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Revista Luz & Cena
Neste espaço, Enrico De Paoli fala de suas experiências e histórias em engenharia de música, estúdios e shows.
Fala também do mercado musical e fonográfico e de suas tecnologias.
"Me vê um estúdio, por favor. Pra viagem."
Postado por Enrico de Paoli em 06/10/2010 - 00h00
"Me vê um estúdio, por favor. Pra viagem."

Nunca tive o hábito de usar laptop para música. Sempre usei o "computador do estúdio" para áudio, e o "lap" para todo o resto. Este mês fui fazer a primeira edição do Mix Secrets em Brasília e preparei o MacBook para o evento. Realmente o mundo está muito prático e portátil. Rodamos o software com a mix sem o menor problema. Os plug-ins rodavam transparentemente. O Mac conectado a um projetor exibia meu "estúdio móvel" na parede em um belo tamanho... Tanto a mesa de mixagem quanto a máquina de gravação.

O que antes só se encontrava em um estúdio multimilionário, agora estava ali, dentro daquele notebook que chegou despercebido comigo dentro de uma mochila. Quando imaginaríamos que teríamos um número quase infinito de compressores e equalizadores à disposição? E dentro de uma mochila! Não me refiro a um paliativo... São belíssimos compressores e equalizadores!

Esses sistemas de gravação de mixagem são para os jovens engenheiros e produtores como as câmeras digitais são para a criançada: simplesmente normais. Hoje faz parte do hábito olhar atrás da câmera após tirar uma foto. Eu já vi uma criança procurando o display atrás de uma câmera 35mm numa festa de aniversário! Um jovem engenheiro de som não deve conseguir imaginar como seria mixar uma música com apenas dois compressores e um reverb. Aliás, os compressores que vêm grátis no software normalmente não são suficientes para eles. Pois acredite: eles são sim. Mixamos uma música ali, sem usar nada "de outro mundo".

Voltando ao estúdio móvel, após o evento, subi para o quarto do hotel e levei o estúdio comigo. Prático, não? Como eu sempre digo, não tem investimento melhor para um produtor do que uma boa monitoração. Levei também meus headphones e um par de caixinhas amplificadas, igualmente portáteis, porém studio grade, ou seja, de nível profissional.

Mesmo trabalhando com tecnologia todos os dias da minha vida, fiquei impressionado com o que eu podia fazer ali. Claro, não substitui o espaço acústico ao qual você está acostumado, mas na minha frente eu tinha uma verdadeira suíte de edição e mixagem. Na vida tumultuada que temos hoje, isso realmente tem um valor incrível. O que antes era uma pequena brincadeira ficou sério. Realmente dá para fazer muita coisa com um estúdio que cabe dentro de uma mochila. E, claro, simultaneamente, dá para ver e-mails, postar fotos no Facebook e enviar e receber arquivos de seus clientes sem ir ao correio.

Há cada vez menos motivos para não fazer música. Podemos trabalhar quando a inspiração nos visita, em qualquer lugar. Cuidado apenas para não fazer outra coisa da vida e, acredite, invista na sua monitoração. Boa viagem!
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