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holofote: Márcia Nemer
por Elisa Menezes 09/07/2008
Os primeiros passos que levaram Márcia Nemer ao mundo da cenografia e do figurino foram de balé clássico. Nascida em Viçosa, Minas Gerais, ela dividia seu tempo entre as aulas de dança e as da faculdade de Arquitetura. "Estava no meio do curso e vi que não era o que queria. Como eu já fazia alguma coisa como atriz, fui para o Rio fazer CAL (Casa de Artes de Laranjeiras)", conta a também atriz. Em terras cariocas Márcia voltou à faculdade, desta vez para estudar Cenografia na Uni-Rio, onde se formou em 2005.

Hoje, aos 29 anos, ela trabalha como cenógrafa, figurinista e também atua. "Eu não queria continuar com o curso de arquitetura, embora ainda tivesse uma ligação forte com artes plásticas e a questão do espaço. A cenografia foi uma maneira de unir esses interesses. O figurino veio mais tarde, já na Unirio. Eu trabalho mais como figurinista, mas gosto de fazer as duas coisas", conta.

Atualmente ela prepara as malas para estudar em Frankfurt, onde ganhou uma bolsa para fazer um mestrado em Teatro e pretende se especializar em cenografia. Um de seus últimos trabalhos foi o figurino de Danças do Coração, da Cia. Ética, e a peça Quer tc?, do diretor Caesar Moura, na qual atuou.

Qual a sua formação? Me formei em Cenografia pela Uni-Rio e como atriz na CAL (Casa de Artes de Laranjeiras).
Quais são os últimos trabalhos que você realizou? Fiz o cenário do infantil Alberto Azulão, que foi dirigido pelo Anderson Aragon, e o figurino de Danças do Coração, da Cia. Étnica.

Como funciona o seu processo de criação? Converso com o diretor para saber a visão que ele tem do espetáculo e garantir que estejamos no mesmo caminho. Posso até, depois, propor alguma loucura, mas o projeto nasce dessa visão comum. Depois disso junto a maior quantidade possível de referências, seleciono e faço uma colagem, que fica sempre à vista. Isso ajuda a manter a unidade naqueles momentos de correria. Fora isso, tento assistir à maioria dos ensaios para ver as necessidades práticas da encenação. E falar com os atores para que eles se sintam confortáveis no espaço ou nas roupas. Procuro fechar o máximo de questões no projeto, o que me ajuda a ser mais clara com as pessoas que vão executá-lo e diminui o número de imprevistos.

Além da cenografia e do figurino existe alguma outra área que te atrai? A interpretação.

Na hora de criar, você prefere pesquisa ou intuição? Para mim as duas coisas se complementam, porque aquele insight genial que você tem no meio da noite vem de tudo que você já viu e pesquisou.

Um cenógrafo: Jean-guy Lecat. Pela visão da cenografia como a totalidade do edifício teatral, incluindo a área do público.

Um figurinista: Milena Canonero.

A melhor cenografia é aquela que... Supre as necessidades da encenação.

O melhor figurino é aquele que... Ajuda a compreensão do personagem, revelando ou escondendo algo sobre ele.

Sonho de consumo profissional? Fazer trabalhos dos quais me orgulhe e me sustentar com eles. Parece tão fácil falando assim.

Fale sobre um projeto seu que você considera especial. A montagem de O Maravilhoso Mundo de Dissocia, de Anthony Neilson, dirigida pelo Felipe Vidal no espaço SESC, em 2007. Pela oportunidade de trabalhar com o texto de um dos melhores dramaturgos ingleses contemporâneos, pelo processo como um todo e pelo resultado final.

Qual é o melhor e o pior da profissão? O melhor é criar imagens que traduzam visualmente o conceito da encenação, quando você acerta é uma sensação maravilhosa. Pode ser uma coisa mínima, um broche, um sapato mas faz toda a diferença. O pior é encontrar no meio pessoas que não encaram o trabalho com a seriedade que deveriam.

Quais são seus próximos projetos? Ganhei uma bolsa de estudos e estou indo para a Alemanha fazer um mestrado em Teatro. Vai ser uma oportunidade única para entrar em contato com o que está sendo feito na Europa.

Que dica você daria a quem está começando? Encare seu trabalho com seriedade, cumpra prazos e aprenda a dizer não. Essa é a parte mais difícil no começo, recusar trabalhos, mas é preciso perceber quando simplesmente não vai haver tempo de fazer tudo.
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