|
|
|
|
EDITORIAL: Pra quem quiser ver
por Ligia Diniz
|
14/10/2009
|
|
Trabalhar com luz tem um quê de ousadia: se a pensarmos bem, é o ofício de controlar algo que, por definição e origem, é incontrolável. Até onde temos condição de saber, a primeira iluminação que o homem conheceu foi a solar. E, se passamos alguns milhares de anos tentando iluminar a noite, isso não quer dizer que o sol fosse sempre bem-vindo. Ou será que era, e hoje às vezes nos incomodamos com ele só porque sabemos que temos luz sempre que queremos? Será que habitantes de cidades como Katmandu, onde há cortes diários de energia elétrica, ainda veem o sol com outros olhos?
Mas chega de especulação histórico-filosófica: ainda bem que - além de podermos apreciar imagens incríveis como o nascer ou o pôr do sol - não andamos em fase de apagões e podemos dispor de energia elétrica (sempre com responsabilidade!) para realizar shows como esse que ilustra a nossa capa e que é uma homenagem às luzes, às formas e, claro, à música brasileira: uma explosão de cores, controlada com precisão. Ou para iluminar e filmar - sempre um duplo desafio - o novo DVD do ministério Diante do Trono.
Também é a energia elétrica que faz com que, mais uma vez, cheguem às nossas mãos (ou perto delas) muitas novidades de equipamentos e tecnologias, como vocês poderão ver na reportagem sobre a feira Broadcast & Cable, que mostra que a crise não derrubou a indústria de vídeo, ainda bem.
Aliás, toda a nossa revista é uma homenagem mensal a essa maravilha moderna. Não que não seja possível iluminar com velas e afins - a coluna Pergunte ao Oz deste mês é, inclusive, um retorno às lamparinas romanas -, mas vamos combinar que, hoje, sem energia elétrica, o mundo teria, no mínimo, bem menos graça.
Ligia Diniz (editora interina)
|
ARTIGOS RELACIONADOS - EDITORIAL |
|
|
|