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Edição #239
agosto de 2011
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Audio-Technica AT4080
Coincidindo com esta época em que estivemos falando a fundo dos microfones de fita, tive a felicidade de receber para análise um microfone que justamente usa esta tecnologia, só que com diversos aprimoramentos - o Audio-Technica AT4080.

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terça-feira, 4 de setembro de 2007
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A ordem altera, sim, o produto por Enrico de Paoli
Indo direto ao assunto: realmente faz diferença usar o compressor antes ou depois do equalizador? Sim, faz. Muita diferença, e vamos ver por quê.

Este assunto me ajuda a responder uma outra pergunta clássica: usar plug-ins é tão bom quanto usar equipamentos reais? Claro que isso rende um outro artigo. Mas, com tantas vantagens e desvantagens, como tudo na vida, nesse caso podemos dizer que, usando plug-ins, temos uma enorme facilidade e rapidez em comparar se o EQ soa melhor antes ou depois do compressor. Trocar a ordem de dois plug-ins é obviamente muito mais rápido do que parar a sessão pra recabear os equipamentos. Essa rapidez é crucial na comparação tímbrica, não nos deixando esquecer do som que está em nossa curta memória para detalhes tão sutis.

Se entendermos a lógica, fica mais fácil definirmos quem usar primeiro em cada situação (e se é necessários usá-los!). Eu sempre procuro conhecer a mecânica pra entender os porquês na prática. Dito isso, a mecânica de um equalizador é basicamente aumentar ou diminuir o volume de dada região ou freqüência. Esse ajuste é fixo, ou seja, teoricamente é uma constante. Se você aumenta 3db em 1000 Hz, essa equalizada resultará em uma soma de 3 db nessa região, de forma linear e não dinâmica, enquanto o EQ estiver ligado. Ou seja, esse valor de 3db é teoricamente fixo, não se alterando independentemente do momento da música.

Já o compressor é um processador dinâmico. Sua atuação é totalmente ligada à dinâmica do programa que passa por ele. Relembrando a natureza desse brinquedo, o compressor tem uma linha imáginária que se chama threshold. Tudo o que for mais alto do que essa linha é então comprimido pela razão (ratio) escolhida. Ou seja, passagens de baixo volume não são alteradas, e no momentos em que o áudio é mais alto do que o threshold escolhido é então diminuída a variação de volume.

Entendemos, ou melhor, relembramos os básicos das duas ferramentas mais usadas na engenharia da música. Agora vamos experimentar as duas situações: eq > compressor, e compressor > eq. Tentem isso em casa!

Imaginem um canal de voz em que a região média é um pouco inconstante. Ora o médio está presente o suficiente, ora não. Um bom remédio pra isso seria, talvez, diminuir a faixa dinâmica dessa região. Logo, se aumentarmos o volume da região dos médios no equalizador antes do compressor, este, por sua vez, comprimirá mais essa região do que qualquer outra, porque elá estará mais alta, tocando a linha imaginária (threshold), antes das outras. Incrível, não? Sim, mas e se o custo disso for então uma voz muito média? Sem problemas... aí então entra o equalizador depois do compressor. Este pode retirar um pouco da mesma região, de forma que o médio seja sutilmente reduzido, sem que o compressor perceba.

Imaginemos um cenário oposto ao de cima... Temos uma guitarra um pouco chapada. Gostaríamos que os graves dela respirassem mais, variassem um pouco mais de dinâmica. Se diminuirmos sutilmente o volume dessa região antes do compressor, este atuará nos graves apenas quando eles tocarem o threshold, enquanto as regiões médias estarão sendo comprimidas mais intensamente. Esse grave pode então ser recolocado com um EQ depois do compressor.

Resumindo: o equalizador que precede a compressão, empurra freqüências a serem comprimidas. O equalizador insertado após a compressão trabalha livremente, sem nenhuma interferência, ou melhor, intervenção dinâmica.

Esse assunto rende mais umas mil páginas..., mas em nenhuma delas eu conseguiria mostrar o que vocês vão perceber fazendo e ouvindo.

Este foi mais um capítulo da série "Conheçam as regras, para então poderem quebrá-las"!

_____________
Enrico De Paoli
é engenheiro de gravação de música. Mixagens e masterizações são feitas em seu Incrível Mundo Studio. Atualmente em gravação, mixagem e masterização com a cantora Gláucia Nasser. 
cartas@enricodepaoli.com
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 SOBRE O AUTOR
Enrico De Paoli é engenheiro de gravação e mixagem ou sound designer. Agora com seu INCRIVEL MUNDO das MIXAGENS, recebe projetos de todo o país para serem mixados, de forma que o cliente fica online

Para entrar em contato, escreva para cartas@enricodepaoli.com.

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