental sem a sensação de que vai ser violentamente sequestrada por Apolo, o Deus do Sol, em seu carro levado por fantásticos grifos.
Versão para impressão de
“ Edição #123:  galeria” Envie este artigo
para um amigo

 ARTIGOS RELACIONADOS - GALERIA
Vida de peixe (Edição #146 - 13/09/2011)
Eu x Eu (Edição #151 - 19/02/2012)
A dor e a inquietude de Jean Michel Basquiat (Edição #161 - 09/12/2012)
UnStudio (Edição #97 - 10/08/2007)
Crystal mesh em Cingapura (Edição #126 - 14/01/2010)
Luz & Cena © Copyright 2000 / 2024 - Todos os direitos reservados | Política de Privacidade
Est. Jacarepaguá, 7655 salas 704/705 - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22753-900 - Telefone: 21 2436-1825