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GALERIA: Arte plena
por Tiago Monteiro
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10/02/2009
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Alguns artistas e bandas entram para a história pelo caráter inovador de suas canções, pela "atitude" que sustentam ou pelas modas que lançam. Outros, criam uma identidade visual tão forte que mesmo o passar das décadas não é capaz de desfazer certas memórias. Lá se vão 28 anos desde que o Echo and the Bunnymen irrompeu na cena post-punk de Liverpool com o lançamento de seu primeiro álbum, trazendo a tiracolo melodias soturnas e um clima dark que se refletia, também, nas capas dos discos, sempre a cargo do fotógrafo Brian Griffin (também responsável pela arte do álbum A broken frame, do Depeche Mode) .
Ocean rain, de 1984, é o clássico inconteste da banda liderada por Ian McCulloch. Além de enfileirar um clássico atrás do outro (The killing moon, Seven seas, Silver, além da faixa-título), as lentes de Griffin nunca estiveram tão inspiradas. Ocupando um singelo barquinho branco no interior de uma caverna, os quatro integrantes da banda são rodeados de azul por todos os lados, do teto da caverna às profundezas da água, num admirável efeito de rebatimento de luz atribuído parte ao fotógrafo da cena e parte... sei lá, ao Criador do Universo. Capas como a de Ocean Rain fazem a gente sentir uma baita saudade dos bons tempos do vinil, quando obras de arte como as concebidas por Brian Griffin podiam ser admiradas em toda a sua plenitude.
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Tiago Monteiro é doutorando em comunicação pela Universidade Federal Fluminense, pesquisador de cultura da mídia, música popular massiva e audiovisual.
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